27 de dezembro de 2010

Proteja seu segredo!

Do tipo de garota que não se preocupa com pontas duplas, pele seca oleosa, unhas e roupas. E talvez por esse motivo sempre se destaque entre as demais. Mas não, ela não é desleixada, quer sempre estar bonita, como qualquer outra, mas tem como prioridade curtir os momentos até o último suspiro e se isso causar sujeira, suor, danos, não há problema, ela está feliz. Talvez pelo fato de estar sempre ocupada vivendo nunca teve tempo de amar, o sentimento que lhe faltava. Nunca se apaixonou, nunca se permitiu envolver, nunca ficou pra provar o gostinho do amor, e com isso, os desamores. Eis que chegou o verão, sua estação favorita, e com ele os turistas. Porque sua cidade praiana e calma de março a novembro virá outra em alta temporada. Junto com todo o calor chegou um tímido garoto, que por trás de um par de lentes de vidro trazia os olhos mais azuis que ela já havia visto e o sorriso mais sem jeito, daqueles que não quer aparecer, mas se rende ao ver uma garota como ela, que nunca passa em branco. Entre alguns esbarrões pelas escadas da pousada que o pai da garota era dono eles se viam diariamente, no café da manhã, na praia e no jantar. Então chegou a hora de agir, ela que nunca foi de deixar a vida passar e sempre foi a luta, foi lutar mais uma vez. Tomou coragem e foi atrás do garoto, atrás de um papo, um pretexto. Mas encontrou uma voz, um violão e: "Me abraça forte quando a noite vir, eu não quero estar sozinho quando amanhecer". Ela sentou perto e ficou ouvindo, ao fim da canção disse, sem papas na língua: É uma questão de escolha, prazer, Mel. Começou o verão mais mágico e novo para ela, onde ela viu que essa estação podia passar de festas, surf, amigas e rolinhos. Mas que o verão poderia trazer amor. Foi um mês, lindo, completo e perfeito. Então uns três ou quatro dias antes dele se ir ele decidiu lhe contar que em sua cidade uma garota estava o esperando, e que aqueles dias deveriam permanecer ali, com a areia, o mar e a solidão. Acabou ali, o pior verão da sua vida, onde ela provou o gosto do amor e o amargo da indiferença, solidão, traição. Mas cresceu e aprendeu que assim é a vida. Após dias de alegria vem a tempestade para vermos que conseguimos sim, fazer acontecer e continuar a vida, mesmo que seja difícil. Passou-se um ano, sem nenhum tipo de contato, e ele voltou. Ele, sua namorada, seu violão e: "Me abraça forte quando a noite vir, eu não quero estar sozinho quando amanhecer". A namorada toda enamorada diz: Mas olha que lindo, como ele demonstra o amor dele por mim. Mel, como sempre, sem dó nem piedade responde: "E mesmo que você não entenda, eu vou estar aqui pra te proteger". É, tu é uma guria de sorte, cuida bem dele, protege o que mantém vocês firmes e mantém segredo, pra que ninguém roube a fórmula desse amor.

24 de dezembro de 2010

Cá entre nós


"Tenho há três anos um computador surrado, dotado de um esturricado HD de 80gb. Ao longo desse tempo, fui baixando discos, criando músicas, fazendo inúmeras coisas até que o espaço acabou, me obrigando a fazer um backup. Por "backup" entenda-se salvar em outro lugar os arquivos que a gente não precisa mais, mas não tem coragem de deletar pra sempre. E foi aí que percebi: eu nunca fui um cara daqueles que fica pensando durante horas o que escrever. É muito mais a minha cara sentar a mão nas teclas de forma afobada e desordenada, no melhor estilo Chico Xavier. Quem acompanha meu empoeirado fotolog sabe muito bem disso. Eu gosto de escrever sem pensar, para refletir depois, quando já estiver publicado. Já cansei de vasculhar os arquivos antigos e, por meio dos meus textos, revisar cada segundoo de um passado que eu poderia ter esquecido. Minha mente se preocupa com cada vez mais coisas, e eu preciso de um backup. Por isso vejo na escrita a solução. Ela é meu backup. É como se eu tirasse da cabeça um momento, uma história, assim abrindo espaço para muitos outros momentos, mais intensos e melhores do que os antigos. E, se minhas sinapses falharem algum dia, lá estarão meus relatos para refrescar minha memória.
Portando, se algum dia você perceber que sua cabeça está cheia de histórias, dilemas, problemas a serem resolvidos, talvez seja a hora de você fazer o seu backup, ou melhor, escrever um pouco, para descarregar um pouco disso tudo. E se for uma história triste, sempre teremos a opção de mandar tudo pra lixeira."


