20 de dezembro de 2011

Tchau

Você já passou por uma situação que te deixou sem chão? Que te fez questionar: e agora? Algo que embaçou sua visão não somente pelas lágrimas, mas também por que o futuro ficou incerto após o ocorrido? Eu já. Estou sendo preparada há tempos para as despedidas que essa época me reservaria, porém enfrenta-las é mais doloroso que qualquer texto, homenagem ou filme. Ver alguém que você ama indo para longe é como perder parte de você, aquela pessoa que sempre fez parte do seu dia-a-dia, de suas decisões importantes está indo para um lugar que você não está. Sempre me disseram que seria assim, que a vida é assim. Nós ficamos grandes e temos que enfrentar o mundo, trilhar nosso caminho com nosso esforço. Só não precisava ser tão difícil.

30 de novembro de 2011

Boomerang

Sim, sei que se foi, que acabou e que pra todos que tem a sorte de ter um ensino médio é assim. Sei que é apenas uma fase, e não é a vida acabando ou o chão se abrindo ou o céu desabando, foi só uma formatura, um fim como tantos outros. Mas puts, bem que esse ar de Terceirão podia durar mais uns anos, que essa coisa meio em pânico podia ser minha rotina por um década, juro que não iria reclamar da voz da professora de química ou das provas de matemática ou de acordar cedo no frio. O tempo passou tão depressa esse ano, quase não vi os dias mudarem, as folhas do calendário caírem. Ontem mesmo eu estava de cachecol e meias de lã.. acho que não. Bem que podia voltar, tudo! A viagem de dezembro do ano passado, aqueles dias nublados e o corpo todo queimado depois do rafting, o último primeiro dia de aula, o dia-a-dia mais feliz que alguém poderia ter. Isso tudo pode parecer tão melodramático, clichê e tudo o mais. Mas quando você passar por isso vai entender e se já passou e não entende.. ou a vida foi injusta com você, ou há uma pedra aí dentro.
Boomerang, vai e volta. Sei que a volta no caso não pode passar apenas de lembranças que me motivarão nos momentos difíceis. Mas que volte sempre esse sentimento de união, amizade e afeto. A sensação de saber que amanhã terá olhares conhecidos à espera,  vozes familiares e histórias sem fim. A vida continua, nós estamos crescendo e daqui por diante tudo irá mudar, o mundo individualista bate à nossa porta, pelo menos é isso que dizem que nos espera. Mas quero ao menos continuar a ter a certeza de que pessoas maravilhosas estarão aí pelo mundo, e tomara que eu tenha a sorte de encontrar qualquer um de vocês em uma esquina dessas que nos espera.
Ao lembrar da última sexta-feira o coração fica pequeninho, os olhos se enchem de lágrimas. As palavras tentam sair, mas nada parece ser o bastante para descrever o inexplicável e insubstituível.  Apenas um filme passa na minha cabeça. Sorrisos, choros, risos e abraços..Boomerang: volte!



"I keep coming back like a boomerang
Around around around back again"

20 de novembro de 2011

Tempestade


Sempre gostei de tempestades, e você que já me ouviu dizer "odeio chuva" não me chame de mentirosa, eu realmente odeio chuva. Mas chuva é uma coisa e tempestade outra, muito mais envolvente, forte e decisiva. Dificilmente mudam-se planos em razão de uma simples chuva. A chuva não impede uma viagem, uma festa, um passeio. Mas quando se está em casa e pela janela se vê raios, ouve-se trovões e sente-se o vento fortíssimo, logo algo diz "fique". Fique com seu amor debaixo das cobertas, fique brincando com seus filhos, ao invés de praia curta seu lar.
A gente toma banho de chuva, não de tempestade. E se lá fora um dia de Sol estiver, crie a tempestade, encontre motivos para ficar onde se está pelo menos algumas vezes. Fuja do perigo, do pavor dos raios e trovões. Na próxima vez que ver o céu se fechando, torça pela tempestade. Chuvas passageiras não mudam vidas.

15 de novembro de 2011

Além

Ao meu ver a vida transcende a realidade, os rostos e as capas. O que é real nem sempre é a verdade, tantos vivem em uma realidade à qual se estabelece em mentiras, máscaras e papéis. Não deixa de ser real, só não é verdadeiro. Um rosto sorridente não é nada quando não se conhece uma história, assim como por trás de capas se escondem romances bons e ruins, a capa não diz nada. Apenas engana quem cai na conversa das letras chamativas e cores vibrantes. Tenha paciência de ouvir o que as pessoas tem para lhe contar, se dê o trabalho de ler a contracapa, seja diferente e veja o que está além da máscara.

19 de outubro de 2011

Reza a lenda que a gente nasceu pra ser feliz


Sempre aprendi que a felicidade é a razão de estarmos aqui, vivos. Nos comerciais de margarina, sempre pregaram à mim e acredito que a maioria das pessoas que felicidade é o ideal o qual todos nós devemos lutar. Porém agora vejo o quanto essa "felicidade" pode ser questionada e relativa, afinal do que é composta a felicidade?
Nem sempre é fácil descobrir o caminho que o leve a sorrir todos os dias ao acordar, por saber que sua existência é plenamente o que você sempre sonhou. E então, quando encontramos o que nós faz realmente felizes, também descobrimos que o mundo quer mais do que o nosso coração.
Comerciais de margarina são puro marketing. O Sol atravessando a vidraça, o coraçãozinho no pão, a aliança no dedo. Parece ser tão simples ser feliz, mas são só comerciais, e eles querem vender a margarina, ganhar seu coração.
Posso parecer um tanto quanto ingrata, revoltada e até mesmo idiota. Mas realmente acho que o mundo é injusto. Por que para sermos alguém na vida não podemos ser o que queremos? Por que é preciso sacrificar os momentos de prazer e estudar algo sem importância alguma para a construção de um mundo melhor? Por que pais passam o dia longe de seus filhos? Por que as férias são tão pequenas?
Mais uma vez cito o mesmo autor de sempre, volte ao título, leia e pense. É lenda ou é realidade? Mito ou verdade? Você vai viver no mundo das pessoas que acreditam que vale a pena ou simplesmente continuar a comprar a mesma margarina?

15 de outubro de 2011

Longe demais das capitais

Sempre almejei realizar meus sonhos, com muito esforço, trabalho e dedicação. Sempre me mantive forte diante as opções, sempre escolhi o que me levava em direção à realização de tudo que sempre quis. Mas agora é tão estranho. Me parece que pela primeira vez há uma força que me faça duvidar de tudo que sempre quis, essa força é o amor. É duro quando o amor e o sonho estão distantes.

As capitais são longe daqui, eu não sou daqui, meus sonhos não estão aqui. Mas o amor está, e dói saber que terei de ir pra longe para ser o que eu sempre quis ser. Queria que a tua presença fizesse parte daquelas ruas, queria que a força da tua presença estivesse lá também, mas as coisas não serão da forma que gostaríamos que fosse.

Ah Meu Deus, por que essa distância mais uma vez interferindo na minha vida? Por que o dono dos meus sorrisos não pode me acompanhar para onde irei? Por que as coisas tem que ser tão difíceis?

Ainda não sei bem ao certo que destino minha vida tomará. Não sei com certeza o que acontecerá nos próximos meses, mas a presença dessa angustia, desse medo de ir pra longe do amor me consome, me faz chorar sozinha de saudade de quem está ao meu lado. Já estou morrendo de saudades.

2 de outubro de 2011

Apelo

Pensar não pode ser algo tão difícil como algumas pessoas insistem em provar à todos que é. Não pode ser tão chato tentar entender o mundo, entender seu papel e os "Por que's?". Prefiro acreditar que isso faz parte de uma fase, que isso tudo passará e então teremos pessoas conscientes e inteligentes, merecedoras de respeito e consideração. Por que se assim não for, meus caros, estamos todos fodidos.

Com o coração..