Lucas Silveira

11 meses.

Pouco pra uma vida, uma faculdade, um casamento. O bastante para ter um filho, uma novela, um ano letivo. Muito pra férias, escutar um disco, viver em New York. Às vezes a vida é interrompida antes, a faculdade é trancada e o casamento, geralmente de famosos, não dura. Às vezes aconetece um aborto, a novela é ruim, a gente repete o ano. Pode acontecer de se tirar um ano de férias, ouvir o mesmo disco a vida toda e resolver morar pra sempre em New York. Mas pra nós amor, é o suficiente, pra mim ter certeza que nada foi tempo perdido, que nada foi um erro, que de nada me arrependo. Eu te amo, mesmo no ápice do ódio, magoa, raiva.. eu ainda consigo de amar, e como te amo!

21 de dezembro de 2010

Mais, sempre mais.

Porque há toda essa insatisfação no mundo? É, nunca nada está bom, para ninguém. Incluindo eu, você, minha mãe, meu pai, vizinhas, crianças, etc. O mundo gira entorno do que nos falta. Muitos dizem que a vida é uma fuga, mas não. A vida é busca, pelo que nos falta. Queremos consumir. Há aqueles que querem consumir marcas, grifes e gastar seus cifrões, mas não, esses não merecem destaque, não merecem nada. Me refiro àqueles que vivem suas vidas na luta por emoções, sentimentos e vida. Querem encher seus albúns com fotografias inusitadas, pessoas, países, paisagens inacreditáveis e histórias das mais banais a merecedoras de um Oscar. Mas o que me faz pensar é o porque de tudo isso? Será que temos um dispositivo, que nos faz detectar o que ainda não vivenciamos e nos faz sentir uma angústia tão grande que não conseguimos viver em paz até realizar. E por tantas vezes chutamos o balde, e jogamos fora, tudo. Por banalidades, por querer dançar por uma horinha a mais, por querer uma emoção nova, um gosto novo, um nome novo. Burrice. Mas porque? Porque essa vontade louca de mudar vem? De onde ela vem? Pra onde ela vai? E porque ela não ajuda a colocar tudo no lugar de volta? Porque tanta insatisfação? Pra que tanta bagunça? Pra que tentar transformar o conto de fadas em drama? Por que?

20 de dezembro de 2010

Beeshop



"Eu sempre gostei muito mais das dúvidas. Nenhuma palavra me aterroriza mais do que "sempre". Ela foi inventada por gente que nunca tentou perceber o que se esconde além da curvatura da terra. Certamente os pássaros não a possuem em seu vocabulário. É por isso que eu fico pulando, em movimentos desastrados, tentando ver o que há além do meu horizonte. E essa (in)certeza quanto ao que me espera na próxima esquina é o que me faz caminhar." Lucas silveira

10 de dezembro de 2010

Eu não costumo estar no lugar certo e na hora certa. Aí eu tenho que dar o meu jeito.

Esteban

- Aonde foi que eu errei?
- O brilho que emana da tua alma pode ser visto a qualquer distância. O teu erro foi querer mostrá-lo a uma moça cega dos dois olhos.
- É, meu caro, talvez essas Meias não tenham sido realmente feitas para os seus pés.

8 de dezembro de 2010

Ironic


Durante tanto tempo tudo que eu quis foi um amor. alguém que se preocupasse comigo, me compreendesse, que estivesse disposto a me entender, a me dar a mão e corresponder. Eu procurei, e achei da forma mais ingênua e simples, com o mesmo clichê de sempre: o amor pode estar do seu lado. Tão ao lado que ofuscava, quase ceguei, mas a luz de alguém que me era fundamental me mostrou o caminho. Fundamental até ele me mostrar o caminho. confiava tanto na sua luz que nada parecia errado, a luz me cegava, eu seguia a sua voz, seu instinto e seus conselhos. Obrigada, graças a ti te esqueci, sem constrangimento, sem dor, sem nem mesmo tocar no assunto. Mas porque agora me vejo renegando tudo que sempre quis? Porque disse segundos após a um "eu te amo" vamos nos afastar essa semana? Porque é tão difícil de entender o que o meu coração quer? A calçada tá vazia, tá fria, mesmo com todo esse calorão de dezembro, aquela paisagem familiar me dá angústia, saudade, fraqueza. Sei lá, eu não sei te explicar o porque, não sei nem explicar a mim mesma, a todas essas interrogações em minha mente. Eu não sei. Só sei que eu te amo, que eu to tão preocupada contigo que não consigo nem me dar o direito de me preocupar com meus próprios estudos. Sei que eu fiz aquilo por não aguentar mais, por me sentir tão só mesmo sabendo que te tinha (tenho). Eu sei que dei um basta em tudo aquilo que eu sempre sonhei. Ironia do destino? A vida? O destino? Deus? Ah eu não sei, não sei mesmo. Só sei que a cada dia acordo uma e tenho que descobrir o que quero e como fazer. O porque não importa e as consequências? Deixa pra amanhã, quando eu for outra, quem eu nem sei quem é.