Agora, mesmo que muito nova, mas já passando da fase da vida que dizem que construímos nosso caráter, enxergo, com mais lucidez e calma, quem fui e quem sou. Quem serei é um questão a qual não me atenho mais, já que meu futuro pertence ao sistema, preciso de uma graduação. Mas, distante dessa linha de pensamento, agora talvez entenda os motivos de ter sido a criança, a pré-adolescente e a adolescente que fui e sou.
Ter sido sempre a "filha do", ter tido sempre facilidade para aprender e bom relacionamento. A criança que tinha a família, a igreja, a escola, o mercado, tudo em um mesmo bairro, algumas quadras e uma cidade inteira ao redor. A guria que virou menina quando se mudou para o norte do país, lá ninguém é guria. Lá era uma menina branquinha do sul, quieta, pálida. Uma menina que aprendeu a criar seu próprio mundo. Então, quando voltou para sua cidade, longe daquelas ruas, daquele bairro, já não era mais a guria. Era a menina, e as pessoas não entendiam de onde ela tinha vindo, ela era Rondoniense ou Gaúcha? Foram bons dois e anos e oito meses. Uma escola legal, amigos legais, ela estava virando uma mocinha, já estava na sexta série quando sua vida mais uma vez mudou. Leiti, virou leite. Chocolati, virou chocolate. E a guria, que já estava acostumada a recorrer ao seu mundo quando se encontrava em apuros voltou a sua redoma, até que então descobriu que morar em um lugar que se pode fazer tudo apé não é tão ruim, e dá mais tempo pra conversar e conhecer as pessoas. E ela conheceu. Conheceu uma linda ruivinha, conheceu seus colegas que dividem o mesmo caminho a cinco anos, conheceu o amor, nesse mesmo caminho. Então o seu mundo, e o mundo real já e misturavam de forma natural. Suas ilusões, projeções e sonhos se misturavam com o real caráter e ações das pessoas. Mas então chega uma hora que as coisas voltam aos seus lugares, mundo real dói, o mundo da menina é só dela. Entendeu então que é mais difícil dividir as coisas, mas é mais sábio. Entendeu que as pessoas tem histórias muito diferentes da sua, e você não as entende, assim como as pessoas não entendem a sua.
Sem "Por Que?", "Como?", "Onde?". Ela apenas é a guria que perdeu as chaves do seu mundo, só ela vê as cores e a intensidade dele. Não é menina, nem guria. É a Júlia, aquela que tem um nome comum, que você não vê nada de diferente. Mas que esconde um segredo, que na verdade nem dela é: "Só se vê bem com o coração."

28 de setembro de 2011

45 variações

E me parece que cada um de vocês encontrou 45 formas, das mais variadas, de serem completos idiotas. Começando pelo cabelo, e terminando bem pertinho, no cérebro. Se é que ele existe. 

Por que é preciso tanta babaquice pra ser alguém? 
Que lugar é esse que o esforço é pra fazer a melhor piada? 
Quem são esses que eu já nem reconheço mais?

De verdade, a culpa não é de nenhum deles, a culpa é toda minha. Ninguém mandou eu ser completamente assim: "Muito prazer, meu nome é otário, vindo de outros tempos mas sempre no horário. Peixe fora d'água, borboletas no aquário"

De novo: eu e o amor pelas causas perdidas! 

18 de setembro de 2011

Dia Perfeito


Você entende que o mais simples é o melhor, quando você ri sem se preocupar com a sujeira nos dentes, pois sabe que quem está na sua companhia não se preocupa com o que vê, e sim com o que você está sentindo. Chegar ao fim de um dia e se sentir inteiramente completa, mesmo sozinha em casa, com todas as luzes acesas. Saber que alguém que não está tão perto como sempre está, pensa em você, assim como você faz. Ter a companhia de quem tem conteúdo, e daí ser as feinhas, se no fim você terá alguém tocando Something para você?

É possível deixar de lado dramas adolescentes, quando você entende o óbvio. Você é uma adolescente, e dramas nessa idade não ultrapassam algumas semanas, salvas raras exceções, e até mesmo as exceções tem seus exageros.

Você para de querer ter um mundo de possibilidades ao seu redor, quando faz a escolha certa, e então as possibilidades passam a ser meros passatempos, mas o tempo já não passa mais com eles, como outrora.

Um dia perfeito não precisa de exageros, precisa de confiança para sorrir sem medo, confiança para mostrar os defeitos e dividir os segredos mais loucos. Um dia perfeito, é um dia de detalhes. Um beijinho no refrão, um bom dia carinhoso, três risadas descombinadas, mas para mim soam como um coro.

16 de setembro de 2011

Sobre amor.


É um sorriso, a cara de concentração, ou o risinho de canto? Ainda não decidi qual a tua cara que eu mais gosto. Não sei se é nós dias que eu ajo como uma palhaça, como um bebe, ou apenas como a tua namorada que tu gosta mais de mim, mas eu sei que gosta. Eu não sei que força é essa que me motiva a dar boa noite para uma foto, só sei que é a mesma que me acalma antes de dormir todo o santo dia.
Às vezes penso ser tão tola por amar tanto, assim, tão nova. Mas ai lembro que amor não tem tempo, e lembro que tenho sorte de ter te conhecido tão cedo, e assim, te ter por mais tempo comigo. Comigo, é assim que te gosto. Seja só nós dois, seja com os amigos, seja na aula, seja longe um do outro. Mas gosto quando estamos juntos.
Quando lembro que passei quase metade desse ano longe da alegria que a tua companhia me traz me afundo em péssimas lembranças, mas logo tu me salva e não me deixa afogar. E assim é, tu me mantém firme quando devaneio demais, gruda meus pés no chão quando sonho o que não se pode realizar, me faz feliz agora quando sinto falta e me faz entender que pra sorrir, só se precisa de cócegas de quem se ama.
Tudo isso pode parecer muito piegas, clichê, demodê. Mas que se dane! Amor sempre foi um monte de coisa, que pessoa nenhuma soube explicar, só quero que tu meu bem, consiga entender ao menos uma fração do sentimento que levo comigo. Aqui a matemática é fácil, como a da caneca. Eu mais você igual a amor incondicional.

Agendar? Bom se pudesse.

Chega um aviso do correio em sua casa, então você vai toda contente lá buscar. Se realiza ao ver chegar o que tanto queria. Agora folheio as páginas dessa agenda, na capa diz: 2012
Então agora, já menos contente e mais desesperadamente confusa me pergunto: Deus, o que vou escrever? Onde eu vou estar morando? Quais serão meus motivos? Do que essas páginas serão preenchidas?

31 de agosto de 2011

Tentar, talvez seja isso.




"A razão de estarmos aqui". Talvez essa seja uma questão séria demais para uma garota de dezesseis anos e alguns quebrados. Uma garota de vida tranquila, uma família estruturada, financeiramente bem, inteligente o bastante para sempre passar com nota sobrando, frequente na igreja e quase sempre sorridente. Mas ter essa vida "fácil", não faz essa garota simplesmente deixar de lado a razão das coisas.

A vida é tão estranha. O que acontece hoje faz sentido depois de meses, muitas vezes parece que as lágrimas só secam mesmo quando você entende por completo o motivo de tê-las deixado escapar. Entender, esse não é o ponto. Aceitar também não. Quem sabe a verdade esteja no ir.

Ir em busca de entender, mesmo que não se entenda. A razão de estarmos aqui talvez seja essa. Procurar sentido nas coisas inexplicáveis, assim como a vida é. Tentar explicar, tentar entender, tentar seguir em frente. É, isso: Tentar! Venha o que quiser depois, mas tente, sempre. Essa talvez seja a razão, tentar tudo para ser feliz, para valer a pena.

A razão, algo que soa tão concreto e com ares de certeza absoluta. Talvez ela esteja exatamente no lugar menos provável, no tentar. Na incerteza do futuro, na sensação de espera enquanto os dados não caem.

26 de agosto de 2011

Vinte e seis do oito.

Sono, medo e uma vontade enorme de parar no tempo. Dias como hoje são tão difíceis de se viver quando se é adulto, pelo menos é o que dizem, e eu adoro tê-los. Uma sexta-feira, melhor que a quinta segundo a Professora de biologia, que tem tudo. Confusões, barulho, inglês, abraço, salgadinho, risada, carinho. Sono, medo e vontade de parar. Dias como o de hoje nos cansam, termina a semana, termina um ciclo, e tudo que se faz caí sobre os braços, e há uma vontade de dormir. Um medo enorme, que nos impede de dormir. Medo por saber que esses dias de sexta terão fim, como serão minhas sextas ano que vem? Quero parar, parar no tempo, parar com o sono, parar com essa história de não conseguir dormir. "É muita coisa em pouco tempo", já dizia a música.

16 de agosto de 2011

Sobre a saudade que vem antes da hora..

Saudade de acordar seis e meia, mesmo odiando acordar cedo.
Saudade das aulas de física e matemática, odiadas por todos, adoradas por mim.
Saudade do gostinho que vem na boca, no meio da aula de biologia pelas onze da manhã.
Saudade do oi pra mãe quando chego da aula.
Saudade dos teatros, trabalhos, cadernetas e simulados em conjunto.

Saudade do meu trio favorito.
Saudade de ser chamada de cabeção na hora de montar uma dupla.
Saudade do terceiro A, mesmo que o B seja melhor.
Saudade do gosto da nega, para o gosto ser bom tem que ganhar na loteria.

Saudade das cores, do uniforme, do recreio e do sinal.
"Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim", é hora de acordar. Ainda temos três meses e 12 dias.


Dia dos Namorados

"Ontem seria a data perfeita para escrever mais um de meus textos melodramáticos dedicados a ti. Dia dos namorados, faríamos um ano de namoro. Mas a internet não funcionou, passei longe daqui, do computador, mal parei quieta pra escrever. Mas não se engane, lembrei de ti e de tuas palavras o dia inteiro, comemorei o descompasso dos nossos passos as vinte e quatro horas. Não chorei, só sorri. É isso que domingos ensolarados pedem, seja lá qual for a história que neles exista.."

Escrito no dia seguinte ao dia dos namorados de 2011, e como tudo mudou desde lá. Lembro que na tarde do dia treze, enquanto íamos pra escola tu me contou que tinha assistido meu cantor favorito e que havia lembrado de mim a noite inteira. Depois daquele dia as coisas foram e voltaram mais algumas vezes, mas hoje vejo que tudo se encaixa, se ajeita. Hoje sei que no seu abraço é o meu lugar.

31 de julho de 2011

Sobre não ter um dia


Me lembro nitidamente do dia do nosso primeiro beijo, lembro de como tudo aconteceu. Lembro do dia que ficamos pela primeira vez de novo, em uma noite confusa, engraçada e que jamais sairá da minha lembrança. Lembro do dia em que me tornei tua namorada, do dia que pedi um tempo, do dia que te pedi de volta, do dia que terminamos, dos tantos dias que chorei, do dia que te encontrei e do dia que me perdi, logo depois. Lembro do dia que conversamos por horas, lembro de ti na chuva em frente ao meu curso de inglês, lembro de voltar a ser a tua namorada. E mesmo assim, tendo tantos dias marcando nossa história, não encontro agora uma data para te dar um presente.. quando faremos aniversário juntos de novo?
Isso já não importa mais, entre tudo que aconteceu, um detalhe desses é desnecessário. Eu te amo e isso não tem dia, eu te amo.

26 de julho de 2011

Ironia fantasiada de clichê!

Aquela mesma história de encontrar o seu lugar, ou melhor, não encontra-lo. É estranho se sentir perdida depois de tanto tempo, logo agora que já decorei o nome de ruas e endereços me perder parece estranho, mas é natural quando você sabe que a estrada está terminando e inesperadamente, mil e um atalhos, desvios e obstáculos aparecem. É a mais pura ironia fantasiada de clichê, eu realmente acho que não deveria ser assim, mas é a velha história..

21 de julho de 2011

Me deixa desafinar



Ser alta demais, e se sentir mal usando salto alto, mesmo achando lindo. Sonhar demais, e na hora de dormir tentar ver se o que aparece é um pouco mais real do que os devaneios do dia-a-dia. Ser certinha demais, e quando resolve dar uma de crazy (como diria Martha Medeiros) se sente tremendamente mal e julgada. Ser otimista demais, mesmo em meio ao caos, e mesmo que digam que sou realista, ainda assim espero pelo melhor. Ser chamada de nerd, e se culpar por não estudar, realmente não faz sentido, mas é assim. Mandar seu amor pastar, voltar e chorar e lamentar e chorar e pedir, e ter seu amor de novo, requentado como pão dormido. Moradora de três cidades, estudou em cinco escolas, nunca morou em sua cidade preferida, mas sim, sou de Porto Alegre, nasci ali, do ladinho da Redenção.. e que o destino me permita, mas é lá que quero desafinar os meus últimos acordes, mesmo que eu nunca tenha aprendido a tocar qualquer instrumento.


I don't care about that.

Posso me lembrar do passado, das noites de alguns poucos anos atrás com a mesma clareza que lembro do show da minha banda favorita. Lembro de detalhes, lembro de cada sorriso, dos gostos, das sensações, mas apenas lembro. São recordações, como as daquele show, que me mantém firme e feliz, com os olhos brilhando de alegria por ter vivido tais momentos, mas com uma angústia que me questiona: Terei outra oportunidade? Aqueles momentos irão se repetir?
I don't care about that. Acho que na real, ninguém se importa, triste. E eu continuo aqui, amando as causas perdidas.

12 de julho de 2011

Desculpa mundo, mas eu tô é feliz! Eu sei que isso não soa bem em uma terça, logo após o jornal jogar na cara de todos nós que a inflação tá aumentando, a gasolina tá cara e o mundo uma merda.. Mas me desculpa, eu tô é muito feliz. Entenda que minha felicidade é tanta que não tô nem ligando pra norma culta. Eu não estou feliz, eu TÔ feliz! Desses que soam fáceis, quase sem serem percebidos. Contra a corrente, contra as expectativas, contra o que o ano foi até algumas semanas atrás. Estou ao oposto de tudo, mudou o polo, mudou o lado. Tô ganhando e tô feliz!
Dizem que depois da tempestade vem o arco-íris. Então me empresta teu óculos que todas essas cores e todo esse brilho tá de doer os olhos..


4 de julho de 2011

Tantas..


Quando não me faço entender, me perdoe. Minha intenção não é lhe confundir em meio a minha confusão. Eu, essa garota alta, desajeitada, com suas particularidades e sonhos não é apenas uma, e é aí que mora o perigo. O fato de eu ser muitas em mim, faz com que eu me perca entre tantos desejos, são tantos destinos para se buscar, tantos sonhos à realizar que me sinto uma louca muitas vezes, e machuco pessoas que para mim são muito mais do que às vezes demonstro serem.
Mas saiba que aqui em mim, cada uma de mim, dessas tantas que aqui loucamente habitam, todas elas buscam você. Todos que aí habitam, o seu melhor e seu pior, o seu lindo e o seu feio, o público e o escondido. Todas eu, amam você. Toda essa confusão acontece por que elas querem encontrar suas metades perfeitas. Entenda que se eu me perder, é por querer me achar. E pra me achar, preciso de você aqui.

29 de junho de 2011

Quantitativamente

Quantas vezes você já se perguntou o que te trouxe até aqui? Quantas vezes você percebeu que a vida é irônica? Que os destinos são irônicos ao se cruzarem? Quantas vezes você parou, olhou para os lados e percebeu que mesmo quando nada faz sentido, existe algo que te faz lutar? Quantos olhares te entendem? Quantos sorrisos te fazem sorrir? Quanto vale a vida? Vale a pena? O preço que se paga é alto demais?

Desabafo..

Durante meses me vi chorando, lamentando a perda. Perda de tempo, perda de oportunidades, perda de noites bem dormidas, perde de alguém, perda de amor. E durante esses meses todos me diziam que torciam pela minha felicidade. Que não importasse o motivo, mas queriam me ver sorrir. Que tanto sofrimento não me levaria a lugar algum, eu deveria mesmo era lutar pelo que me trouxesse alegria. Então o fiz, a vida foi legal comigo e pintou em mim um sorriso. Mas agora me sinto um tanto condenada, dizem que depois vai ser pior, que irei sofrer, que chorarei mais e mais. Então me sinto perdida em meio a sorrisos e olhares distantes. Me (re)preencho de alegrias e ao mesmo tempo questiono o que o agora representará no futuro.
Será mesmo que o mundo, a vida e as pessoas são assim? Se já não bastasse minhas incertezas não encontro em ninguém um norte?

Nesses últimos dias venho sorrindo mais, e sei do risco que corro, conheço a dor que ter esse sorriso arrancado causa. Mas prefiro viver agora tranquila e sorridente, mesmo sendo alertada que o futuro reserva dor. Estou me remediando, e de verdade.. não acredito que alguém possa entender como me sinto. 

25 de junho de 2011

Ao fim de junho..

É como voltar ao passado com a bagagem que a viagem me obrigou a carregar. É o mesmo sorriso de meses atrás, as mesmas mãos, o mesmo tom de voz, a mesma alegria disfarçada de timidez. Mais do mesmo. Não me importo, não é problema. É você e eu continuo a conjugar meus mais belos verbos à ti.

21 de junho de 2011

in(certeza)

"A duvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza." 

Por mais que seja doloroso viver sem saber o que vem depois da interrogação ainda prefiro isso à certeza de que nada pode ser feito para que as coisas possam mudar. E daí que o amanhã é incerto, de qualquer forma será. Prefiro ter a consciência disso, do que me iludir com falsas projeções que trazem na maioria das vezes apenas frustrações e longos choros seguidos de riso, por saber que é ridículo querer ser a dona da razão, do destino. Lógico que nem sempre podemos pensar e agir assim, até por que a vida perderia seu significado. Mas acredite, você consiguirá entender as ironias da vida se não achar que elas são fracassos, vai entender que é apenas outro caminho. O destino é um só, para todos. A única certeza é essa, e ela é tão absoluta que não vale a pena ficar limitando a vida em pequenas certezas tão incertas quanto um adeus ao seu vizinho. 

Essa mania de escrever cartas do futuro no passado, presente.