6 de dezembro de 2010

O que será?

Eu realmente não sei se agi de forma certa ou errada. só sei que aquela angústia que amanheceu em minha garganta precisava ser colocada para fora antes do pôr do Sol. Aguentei o máximo que pude, mas não pude mais, a minha alma não deixou. A última coisa que eu quero no mundo é te ver sofrer, te prejudicar e te entristecer. Me desculpe se o fiz, mas não podia mais guardar aqui tudo o que sinto. Não é falta de amor, ele existe, muito. Mas como Martha diz, não basta o amor, com ele é necessário uma série de coisas, as quais nos faltam. Espero que possamos pensar bem, e que as coisas se ajeitem, seja como for, mas que reine a felicidade, que sempre foi o que prezei e acredito que tu também.
Eu chorei hoje, ao ver aquelas escadas, a calçada, e os metros que separam a tua casa da minha, que agora, mais do que nunca me parece uma imensidão. Não ache que eu não te ame, que eu não te quero e que eu não me importo. Não é nada disso. foi apenas necessário uma atitude que de fato fizessem as coisas mudarem.
Nessa semana eu queria estar ao teu lado, te ajudando, te apoiando, queria te ver todos os dias, carregar as tuas energias com o meu sorriso.. mas da forma que eu estava me sentindo sorrisos verdadeiros não seriam tirados daqui. Eu, de coração, quero que tudo dê certo, quero ver a tua felicidade. Mas eu não podia mais fazer isso comigo, porque o nós ficaria cada vez pior.

"Vamos dar um tempo, não sei quem deu a sugestão.."

5 de dezembro de 2010

cinco do doze

Não sei de onde tirei força, mas tive. Não sei de onde tirei coragem, mas tive. Não sei de onde tirei tanta lágrima, mas chorei. Não sei como agunetei, mas o fiz. Não sei de nada, não entendo nada, nem quero saber de nada. Tá doendo, ta vazio e ta estranho..

27 de novembro de 2010

Sabe..


..eu me perco entre tantas escolhas que podemos fazer, principalmente nessa época da vida, onde estamos cara a cara com o nosso futuro, e agora que temos que decidir quem seremos. Mas quem diz isso? Porque dizem isso? Quem tem a resposta?
Os adultos não dizem que estão infelizes em suas profissões, família, amores, não dizem que sua vida é um trapo. Porque afinal, eles tem que ser o exemplo. Bobos eles que acham que nós, que acabamos de sair da infância ainda não temos aquela sensibilidade infantil que nos permite ver as coisas com a mais pura verdade, com total sinceridade. É possível ver no olhar quem é feliz e quem não é, e não, não venham mais com discursos prontos e palestras.
Mostrem pra nós como se é feliz de verdade, não como se faz pra ser uma pessoa de sucesso. Grandes merdas esse tal de sucesso. Eu não quero ganhar milhões, não quero ter cinco carros, muitos apartamentos. Está certo que não seria ruim, mas eu não vou desperdiçar essa minha única chance de viver de verdade e ser feliz.
Porque ao fim eu não vou me lembrar dos meus anos de sucesso, imóveis e contas bancárias. Eu vou querer é saber da minha alegria, de como enfrentei os anos difíceis, se foi com a estratégia de um graduado ou com a esperança de quem sabe que tudo vai ficar bem de uma criança. Que me perdoem os professores, coordenadores, diretores e meu pai. Mas eu, eu fico com a segunda opção, essa que nos faz chorar mais, sofrer mais e dói mais, mas que com certeza é muito mais gratificante e prova que soubemos viver e aprendemos a moral da história.
Quem lhes diz isso é essa jovem garota. Que por mais que ame cálculos e afins nem pensa em fazer engenharia, administração ou algo assim. ela quer seguir seu sonho. Ela vai fazer jornal, vai escrever, vai fazer história, vai escrever, vai emocionar. Ela quer chegar ao fim da vida e dizer: entre mortos e feridos aqui estou eu, sã e salva. E me desculpe mundo globalizado e capitalista, eu vim pelo caminho difícil, aquele que a gente vive como quer, não como nos induzem a querer.