Lembrei de você hoje no mercado. É que agora, três anos depois da nossa formatura de ensino médio, aquela que você nem imaginou que poderia participar, a vida mudou e no mercado eu lembrei. Lembrei por que eu me tornei tudo aquilo que eu dizia ser um sonho pra mim, mas não em mim, no outro, em ti. Acho que entendi que não acharia alguém como sonho, então resolvi me tornar, vai ver alguém sonhou como eu. Comprei trident de menta - na falta de um beijo, um chiclé de menta, comprei cigarro - sempre comentei que acho lindo, comprei coca-cola e chocolate - não há vida sem, comprei alguma coisa pra beber. Depois desses anos aprendi bastante dessas coisas, e faz frio em Porto Alegre. Lembrei de ti no mercado, por que pensei: O que será que ele compraria? Qual será seu sonho? Ele terá realizado?
Só quero que saiba que tenho tatuagens, faço jornalismo e ainda escrevo. Tenho casa, cama e um microondas.

16 de junho de 2011

Não sai de mim

A mania de olhar para lugares e lembrar de momentos que vivemos lá. O habito de virar meu rosto para a esquerda toda a vez que saio de casa. O costume de ouvir aquelas mesmas músicas, daquelas mesmas histórias. Abraçar aquela almofada todos os dias, olhar a tua foto às vezes, te olhar todo santo dia. A lembrança do teu abraço não se vai, junto com a lembrança dos teus trejeitos, da cor do teu olho vista de perto e todos os segredos.

7 de junho de 2011

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Desde a última vez que nos falamos - sobre todos esses nossos assuntos - me sinto mais feliz, e venho agindo mais alegremente. Acho que até está dando pra notar! Eu só não sei se isso é bom ou ruim..

6 de junho de 2011

Sem saber até quando



Engraçado como eu sinto uma dificuldade tremenda de "me fazer de indiferente", eu tentei, mas não deu certo, eu te disse né.. É bem como eu digo, e repito, e me canso, e canso a todos que por perto estão, eu já tentei de tudo, de verdade. E hoje, nessa segunda-feira, eu não vou reclamar, chorar e me lastimar como de costume. Vou sorrir, é mais fácil, é melhor, e deixa tudo mais tranquilo.. Você pensando em mim, eu pensando em você. Não há o que mentir, nem omitir. As certezas estão rolando pelo ar, só há um medo enorme de caça-las e trazer tudo pra perto. Agora está tudo assim, tudo disperso no ar. Dependendo da vontade certas coisas são trazidas pra perto, em outros momentos outras.. mas elas não se vão. Elas ficam, ficam por perto, ficam rondando. Sentimentos que fazem parte da rotina. Alguns dizem que passa, que é escolha. Se fosse não estaríamos mais aqui, creio eu. Tanta vida pra se viver e continuamos a nós encher de esperanças, ambos. Mas já não é mais ilusão, nem mentira. São verdades. Simples verdades, que não cansam de vir me dizer: "Oi, ainda estamos aqui". E eu não sei até quando..

3 de junho de 2011

"Que motivos temos para estar atrás de palavras escondidas nas entrelinhas do horizonte desta highway?"

30 de maio de 2011

Luz

A lâmpada do meu quarto queimou, pedi para o meu pai trocar. Nada.
Entendi que isso acontece o tempo inteiro, na parte de dentro de cada um de nós.
Aconteceu comigo, aqui dentro.
Sabe aquela lâmpada interna que cada um de nós tem?
A minha queimou e ninguém veio trocar.
Gostaram de viver no escuro. Assim, sem ver o estrago que fizeram e ainda fazem.
Mas lembre-se, chega uma hora que viver assim cansa.
Chega a hora em que todos querem luz, de novo.

Procura-se


É como se eu perdesse todas as minhas forças diante de ti. Te ver chorar me faz chorar. Te ver sendo idiota me faz ter raiva. Ver tudo sempre tão igual me cansa. E eu choro, como sempre, por não saber mais o que fazer. Já tentei jogar do teu jogo, já tentei fazer do meu jeito, já tentei ser franca, misteriosa. Acabei me perdendo de mim mesma, e não há quem me ache. Não há quem encontre tudo que eu deixei pelo caminho. Será isso mesmo? Eu, sem forças, sem caminho, sem eu mesma. Para onde se foi tudo? É, para onde foi toda a alegria que eu sempre esbanjei? Alguém enviou pra algum lugar e não me disse onde. Não deixou mapas, nem dicas. 
Quero requentar, requentar o meu passado mais remoto. Onde ser alegre era mais fácil, não dependia de ninguém, nem de palavras, atitudes ou coisas assim. Dependia de mim, e o 'mim' fugiu. Quem se habilita a me dar a mão e encontrar?

26 de maio de 2011

E na Sexta, cesta!

É como se meu coração quisesse dar mais uma chance. Ele não para de sussurrar aqui: "Vai, só mais uma vezinha, só pra ti não ter que admitir que não tentou, só pra ti saber que a culpa não foi tua, a última oportunidade, a última chance, vai..". E eu, digo, minha cabeça, mente, cérebro. Minha razão, que já chorou tanto, sofreu tanto e reclamou tanto não quer ouvir o coração. Quer sim é ser forte, e me diz: "Não caia de novo na tentação, não se deixe levar. Você já fez isso, pra que repetir? Você realmente acredita que as coisas podem depois de tanto ser de novo? Não faça isso, não erre, não de novo."
Então é assim que as coisas estão. Elas simplesmente não estão. Sem certezas, sem futuro, e nem no presente tá dando pra confiar. Que sexta seja boa, seja como for, mas que seja boa. Que venha pro bem, pro melhor! Estou cansada de chorar no domingo, dá pra entender?

25 de maio de 2011

Além, apesar, é tudo!

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Nessa fase da minha vida, poderia vir aqui e voltar a reclamar e reclamar. Reclamar por que, como diz a música, as expectativas são desleais. Desleais com o esperado, idealizado, com o que é dado a entender, o que dizem, o que eu tanto e tanto penso. Mas não, não vim reclamar, não adiantará chorar as mágoas, digo, continuar a chorar. É chegada a hora de sorrir. Sorrir ao lembrar de tudo que passou, foi construído, crescido, foi tão bonito, chega a ser emocionante fechar os olhos e lembrar. Então, sorrir, por favor: Sorrir!
Estou interessada em encontrar novos motivos, que como o passado, no futuro também me faça sorrir. Quero descobrir um presente que no futuro seja um passado lindo! Quero ver as estrelas, ver o Sol nascer, não lembrar de nada e depois rir de tudo. Um novo olhar, novos risos, uma conversa boa. Quero um susto, uma surpresa..
Mas tem uma condição, quero que fique comigo sempre uma coisa, uma certeza. Podemos até passar por momentos tortuosos, mas depois da minha família tenho vocês, que são minha opção. Minha mais linda escolha. Stand by me. Que eu fique com vocês, minhas amigas, para sempre. Seus sorrisos em meu olhar, nossas histórias em minha memória e o nome de vocês ser sempre presente. Seja como for, onde for, quando for, mas que sejam sempre vocês. Além de tudo, apesar de tudo. Tudo igual vocês.

24 de maio de 2011

E ponto.

- Ele não é a pessoa certa pra ti.
- Mas ele era, por tanto tempo foi. O que aconteceu é que ele decidiu que eu não era mais a pessoa certa.
- Viu, ele nunca foi a pessoa certa. A pessoa certa não faria isso.
- É verdade. A pessoa certa é simplesmente a pessoa certa e ponto.

21 de maio de 2011

Revanche?


- E no caso de ainda sobrar um curinga? Devo jogar?
- Curingas, diferentemente do que a maioria pensa, não são moedas de troca, subtitutos quaisquer. Curingas são únicos e tem o poder de ser tudo.
- Ela é assim.
- Eu sempre soube, tu que não soube jogar, apredeu as regras tarde demais.
- Será realmente tarde?
- Que diferença fará?
- Quero a minha revanche! "Você achou que eu tinha desistido. Não estou morto, apenas fui ferido, eu sei.."

Acho que você entende..

- Acho que entendi, agora posso tê-la de volta!
- Mas como podes ser tão burro, não viu que já a perdeu?
- Claro que não, essa semana mesmo ela me disse o que sente, que me espera, que sou a melhor coisa que já lhe apareceu.
- Ela não deve ter dito isso, somente sobre o que sente, que demora para mudar. Mas de resto, deve ter dito que te esperava, e não diria que tu foi a melhor coisa que lhe apareceu. Essa é das coisas que entra na classificação do 'Pra Sempre', muito cuidado antes de falar.
- É, tens razão.
- Ela jogou todas as cartas da mesa, mostrou todos sentimentos e anseios, não há mais nada guardado dentro dela.
- É bom, agora não há mais segredos.
- É ruim, não há mais o que descobrir.
- Isso quer dizer que eu a perdi?
- Sem as cartas na mão não há mais jogo, acho que você entende.. "Te chamar de carta fora do baralho, descartar, embaralhar você.."

20 de maio de 2011

Mesmo em um dia como esse, em um mês como esse, em um primeiro semestre como esse, sorri. Por que Deus, tu sabe que não vem sendo fácil tanta coisa. Novidades, na maioria das vezes dramáticas, chorosas, lamentáveis. Não vem sendo fácil mesmo enfrentar os dias com todo esse peso, esse fardo, mas ainda sorri. Sorri por que sabe que esse sofrer é caminho para o gran finale merecido. Tudo isso deixará a história mais bonita, emocionante, vai fazer valer a pena.

17 de maio de 2011

Pedido

Por meio deste venho requerer um novo músculo cardíaco, vulgo coração. Que músicas não interfiram na velocidade de suas batidas. Que nomes não o apertem. Que ele seja indiferente ao passado. Apenas batendo pelo agora, e pelo que há de vir.

16 de maio de 2011

Está chegando?

Esta sou, acredito que agora mais lúcida, menos iludida, mais solta, menos travada e presa ao passado. Esta sou eu, cada vez mais distante do que tão próximo está. Acredite, ontem de madrugada no ônibus, acordei e a música que eu ouvia se chama Milonga, conheces né? E agora que vem a parte do "Acredite", não me encheram os olhos de lágrimas, meu coração não interpretou como um sinal. Eu sorri, larguei um risinho, como se dissesse: "Ah essa música, ela tem tanta história, representa tanto, mas passou." É o que dizem, é o ciclo, as fases, os momentos. Um ciclo se encerrando e outro começando, dando início a nova fase, momentos novos.
Não sei o que me fez mudar assim, mas sei que é bom. Estou tranquila a como a tempos não me encontrava, estou mais eu, mais minha, esperançosa e renovada. Estou começando acreditar que está chegando a minha hora, uma hora nova, uma hora inesquecível..

12 de maio de 2011

"Não me pergunte o que eu não sei"

Era algo sobre como não devemos ser, os erros que não podemos cometer, as escolhas erradas, os caminhos opostos. Era algo desse tipo que ele pensava, e pensava como nos últimos tempos havia tido uma vida tão assim, tão do contra. Já alguns dias andava cabisbaixo, o pouco que ria parecia tão forçado, o pouco que falava parecia tão superficial diante tudo que sentia. As palavras ditas e escritas não saiam de sua cabeça, tudo girava e voltava a uma mesmo ponto. "Por que tantos erros? Por que tanta dor que poderia ter sido evitada? Por que o orgulho, a fraqueza e a burrice foram tão maiores?" Ele questionava isso à sua consciência inúmeras vezes, e se deparava com um eco como resposta, as tais questões voltavam. Mas na verdade, ele já estava cansado de saber que os erros, ah os erros, eles são atitudes. Atitudes que na maioria das vezes nunca existiram. E agora culpava-se e arrependido pensava, por que?

Em silêncio, só ficar!


Ela acordou ao som de "Sempre que eu preciso me desconectar, todos os caminhos levam ao mesmo lugar..", o despertador tocou, logo ela desligou, era hora de ir. E com todo o cuidado mundo levantou, sem movimentos bruscos, para que aquele que ao lado dela estava não acordasse. Mal sabia ela que ele a observara a noite inteira, e agora podia ver que não era um sonho. Aquela quase boneca, era mais que real. Ela caminhava a passos curtos, com as pontas dos pés, e ele, deitado na cama pensava em coisas como essa..

"Como pude eu, quase perde-la? Ela que agora está aqui, comigo, confiando em mim, e confiando que irei respeita-la o quanto necessário. Ela confia em mim! Poderá existir algo mais bonito que isso? Ela está com a minha camiseta preferida, e a camiseta está toda amassada, bem com cara de quem acordou. Ela está juntando suas coisas, ela é linda, tão linda. Ela está parada na frente do espelho, com um sorriso no rosto. Deve estar rindo por que na camiseta tem uma daquelas frases de garoto solteiro, ah! eu não tenho culpa que a camiseta veste bem, e afinal.. eu nem uso ela mais em público mesmo. Não cairia bem um cara apaixonado como eu usa-la. Agora ela saiu do quarto, e nesse pouco tempo sem ela aqui, é como se o quarto ficasse menor, tudo mais escuro e mais frio. Ela voltou, trocou de roupa. Com um vestidinho rosa claro, all star e o cabelo meio bagunçado, bem como de costume, e linda. Eu não vou "acordar" agora, quero ver o que ela vai fazer, como se despedirá, se me acordará. Ela está aqui, deitada de novo ao meu lado. Segurou minha mão com uma leveza incrível, e uma força quase inabalável. Acho que ela percebeu que eu estou acordado. Ela levantou, saiu pela porta. Nem deu tchau. Calma, ela voltou. Entreabriu a porta e disse: Pode acordar! Ou melhor, abrir os olhos.. E você é lindo fingindo que dorme, como de costume."

Gosto de escrever contos. Tão fora de mim, de minha realidade. E ao mesmo tempo tão perto, tão dentro. De dentro pra fora. 

10 de maio de 2011

Até onde ir?


Até que ponto podemos confiar no ideal que criamos ao pensar em cada pessoa, que para nós de alguma forma é importante? Até onde vai a nossa consideração? Até onde podemos aguentar? Até onde é justo irmos por quem para nós é de alguma forma especial? Até que ponto vale à pena? É justo ir além da linha tênue entre o sentimento e razão?
A tempos atrás diria que sim, diria que deveríamos enfrentar tudo por um sentimento. Deveríamos correr o risco de termos o coração partido em mil pedaços, mas sempre seguir o coração. Mas hoje não mais penso, digo e defendo isto. Sei, e por experiência própria, que não, não devemos nos sacrificar tanto por pessoas que não fariam o mesmo por nós, ou até fariam, mas não tem coragem.
Por que essas pessoas nunca sofrerão como você. Por que você acredita, dá crédito, sempre mais uma chance. E enquanto isso, sem perceber, você só dá e não recebe nada de volta. Não, não quero dizer que amor, consideração e amizade são moedas de troca. Quero dizer que reciprocidade sempre é bom, é construtivo. Mas me enganei ao dizer que não se recebe nada de volta, se recebe sim. Na maioria das vezes dói e faz chorar.
Conte nos dedos as pessoas as quais você atravessaria o mundo a pé, e se preocupe se encher mais que esses dez dedinhos que estão aí na sua frente. Se você tiver mais de dez pessoas que te incluam nesse grupo, você tem muita sorte, mas muita mesmo. E por favor, entre em contato.
Nesse último fim de semana, passei por uma experiência que me mostrou o quanto pessoas mudam, e o quanto é difícil de acreditar que isso é verdade. Mas temos que aceitar, isso é mais comum do que podemos imaginar. As pessoas mudam, parecem ser as mesmas por alguns minutos, mas logo logo elas passam a ser o que se tornaram, e ver isso, ter que aceitar isso, é terrivelmente doloroso. Mas passa.
Mas não mude se te tratarem mal, se ferirem teu coração. Não se torne mais um, não se iguale. Continue confiando, mas seja mais esperta. Essas coisas acontecem, pessoas vem e vão o tempo todo. Às vezes vamos junto, às vezes ficamos, e às somos nós quem vamos. Dessa vez, depois de ser passada para trás eu vou, não ficarei mais aqui.

8 de maio de 2011

Sete de maio, desculpe-me, já é dia oito. Do dia seis lembro de paête, cabelo liso, xadrez, música barata e.. acho que to esquecendo de alguma coisa..

4 de maio de 2011

Talk-show (?)

Enquanto ainda tivermos como autoridades e exemplos pessoas que não tem a consciência de aceitar o novo, diferente e fora do padrão não teremos um mundo melhor, esse tão clamado. Nós, todos seres humanos, transcendemos a aparecia, e todos nós já deveríamos estar cansados de ouvir isso. Quando falam de preconceito, por favor, não limite-se apenas a diferenças raciais, religiosas ou culturais. As diferenças existentes são tão maiores que isso, maiores que questionários pré-definidos. Qual o problema em ser diferente, em querer o novo, em lutar pelo impossível.
Pois é, sei que faço parte da minoria, sei bem disso. É visível, visível e triste. Enquanto um auditório inteiro ainda aplaudir de pé caras que levam consigo conceitos "arcaicos" não teremos uma sociedade melhor, uma cidade melhor, um mundo melhor. Ensinem-nos a ver o mundo com outros olhos, ensine-nos não apenas a enfrentar o mercado de trabalho, mas enfrentar o mundo, os obstáculos, e ver oportunidade onde há um abismo. Ensine-nos a voar por cima dos preconceitos, a ver além da máscara.

"O café me deixou ligado..