"E quando sorriu ficou ainda mais bonita
Tinha a força de quem sabe que a hora certa vai chegar
Lágrimas no sorriso, mãe e filha, chuva e sol
Segredos que não podia guardar, e não conseguia contar"

HG

Por puro respeito, preciso agradecer a alguém que nem sabe que eu existo. Com suas palavras, melodias e frases me tornou uma adolescente menos clichê, me tirou da embalagem do refrigerante e me mostrou que esse meu mundo precisa de mais, de mais gente como tu. Ah se não fosse minha mãe, seus discos e histórias, eu a agradeço diariamente por ter me apresentado a tantas bandas que embalaram seus anos oitenta, mas nada nunca irá comparar-se a esse trio, que cresceu, sumiu, mas vive, vive em mim e em mais uma legião de pessoas que como eu, foram arrebatadas por tamanha sensibilidade, por palavras que nos deixam cara a cara com nossa realidade, que choca e traz vontade de mudar, mudar o mundo, nem que seja só o nosso. Descobri que realmente tinha um vinculo quando gastei meu dinheiro ganho de aniversário com um livro e quando me vi chorando por ganhar um dvd. Então senhor Gessinger, tu que não me conhece, e nem sabe que eu existo. Saiba que eu, essa jovem de quinze anos não sabe como agradecer por tu ter feito canções como 3x4, Piano Bar, Alívio Imediato, Infinita Highway, Pra ser sincero, entre tantas outras que embalam minha vida diariamente. E sim, um dia eu irei de te ver, e vou te perguntar: Como tu conseguiu compor Piano Bar, como?

25 de novembro de 2010

Toda noite eu sonho contigo

(22:59) .  gustαvo.z : preciso drumi
(23:00) Júlia: aaai, então durma, mas com uma condição..
(23:01) .  gustαvo.z : toda noite eu sonho contigo.
(23:01) Júlia: oty *-*

Porque você sempre faz isso comigo? Quando estou esperando algo de ti, tu me vem com uma pequenisse dessas, que pra mim tem uma importância sem par. Parece que tu sabe que tudo que eu leio diz pra mim ir, pular, deixar, mudar.. e qualquer outro verbo que me deixe distante de ti. Mas parece que não é pra ser assim. Acho que eu deva continuar aqui, porque por mais que autores, horóscopo e o acaso queira me mostrar que não, eu sei que sim. E sei porque tu me mostra, do teu jeito que me encanta e faz com que eu te ame, mesmo quando eu tenho vontade de te deixar falado, agindo e vivendo sozinho, sem mim. Eu sei que eu não posso, não assim, não por isso. Eu precisaria de tanta força pra conseguir, que acabaria por pedir a tua ajuda, pois só tu sabe como me ajudar, como me dar força e me fazer continuar, e seria ridículo, como a maioria de minhas atitudes. Então, se tu ler isso, me desculpa pelas hipóteses que passam nessa cabeça vazia, que não tem noção do que cogita. Minha cabeça e coração não então em mesma velocidade, não são constantes, não estão e não estarão e equilíbrio, mas isso tu aprendeu, sozinho. Saiba que eu te amo, e que antes de dormir é em ti que eu penso, e quando acordo também. E durante esse espaço de tempo espero que sonhe, pois nem sempre lembro, mas dizem que sonhamos várias vezes durante a noite. Devo sonhar tanto contigo que meu inconsciente já está acostumado com a tua presença.

24 de novembro de 2010

Desire

Desejo que venham logo os dias mais longos, mais calmos e mais meus. Em que toda minha ocupação seja a alegria, o riso, a amizade, a paz e o amor. Quero aproveitar o Sol, o calor, o céu e a brisa. Não vejo hora de poder acordar, dormir e acordar. Não por preguiça, mas simplesmente para poder valorizar a vida, e os bons momentos. Por favor, me deixe rir, dormir, assistir tv, comer muito, dançar, pular, fugir, não dormir, calar. só não me venha com obrigações, nem petições, nem mesquinharia, já as tenho durante todo um ano letivo e seus afins, não atrapalhe meu tempo, minha estação.
E bom, para o mundo desejo isso, pare, relaxe, enxergue. É, porque muitas vezes o que nos faz correr pro procurar, está aqui, e por não pararmos quietos não podemos ver. Tolisse essa nossa, de passar o ano correndo, chorando, desesperado, e procurando uma fuga. Relaxe durante os 365 dias, por pelo menos um minutinho. Veja o que a maioria se nega a enxergar e mostre ao mundo como se é feliz de verdade, mesmo que seja difícil, e eu sei como é.