..você ficou de ligar"

É tarde de quarta-feira, estou ouvindo as músicas da minha banda favorita, e esta melodia que agora começou a tocar me lembra ele. É agora é ele, chega de você! Você eu cortei da minha vida, não é mais eu e você, é eu e ele. Ele de passado, ele de todos - digo, todas. Estou aqui, ouvindo música, escrevendo e recordando, quando na verdade deveria estar estudando matemática, aquela que ele não domina nem um pouco, mas um dia eu lhe ensinei, em uma caneca que dizia algo sobre a matemática do amor. Foi por junho do ano passado. Passado. E por mais que já tenha escrito diversas vezes que decide te esquecer, meus dedos insistem em se deixar levar por um mesmo tema, teclas. Teclando sempre a mesma tecla, até quando?
Ele me parecia tão normal, quando o tinha aqui, ao meu lado. Sempre me pareceu como todos, quase camuflado, a não ser pelo sorriso que eu sempre adorei. Mas agora, é como se todas as qualidades estivessem transbordando, e eu ainda lembro do sorriso, que agora parece estar cercado da mais linda moldura. Ele mudou, e pra melhor, por fora. Mas acontece que além de mim, parece-me que mais tantos - digo tantas - também estão o vendo assim, diferente, mudado, melhor. Fico feliz, sempre insisti para que tu mudasse, e tu resolveu faze-lo agora, sem mim. Mas pelo menos o fez, e mudou e lembra. Lembra de mim.
E tu, pensa em mim como ela ou você? Ainda guarda a caneca? E lembra de mim quando estuda matemática e não entende nada? E o que em mim tu mais gostava? Será que eu também estou diferente?
Que eu fique com todas minhas dúvidas. Elas alimentam meus dias, assim minha mente/coração não param. Tenho os neurônios acelerados, meu motor não para. E meu motor ainda é movido por ti, só mudou o teor dos componentes do combustível. Menos presença, mais ausência. Menos você, mais ele. Nada de nós, agora é ex.

http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii/45736/ - Nem + 1 dia, Engenheiros do Hawaii

2 de maio de 2011

!Tchau Radar!


As semanas passam, cada vez mais rapidamente, já estamos em maio e já é quase meio do ano. E puts, eu ainda não te esqueci, logo eu, que te larguei lá em fevereiro, ainda não te esqueci. Escrevi hoje que até mesmo uma tarde nublada, tediosa, em uma sala de aula e em plena segunda-feira, merece sim um sorriso. Por que garota nenhuma aos seus dezesseis anos deve sofrer assim, por isso. 
Que os dias passem rápidos sim, e com eles passem as lembranças, os sentimentos, as emoções, que tu passe, e suma, e vá com quem quer te levar, para onde for. Só que passe, e vai passar. Eu estou sentindo que sim, que já está passando. Logo tu será só mais um coleguinha, vizinho, uma página virada, um conto perdido, um história bonita. 
Decidi por te esquecer, quando te vi me esquecendo. Agora é minha vez de mostrar que sim, que chega, que deu. !Tchau Radar!
"Até mesmo uma tarde nublada de segunda-feira merece um sorriso."

28 de abril de 2011

Why?

Novamente estou me perguntando, o por que?
Já reparei, e sei bem que é apenas isso que ando fazendo, me indagando o tempo inteiro, por que?
O por que das circunstâncias, das escolhas, dos momentos, das atitudes, das palavras.. e o por que do sentir e não agir?
Medo, medo, medo. Eu nunca me rendi a ti, sempre me deixei levar pela emoção, agi conforme o coração mandasse. Mas e agora? Me sinto de mão e pés atados, além disso, um nó em minha garganta. E um medo de desatar o nó, e me deixar levar, e perder o controle, e ter tudo de novo, e aí.. não querer mais.
Por que? Por que tem que ser tão difícil o que é tão fácil, bonito e desejado pelo mundo?
Eu precisava era de uma lição de moral, umas verdades e um adeus. Ou até quem sabe um: eu sempre estive aqui, não se engane..

(Escrito em oito de abril de 2011)

27 de abril de 2011

Eternidade

Eterno é um estado de espírito, é a vontade de 'pra sempre', é o querer sem fim. Eterno é tudo aquilo que se quer sem medo e demora. Eterno que é eterno é cheio de emoção, amor, alegria, sorriso, suavidade e leveza. A eternidade, é uma palavra tão usada, e tão pouco, de fato, existente. Afinal, o que é eterno? O que de fato, pode-se classificar como eterno? Nada, a eternidade é um estado de espírito, uma vontade louca de fazer aquela sensação, de tão boa, durar para sempre. 
A eternidade, digo, o sentimento que o pensar em eternidade trás deveria ser tão mais valorizado. Se assim fosse, nossos laços e afeições seriam talvez mais duradouros, sinceros e reais. Cabe a cada um de nós trazer a nossas vidas esse sentimento tão esquecido. Seja eterno, queira eterno, sinta eterno, e quem sabe assim o eterno venha, exista e te surpreenda.


"Tudo lá parecia impregnado de eternidade"

Manuel Bandeira


24 de abril de 2011

Camarada

Enquanto a grande maioria se espreme ao som de um bom rock, fico aqui na sala tranquila, com um cházinho e sossego. Lá, todos tentam fugir de seus problemas, dúvidas e fantasmas. Já eu e os meus fantasmas estamos fazendo uma reunião, e estou deixando bem claro a cada um deles até onde eles podem interferir na minha vida. A algum tempo atrás me desesperaria por estar em casa a uma hora dessas, em um sábado, quando todos estão curtindo e terão muito pra contar. Eu realmente estou bem aqui, conversando com alguns velhos amigos, esperando o sono chegar e rindo das besteiras que me passam pela cabeça.
Aquela minha amiga, aquela de todo dia. Me contará o que quando me ligar de madrugada? E o meu ex, que é mais meu do que ex, aparecerá com que marca segunda-feira na escola? E quais serão as fofocas? Quais serão os porres? As traições? Os micos e os feitos?
Cada um na sua, e eu na minha. Aqui, na minha casa, minha cadeira, meu computador, minha xícara, meu chá, minha vida, meus fantasmas. Eles não me assombram mais, eles me fazem companhia, me entendem, e até me divertem. Agora, eles estão rindo. Vou tentar descobrir do quê..

23 de abril de 2011

Mais assim


Olha só, eu aqui escrevendo. Sobre o que mesmo? Não sei, só meio veio uma vontade, e mais que isso, uma necessidade de escrever, como sempre, e assim me passar a limpo, me filtrar. Bom, o que me vem a cabeça é sempre a mesma coisa, não posso negar, mas vou tentar mudar o foco, forçar uma mudança, já que a vida parece me mostrar que de nada vale seguir assim, sozinha, de novo sozinha. Quero tentar explicar que de fato, dentro de mim algumas coisas parecem firmar-se, e outras a cada dia me parecem mais superficiais, logo muito mais engraçadas, e por isso mais presentes. Adoro rir, e como diz minha amiga, principalmente dos outros. Ando mais tranquila, mais arriada, mais confiante, ando rindo da vida, e das situações que ela me coloca, safadinha ela. Ando mais leve, estou começando a me dar conta de que tudo está seguindo um rumo, que agora me parece incerto, mas faz parte de um ciclo, e devo seguir esse ciclo com calma, mas precisão. Não posso me deixar levar pela maioria, tenho que fazer do meu jeito, mas por que não rir um pouco? Ou até sofrer um pouco? Assim é muito mais bonito, muito mais do meu jeito, muito mais Júlia.

18 de abril de 2011

Dezessete de abril

Só pra constar que nesse dia, eu fiz, e falei. E te deixei louco de raiva, e louco de vontade de tentar me entender. E eu mandei pra fora tudo que eu venho escrevendo aqui a semanas e semanas, e remoendo minuto a minuto. Não sei se foi certo ou errado, mas foi do coração, da alma. Foi de verdade, foi típico de mim. E ao som de Engenheiros do Hawaii. Agora tu vê o que fazes, vê o que o teu coração diz, e faz o que teu coração mandar. Assim como eu.

17 de abril de 2011

Página 100

"De uma hora para outra minha garganta secou, senti uma falta cordialmente na minha voz, forcei uma simpatia que não estava sentindo. Bateu um ódio retroativo, tive vontade de empurra-lo contra a parede e dizer escuta aqui, não há nada te incomodando?, você não tem chorado?, não se dá conta da meleca que fizemos?, a vida segue razoável?, então você é mesmo um cara cordato?, então eu é que sou louca e fico ruminando dia e noite sobre se foi uma decisão acertada ou se foi precipitação nossa?
Tá tudo bem com você? Foi a única coisa que eu perguntei, simpaticamente: tá tudo bem com você, Gustavo? Ele respondeu: a gente se acostuma.
Agora éramos amigos. O que sempre fomos. Foi isso que nenhum de nós se atreveu a admitir."



Quando digo que Martha Medeiros fala por mim, é a isso que me refiro.

Bola pra frente

Acho que chegou minha hora, a hora em que de fato coloco um ponto onde tinha deixado reticências. É chegada a hora de mudar, de começar, de recomeçar. Confesso que durante esse dois últimos meses esperei por uma palavra, atitude, até mesmo um sinal. Mas nada me pareceu claro o bastante, e agora vejo que pra ti sou caso encerrado. Dói saber isso, ver isso, e ter que conviver pacientemente com essa mudança. Mas não posso sentir-me mal com isso, foi uma opção, questão de escolha, e uma escolha minha.Te ver assim, cada vez mais distante e indiferente me traz um sentimento o qual eu já não lembrava. Aquele do "não correspondido", depois desse tempo contigo, tinha esquecido como era esse sentimento, o qual eu era mestre. Agora preciso me lembrar como é essa história, e preciso esquecer a nossa história.
E eu estava esperando um rumo diferente. Confesso, não sou hipócrita. Mas e daí? Se não vai ser, eu dou meu jeito. Eu sempre fui boa em arranjar novos enredos, enrolados e embriagados como nós.

13 de abril de 2011

Corpo e Alma


"É engraçado pensar que a massificação pode ser fruto da necessidade que as pessoas têm de serem diferentes uma das outras. (...) Parece que a possibilidade de abrir todas as portas faz com que ninguém entre em nenhuma delas de copo e alma."
Mapas do Acaso - Humberto Gessinger

Aula de história


Enquanto esperava pacienciosamente os minutos daquela aula de história passarem, fingia se interessar pelos Estados Unidos do século XIX, quando na verdade queria mesmo era saber o que se passava naquelas cabeças ao seu redor, pensamentos os quais ela aposta que Abrahan Lincoln não fazia parte. As idades já não dão muitos indícios de pensamentos além das divisas dessa cidade. Ela acredita que naquelas cabeças se passavam coisas do tipo: Quero aquele vestido! Será que eu fico com ele? Qual o nome daquele filme mesmo? Merda, o que eu to fazendo aqui! Nunca vou saber isso na prova! E por aí vai a grande lista.. Enquanto ela só conseguia pensar em por que tudo isso? Por que agora tentar entender tudo? Esse não era pra ser o ano da curtição, avacalhação e não pensar nas conseqüências? Esse era pra ser o ano do só vai! Mas não ta indo, empacou! E ela, ela tenta puxar a carroça sozinha. Mesmo entre tropeços, paradas e acidentes. Ela insiste em lutar por tudo o que sempre foi verdade inquestionável, e agora não passava de coleguismo barato, falsidade e olhares cansados.. loucos para voltarem pra casa e dormirem enquanto a televisão mostra imagens coloridas, que não condizem com a realidade.
E ela se pergunta, sem cessar! Onde foi parar o futuro tão sonhado e planejado? Onde foi parar o amor, aquele sentimento que fazia encher os olhos só de pensar no fim. E o fim a cada dia está mais perto. Só mais meio ano e The End. É, e ela parece ser uma das únicas pessoas com consciência disso! E ela sofre tanto por dentro, ela parece feliz, contente, até tranqüila. Mas ela sempre foi boa em interpretação, quando pequena ela até queria ser atriz.
Ainda na aula de história, ela abaixa a cabeça e deixa uma lágrima escorrer, ela finge estar com sono, é.. caso perguntarem é o sono! Lágrimas não são bem-vindas quando se está no meio de gente que espera por um momento de fraqueza para jogar na cara tudo o que se quer evitar. Ela já sabe de tudo o que errou e acertou, está tudo a pratos limpos com sua consciência. Mas e o resto? Ela queria mesmo era resolver tudo com todos, e poder sorrir com naturalidade, verdade e paz interior! Queria acreditar que tudo ali, por mais que terminasse em seis meses, se tornaria uma lembrança bonita, emocionante.. que trouxesse uma nostalgia mágica! Mas para isso, teria de ser verdade o suficiente para ficar gravado na memória, por que dizem que com o tempo esquecemos o que faz sofrer, para ficar só com as lembranças boas em mente. Mas para onde foi tudo? Que direção tomou?
Era o A e o B, e assim um. Agora é um, e mais do que nunca é o A e o B. Não, A e B não, é uma confusão, um ajuntamento desordenado de gente que está ali por que é obrigado. Não era assim, pelo menos ela acreditava que haviam motivos que transcendiam tudo isso, pelo menos era o que parecia ser.
E amanhã outra aula de história. Cheia de piadinhas, risadinhas e cochichos. E amanhã outra vez aqueles rostos cansados, aquela gente com sono, aqueles mesmo assuntos e pensamentos voando em direção a toda a futilidade que tomou o lugar de sonhos e planos.
Em pânico, é assim que ela está!

10 de abril de 2011

Domingo

Será que toda essa covardia vai mesmo fazer com que eu decida por te esquecer, e siga em frente, mesmo com essa esperança e essa espera que parece não cessar. Eu realmente sempre esperei alguma reação, até mesmo na hora que te dei adeus, eu realmente esperava por um beijo que me calasse e me deixasse com cara de boba. Mas boba fui acreditando que poderia esperar algo da espécie de ti, logo de ti que sempre foi tão vulnerável, tímido e dependente de minhas escolhas, atitudes e imposições.
Mas agora é diferente, é como se tu fizesse questão de me machucar, "dar nos meus dedos" como falam por aí. Palavras pela metade, respostas frias, e uma imensidão de nada. Mas por que eu ainda acredito que exista em ti um sentimento recíproco, quando tu nada demonstra?
Ah, hoje o dia tava tão bom, e eu deveria ter ido dormir sem encostar nessa porcaria de revolução tecnológica materializada. Tava tudo tão bem, tão bom. Tequila ontem, rock hoje.. e agora eu de novo, com antes: Com o coração na mão, como um refrão de bolero.

8 de abril de 2011

In the Sky with Diamonds


Com você eu me sinto bem, quase salva. Sinto aquela maravilhosa impressão de que o mundo todo é bobo, triste, insignificante, um nada perto de todas as estrelas, essas estrelas que nos servem de cúmplice. Com teu abraço, mesmo que seja menor que o meu, sinto amor. É, contigo por perto é possível até mesmo sentir o abstrato, dá pra pegar, é só acreditar e fechar os olhos, eu realmente acho que já consegui pegar o amor em minhas mãos, e isso por que tu me faz acreditar. E por tantas já passamos, e eu já quase acreditei que amores assim não existissem, mas existem, eu sei, tu me mostra. Me mostra a cada olhar, quando tudo parece fazer sentido, por que esses teus olhos lindos me olham e me fazem entender que existe sim um elo que não pode ser quebrado. 
Amigos são como anjos, nos guiam para o bem. Nos enchem de alegrias, carinho, afeto e companhia. Mas se amigos são anjos, tu é todo o meu céu. Aquele mesmo céu das estrelas, aquelas mesmas estrelas que nos observam e são cúmplices. Somos nós, nas estrelas, as estrelas. In the Sky with Diamonds, para sempre minha Nara.

Uns mais iguais que os outros.

A falta de autenticidade vem dominando o mundo. Cópias, cópias, cópias.. já chega né? De cópias já bastam as das professoras, aquelas que eu esqueci de pegar hoje de manhã lá na escola. Mas é daquele mesmo lugar que me refiro, aquela escola, aquela gente, aquele marketing pessoal sem fim.
Sempre foi assim, quem não faz o tema copia de quem fez e é legal o bastante pra passar adiante. Eu sempre fui dessas, que faz, passa adiante e ri, sabendo que não terão o conhecimento e a consciência que tenho sobre tal assunto. É isso, "muito prazer, meu nome é otário".
Mas o que me deixa realmente curiosa é o fato de que hoje, aqueles que sempre copiaram meus temas, trabalhos, pesquisas e me julgaram boba por isso e também por meus gostos, roupas, crenças e forma de vida vem cantarolando por aí as músicas da minha banda predileta, e me perguntam nome de autores que sempre gostei, e a cada dia parecem ser mais interessados no que sempre pertenceu ao meu mundo.
Sei disso, todos mudam, e eu sempre estive mudando. Se por algum aspecto eu vir a me tornar parecida com algum desses iguais por aí, não deixarei para trás meus princípios, músicas e livros.
Mas agora é assim, ouvem músicas bacanas para parecem interessantes, lêem livros com conteúdo e se enchem de frases de impacto. É bonito, e faz com que aqueles que também copiam achem verdade.
Mas nós, que vibramos em outras frequências, nós não nos enganamos, nós vamos além dessa onda nova. Nós conhecemos o real significado de todo um oceano. Superfície, me desculpe, é para amadores.

6 de abril de 2011

“Há algo na sua essência que me agrada, me acalma, e diverte!”

Já dizia Caio, há algo em sua essência, que simplesmente faz valer a pena. Que mesmo em meio a lágrimas, tristezas, saudade, mágoas e rancor, tanta coisa ruim, ainda é bom. Ainda vale a pena, por que é por ti, é por ti!

É sempre amor!