A garota da estrada


Basta entrar na estrada e ela vira uma pessoa diferente. Colocaa música de que mais gosta, abre a janela do carro e pensa, com um sorriso indisfaçado: "Estou deixando pra trás aquela outra." No bagageiro, uma sacola com as roupas que a outra não usa durante a semana - tênis, um biquíni, porque nunca se sabe.
Seu iPod. Sua câmera fotográfica. Um livro ou dois, porque é preciso terminar a leitura que aquela outra começou, mas nunca tem tempo para concluir. Palavras cruzadas, um vício que ela não conta pra ninguém. Uma garrafa de champanhe, porque na pousada pode não ter. E ela está ao lado do amor da sua vida, coisa que a outra não consegue dar valor, já que é tão atarefada.
Ao passar por cada placa de sinalização, mais distante ela está da sua cidade e mais perto de si mesma. Os assuntos durante o trajeto? Os mais bobos, os mais sérios, mas nada discutido com pressa e nem com necessidade de conclusão, a única regra é não deixar de se divertir. Não é todo dia que se sai de férias, mesmo que durem apenas as 48 horas de um fim de semana. Não são férias de julho, nem férias de verão: férias da outra!
Pelo espelho retrovisor lateral, ela percebe que está sem batom. Ora, se ele vai beijá-la de novo daqui a dez minutos, nem vale a pena retocar. Claro que ela levou o batom: etá indo para um recanto secreto, mas não perdeu o juízo. Deixou na casa da outra sombras, bases, esfoliantes, mas o batom e o secador, isso ela não consegue abandonar. Não tem mais 15 anos.
Também não tem 18, nem 20, nem 30. Mas quem é que consegue convencê-la de que não é mais uma garota? Aquela outra, a que ficou, bem que tenta. Abre a agenda e mostra todos os compromissos marcados. Avisa que a geladeira está vazia. Coloca sobre a mesa todas as contas a pagar. abre o site do banco e analiza seu extrato. Traz à tona as encrencas da família, os problemas dos filhos. Marca hora no médico. E, cruel, se posiciona na frente de um espelho muito maior do que um retrovisor de carro, e pergunta à queima-roupa: é uma garota que você está enxergando na sua frente? Uma tentativa de aniquilamento, mas felizmente mal sucedida.
Ela se lembra disso tudo enquanto está na estrada e pensa: a outra tem razão, alguém tem que trabalhar, pagar as contas, cumprir a agenda, dar ordens, ser responsável. Mas não todo dia, não toda a vida. Aquela lá, a que ficou, é uma mulher confiável, é uma mulherde olho no relógio e no calendário, uma mulher cumpridora do que esperam dela. Mas ela não pode estar no controle o tempo todo, ela tem que permitir que eu escape dessa organização de vez em quando, que eu busque a alegria sem hora marcada e o descomprometimento total, que eu fique à toa desde a hora de acordar até a hora de dormir, um dia inteiro, dois dias inteiros. Ela tem que aceitas e até mesmo incentivar que eu pegue essa estrada e a deixe de lado, que eu faça isso sem culpa, que eu faça isso por ela.
Eu, a garota dentro dela.


Martha Medeiros

19 de novembro de 2010

A mesma?


Do tipo nojentinha, sarcástica, cínica, egoísta e a vadia ainda se acha. Se acha por nada, é uma filinha de papai, protegidinha, se faz de santa mas é uma vaca. Sabe aquela vontade de vomitar, só de olha pra uma pessoa, é bem assim com ela. Ela é insuportável, com todo o significado da palavra.
Do tipo quase perfeita, notas boas, bom comportamento, vai na igreja e quase nunca apronta. Simpática na medida do possível, sempre disponível e é a queridinha dos professores. Não é gorda, mas não tem um corpo perfeito. Ela podia ter uma testa um pouquinho menor, mas ela dá seu jeito. Ela é bonita em seus detalhes. É amiga, companheira e divertida.
A mesma? Como assim? Nos dois parágrafos acima é a mesma garota? É, pra ti ver como as coisas são. Quando se quer odiar alguém se consegue, e quando se quer amar também. É fácil criar um mundo de ilusões, sejam essas positivas ou negativas, é fácil demais! Tão fácil que de tantos que me conhecem não sei dizer quantos dos que me descreveriam, descreveriam de uma dessas formas. Mas sei quem, e porque me descreveria como a primeira, o que me causa um pouquinho de desconforto, mas está tudo sob controle. Ou quase tudo.

Da semana.

Dor de cabeça acompanhada de solidão. Mas não é ruim. É aquela dor de cabeça de quem tá cansada porque fez muita coisa, viveu demais, riu demais. Não, não é aquela solidão que traz saudades, melancolia e tédio. Estou bem, mesmo sabendo que poderia estar melhor. Porque ao fim de uma semana cheia, estou feliz. Mesmo com notas abaixo da média e milhões de desaforos entalados na garganta. Tenho um gostinho de acabei com a sua alegria, que tem sua malícia, mas com certeza tem um ar de justiça, pelo menos ao meu ponto de vista.

12 de novembro de 2010

Verbo no passado é tão triste quanto a ausência de quem se ama.

2 = 1 e 1


Não sei o que aconteceu. Talvez dessa vez tenha sido mais sério, mais permeável e menos alarmante. Como uma daquelas doenças que se desenvolvem no mais completo silêncio, e te pegam de surpresa, quase que do nada, e a unica saída é aceitar e lutar para que você não seja tomado pela dor.
Não me lembro da última vez que vi tudo bem de verdade, quando tudo estava sadio de fato. Talvez no outono, é acho que era outono sim. Antes de algumas decisões, antes que o desespero do ensino médio tivesse tomado conta. Quando os votos uma vez proferidos eram cumpridos em sua total fidelidade.
Não me culpo, não te culpo. Essa doença não tomou, nem te tomou. ela tomou o nosso elo, que dessa vez foi abalado por puro desleixo, por achar que tudo ficaria bem, que sempre seria igual. As coisas mudaram, em sua aparência. Mas o ser transcende a aparência. E eu sei que algo ainda existe, sim existe.
O que nos falta. No caso, me falta. Falta o que me movia quando tu e somente tu me acalmava quando estava aos prantos, me fazia rir e jamais me deixava. Quando tu era minha prioridade, eu era teu maior ombro amigo, tu era  a minha irmã.
Sinto uma falta enorme de tanta coisa, e já me vi chorando em frente a uma grande casa amarela. Ela que guarda nossos melhor momentos. Nossas brincadeiras, nossas descobertas, nossas desilusões. Lá e o que me faz entender que tu não é somente mais uma.
Uma cidade nos separa, mas essa não é uma desculpa. Talvez o que esteja criando esse muro sejam as prioridades, princípios, escolhas. É triste ter que declarar, mas é visível que nossos passos já não estão mais juntos como outrora, que nossos objetivos já não se limitam ao um único, onde não havia um protagonista, e sim uma dupla.
Por tanto tempo eu esperei por alguém como você. Que seria amiga que eu não encontrei e nenhum dos outros tantos ambientes já habitados por esta sardentinha. Mas eu, eu me sinto vulnerável, fraca e cansada.
Perdão por meus erros, e por ter permitido que as coisas chegassem a esse ponto, isso realmente não é de meu agrado. Eu estarei aqui, sempre. No mesmo apartamento, no mesmo número, naquela mesma rua que viu o nosso amor de irmã nascer crescer, e que bem espero que não tenha fim.

9 de novembro de 2010

Clichê.

Amigável, eis ela. Totalmente amiga, em todos os momentos, seja tarde da noite, seja na chuva, seja na farra, sempre. Sempre disponível para ele, o amigo cego. Não, seu olhos eram perfeitos, aquele azul os tornavam totalmente radiantes e apaixonantes, e acompanhados da ingenuidade e malícia que vivia naquele garoto magro, alto, de cabelo pretos e olhos azuis e cegos. Mas não tão cegos como ela, cega de amor, o tal amor que nasce da amizade. Amizade aquela que existe desde o a infância. Mães amigas, famílias reunidas, histórias unidas. Para ela o destino "Estamos juntos desde sempre e para sempre!", para ele "Ela é como uma irmã mais nova!". É, isso realmente parece o enredo de uma história dessas de filme de sessão da tarde, mas espere sentir para entender a dor que a combinação amor + amizade + indiferença causam. Dói e destrói. Destrói o coração dela, e destrói aquele laço de amizade, que seria eterno se não fosse esse sentimento, nascido da ilusão de uma garotinha que acreditou demais nos contos de fada.
Eis ela, eis ele, eis o nada que construiu-se ao passar do tempo. Ela não disse, ele não sentiu, eles não viveram. O amor nem chegou a ser vivido, somente idealizado. E a amizade não durou, não foi forte o bastante pra enfrentar a dor. Então onde está tudo? Onde foi parar o amor e a amizade?
Erraram a receita, não houve química, nem liga, não houve nada. Fim.