Eu juro, juro que queria mudar o foco, voltar a ser como antes. Queria deixar de pensar em um único nome, em um único rosto, e de te ver e te lembrar o tempo todo, em todos os lugares, por mais improváveis que possam ser. Queria que meu plano do passado se tornasse um futuro perfeito, que meu presente estivesse exatamente como o planejado. Mas não, não é assim que está sendo.
Eu planejei assim: eu iria tomar as decisões que fossem convenientes a mim, e então minha vida voltaria a ser como antes, antes de ti aparecer, e antes de eu aprender o real significado da palavra amar. Eu ia voltar a ser aquela garotinha de catorze anos, que por mais que dissesse que amava, nem sabia o que era isso, mas descobriu, graças a um idiota.. que no fundo, bem no fundinho, ainda o ama.
Hoje, consigo visualizar de forma muito consciente as marcas que as pessoas deixam em nossas vidas. Além de lembranças, são sentimentos que não se vão. Que ficam, martelam, enchem de duvidas.. ora fazem chorar, ora fazem rir. Certezas, a única certeza é que a dúvida é presente, sempre presente.
Não me pergunte o porque de minhas decisões passadas, talvez eu até saiba responder, mas você vai se cansar de ouvir essa história que reconto em minha mente todas as noites antes de dormir. 
Não sei mais pra onde ir, com quem sonhar, o que fazer. Voltar ou seguir adiante? Lutar ou conformar? Correr atrás ou esperar? Vale ou não vale a pena?
Espero eu, que em meus próximos textos - devaneios meus - possa responder essas questões que não saem de mim, bandidas.


Ela vai mudar, vai gostar de coisas que ele nunca imaginou. Vai ficar feliz de ver que ele também mudou. Pelo jeito não descarta uma nova paixão, mas espera que ele ligue a qualquer hora só pra conversar e perguntar se é tarde pra ligar. Dizer que pensou nela, estava com saudade. Mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe. Com ela aonde quer que esteja. É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou. Ele vai mudar, escolher um jeito novo de dizer "alô". Vai ter medo de que um dia ela vá mudar, que aprenda a esquecer sua velha paixão, mas evita ir até o telefone para conversar, pois é muito tarde pra ligar.Tem pensado nela, estava com saudade. Mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe. Com ele aonde quer que esteja. É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou.

Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou.

31 de março de 2011

Caio Fernando Abreu, sempre!

Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos…
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? 
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muitomais — por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, decontinuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.
. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.
(Retirado do livro "Pequenas Epifanias") 

Mais do que nunca, merece ser escrito.



Pronto, agora já podemos parar com toda essa brincadeirinha vida, mundo, Deus, destino.. ou quem for o responsável por tudo isso, tudo isso que não me deixa mais eu ser quem eu sou. Eu, que sempre fui defensora da alegria, parceiria, amizade, e aqueles momentos que nos fazem acreditar que a eternidade existe. Mas agora só me sinto assim em nostálgicos momentos que não me deixam. E esses momentos são quando vejo fotos, ouço músicas, leio bilhetinhos antigos. Só assim que me lembro como eu realmente sou, e nem assim consigo, por que choro, e chorar de tristeza, quando se é feliz, não é felicidade. Pra onde foi minha vida de um ano atrás? E não falo só de amor, não falo só do idiota mais íncrivel que já conheci, e que não sei esquecer, mesmo depois de ter virado minhas costas e ido embora. Mas eu falo da minha vida em si. Falo dos meus amigos, que são outros. Os antigos, mudaram. E os novos, não se encaixam. Falo daquelas minhas amigas que foram pra longe, que estavam comigo em todas as manhãs, que me ouviam, me davam conselhos, e me ensinavam a ser forte, mesmo sendo a mais nova. Eu falo daquele melhor amigo de longe, que me mantinha encantada a anos, e que agora virou sapo, ele era príncipe.. agora a magia terminou. E o meu incrível número oito, aquele que representa a eternidade, a confiança, o infindável, onde foi parar aquela promessa de amor eterno e tatuagem na pele?


Continuo aqui, mesma cidade, mesma escola, mesma rua, mesmo prédio e apertamento. Mas onde está tudo? Onde está toda aquela intensidade que me deixava na vontade de ficar acordada vinte e quatro horas por dia, pelo simples fato de ter coisa demais pra viver, sentimento demais pra sentir e histórias demais para contar depois. Seja o que for, seja culpa do mundo, das pessoas, ou minha. Talvez nem seja culpa, talvez seja um favor, talvez tenha que ser assim mesmo. Quem sabe esse seja o ciclo de maturidade que tanto falam. Mas se for, eu não quero. Me recuso a ter que renunciar a tudo que sempre me fez bem, que sempre foi meu chão e minha certeza de dias felizes e risos constantes. Até quando eu terei de viver a mercê de lágrimas que parecem sempre prontas para começar a cair? Por que por mais que eu sorria, e eu sorrio, parece que sempre corro o perigo de ser surpreendida com a trágica impressão de que tudo é fingimento, e de que tudo que foi, nunca mais será.

Um último pedido: tudo! Quero tudo o que me revoltava e me fazia chorar quando meus pais não me deixavam sair, quero todas as jantas, todos os meus segredos, quero todas as piadinhas constrangedoras, quero a certeza de que tenho sete amigos pra sempre, quero de volta aquela mão que se entrelaçava a minha todo dia. O pacote completo. E agora, pensando em como tudo mudou, e como eu mudei. Eu sei, e dói saber, que talvez a culpada de tudo seja eu. Então é isso, um pedido de perdão. Quem fui está chorando de tristeza e saudade, quem eu sou está pedindo perdão arrependida. Essas duas 'eu' estão se entendendo, fazendo as pazes, com o tempo tudo voltará ao normal. E eu farei o possível pra ter de volta tudo o que sempre me fez ser a melhor parte de mim.
"Ser instável foi meu pecado. Ser covarde foi o seu."
Tati Bernardi

28 de março de 2011

Zero!

Nada, é só isso que eu quero. Um baita de um nada, pra ser bem simples. Mas só por uns tempos, depois me vem aquela angústia de não sentir. Mas bem que só por uns dias aquele meu papinho de: "Antes a dor do que o nada" podia ser deixado de lado, e eu daria uma vivida, bem vivida. Aí depois eu volto. Revitalizada, renovada, quase outra. A não ser os olhos, o mesmo olhar. E o coração, sempre com os mesmos enredos. Eu só queria é dar uma esquecida, bem de boa, só isso e mais nada. Daí eu volto, eu sempre volto, sempre volta!

24 de março de 2011

E se ainda não me fiz entender, está aqui meu pedido. Claro, sincero e honesto. Aqueles que se importam comigo, por favor, me venham com um abraço e me digam que tudo está bem! É só isso que eu preciso, é o que eu mais quero!

Falso.

Enganar, falar mal, gritar insultos. Chorar escondida e sorrir em público. Ter que ficar quieta, quando de verdade, queria explodir palavras, um a um, enche-los de questionamentos e interrogações na mente. Falsidade pura, o ar chega a estar pesado, só sua presença já traz uma "energia negativa". Que ela se vá, que ela morra. Essa parte de mim, que tanto está famosa, que tanto está sendo falada. Mas é como sempre, usam meu nome pra falar de tantas que ainda não encontrei em mim. Só alguns encontram-me de verdade, e agora.. será que estes também estão se perdendo em meio a tanta mesquinharia. Ah vida, ah Deus.. me pega e me tira daqui, só por uns dias, até eu e todos esquecerem, e lembrarem que eu só quero ser feliz e poder fazer o que o coração mandar. Menos rancor e mais amor, por favor! Me falta, te falta.. é só isso!

23 de março de 2011

Ps.:

E nesses últimos dias escrevi mais que o normal, mas me desculpe mundo, nem tudo pode ser assim, tão aberto ao público. E se tem uma coisa que eu aprendi foi que manter-se quieto é sábio. Já cansei de sofrer por confiar, já cansei. Um beijo, um até logo! E sim, mais do que nunca as palavras estão me servindo de abrigo, lar, âncora e vela.

20 de março de 2011

Complexo demais pra conseguir ser explicado. Simples demais pra merecer explicação.

A maioria das coisas, essas do coração, deveriam ser descritas assim.  
Tão nada e tão tudo.

BR 116

Por mais que digam que é o inferno da região metropolitana, eu adoro! Aquelas luzes paradas, vermelhas, querendo ir embora da capital e chegar logo em casa. Aquelas luzes brancas que na direção interior (se conhecessem Tuparendi não chamariam de interior)-capital passam um pouco mais rápidas. Sem falar no trensurb, que faz companhia aqueles carros, e deixa tudo ainda mais bonito, no meu ponto de vista. Os outdoors, o aeroporto, as prostitutas. É, toda aquela atmosfera faz parte da minha vida, como aquela curva pra entrar na famosa, para mim famosa, Rua Santa Cruz. Todo aquele movimento, todas as luzes, a velocidade, a impaciência, a rádio e o perigo. Me fascina. Por que ao mesmo tempo que sempre fez parte de mim essa paisagem, sempre se manteve distante, seja por PHV, seja por aqui. Até mais, até logo, eu voltarei, 116!