8 de novembro de 2010

Decifra-me se puder..


Totalmente obcecada, mais que amor, mais que paixão, mais que sentimento. Era sobrenatural, chegava a ser estúpido de tão autentico, e de tanto que era. De tanto que existia era questionável, a dimensão daquilo causava relatividade.. será que é tanto mesmo que não pode ser expresso? Ou tão pouco que precisa de todo esse alarde?
Eu, na real, penso que nada disso existe, é! Essa coisa de amor exposto, de amor maior, incrível, indestrutível, inabalável e todos esses adjetivos existentes não existe. O amor meu caro, é simples e ao mesmo tempo complexo. Simples porque todos sentem, é comum, simplório. Complexo por que não a alma viva que o explique, que o defina.
Muitos tentaram, dentre meus favoritos estão Gessinger, Martha, Lennon, McCartey, Quintana, Deus, Assis, etc. E eu, que tento, me contradito e não aprendo. Falo que é tal, e logo já não sei mais. O amor é transitório, mas isso não quer dizer que seja passageiro. Ele transita dentro do meu tempo determinado pela vida e por cada um de nós. Para muitos uma noite, para poucos a eternidade.
Faça do seu amor o que você quiser. Faça dele eterno ou uma simples passagem, alegre ou dramático, muitos ou único. Mas ame e tente decifrar a magia desta palavra.

2 de novembro de 2010

Segunda a sós, eu só.

Talvez eu tenha entendido errado, ou talvez eu não tenha nem vivido aquilo. Será que o problemas estava na minha saia? No meu salto? Será que o problema foi eu? Eu não posso responder, fui deixada sem resposta e com um vão. Você pode até achar que não, que eu não te queria lá, e que eu estava bem com minhas amiguinhas. Mas acredite, você fez falta. Como sempre faz quando resolve ser incompressivel. Eu sei que tu vai vir com uma justificativa, e a culpa vai ser minha. Mas será? Eu já não posso mais correr atrás de ti, e não me diga que eu não o faço. Mas eu não te liguei quando cheguei, nem vasculhei, nem falei com algum amigo. Não dessa vez. Mas não é por menos amor e apresso, o sentimento é o mesmo, e eu sei que tudo isso vai passar. Mas não poderia ser evitado? Eu sei quais são as tuas preferências, e sei que aquele lugar não é o dos teus preferidos. Mas eu gosto, e eu estava bem, me divertindo. Não lhe peço nada demais, só espero que tu seja o que tu é, sempre. Porque não me veio com um sorriso, uma piada ou uma história engraçada? Eu te gosto assim, de bem com a vida e de bem comigo. Não extrapolei, não pulei, não gritei. Estava calma, casta e só. Hoje provavelmente, eu te ligaria, nós faríamos um tererê e como uma boa nerd eu te convenceria a fazer os temas das matérias que tu ta penando. Tu reclamaria, mas no fundo estaria tudo bem, por que estaríamos juntos. Mas e agora? O que vou fazer do meu feriado? O mesmo que faria se tudo estivesse bem, mas agora com a companhia do tédio, silencio e melancolia. Você faz falta sempre. Seja a uns oito centímetros abaixo, seja com a minha mão no seu bolso, seja repartindo o copo, cantando a música. Seja na tarde de feriado, no recado no caderno. Você faz falta sempre, quando eu sei que algo está fora do eixo.

29 de outubro de 2010

Em baixo de chuva.


Como você é capaz disso. De me manter em total paz em meio ao temporal. De me manter calma mesmo prestes a ser descoberta. Como você pode me fazer tão feliz mesmo quando eu estou cheia de dúvidas. Como eu posso me sentir segura em baixo de um rio de chuva.
Eu sei que às vezes reclamo, e digo que não estou bem, que não está bom. Mas acredite, aqui no meu intimo está tudo bem, na mais completa paz. Se eu pudesse escolheria passar mais horas do meu tempo contigo, mas tu sabe que nem sempre isso é possível, e eu já tentei me explicar milhares de vezes, mas é simples, eu sou assim. Cheia de mim e das minhas picuinhas.
Sou tão feliz, por tu me respeitar, me cuidar e me amar. Por me abraçar no frio, se esconder atrás de mim na chuva e correr por aí.
Obrigada por mais essa sexta-feira. E obrigada por tudo, todos os dias. Eu te amo!
Ps.: Cheguei bem em casa, deu tudo certo.

Passado a limpo.

Já é passado, eu sei. Mas daria um bom texto, e expressar com palavras sempre é bom e alivia a angustia que um dia se sentiu. E se tivessem me contado acharia que teria tirado de um filme, de um refrão, de um livro. Mas eu vivi o enredo mais clichê que se pode imaginar, e me culpo por ter me condenado por tanto tempo, e ter me limitado. Mas hoje, me rende boas risadas e lembranças que me fazem enfrentar o futuro com mais clareza e maturidade.
Se me lembro bem caia uma garoa fininho no inicio da noite, mas passou. Aquelas pinguinhos de chuva se foram com a minha lucidez, e me lembro de ter visto estrelas, mesmo com meus olhos embaçados pelo choro e a cerveja. Já se passou quase um ano, e hoje é engraçado, mas doeu. Doeu ter que renegar, doeu ter que fingir que não era comigo, e o pior. Ter que ficar calada, novamente, quando tinha a faca e o queijo na mão. Tive que me decidir entre a ilusão concretizada por minutos, ou um futuro feliz, idealizado e construído com apresso e sentimento.
Fiquei com a segunda opção e hoje não me arrependo, nem um pouquinho. Às vezes me pergunto, e se tivesse ficado com a primeira opção? Não me perdoaria. Jamais. Perderia três vezes, perderia um, dois e o meu coração que se despedaçaria sozinho.
Fui sábia, mesmo bêbada. E entendi que nem sempre o melhor é aproveitar o momento. Cada coisa tem o seu momento. E o tempo daquela coisa já tinha passado. Hoje tudo está no seu lugar, e a lembrança daquela noite continua em minha mente. Não mais como uma dor, e um frustração. Mas como um história, que me fez chegar onde estou, a minha mais completa felicidade, a quem de fato um dia mereceu tudo o que dediquei.

24 de outubro de 2010

Inconprenssível.

E eu, poderia passar horas aqui, tentando explicar o que se passa dentro de mim. Tentar esclarecer todas as minhas vontades, atitudes e a minha forma de ser. Na verdade, eu gostaria de ter esse poder, tudo seria mais fácil, e eu poderia esclarecer certas questões que causam dúvidas dentro do meu ser. Mas eu espero que tu entenda, que parte do que eu sou vem de casa, da minha criação e minha base. Por isso raramente tu me verás agindo como uma meliante, uma sem (total) noção. Outra grande parte que contribui para minha forma de ser é o que eu chamo de Cristo, por isso toda minha caretisse, que muitas vezes não é aparentemente revelada, mas não me venha com modernidades e rapidez, isso não faz parte do meu ser. E também acredito que grande parte da falta de minha vergonha na cara é fruto de minhas experiências em cinco escolas, oito casas e três cidades. Já tive umas cinco melhores amigas diferentes, paixõesinhas pra todos os gostos, já fui a excluída da turma, e a top da turma. Talvez tudo isso tenha me tornado assim, tão solta e confiante (na casca). Mas o resto eu não sei explicar, minhas atitudes sem explicações, minhas exceções. Tem coisas que não entendo e não entenderei. E já tentei, várias vezes colocar as cartas na mesa e ver no que dá, mas sempre é uma confusão. É sentimento pra todo lado, lembrança esparramada, e planos para o futuro. Pra variar, eu não entendo nada.

23 de outubro de 2010

Se..

E se der certo? E se ela se for? E se ela tiver de deixar tudo para trás?
amigas, amigos, amor, histórias pela metade, vontades não realizadas.
E se ela tiver de ir? Se não tiver escolha? Se o sonho for interrompido por puro capitalismo?
o que ela vai fazer lá longe sem os sorrisos, as histórias, a emoção
E se ela tiver que voltar? Se ela tiver que ver os mesmos rostos do passado?
ela não vai saber conviver com todos aqueles rostos que cresceram longe dela
E se for assim? Se não houver escolha?
boa noite cinderela.

Vem chegando..

O ar vem chegando, e traz com ele a vontade de sair, pular, gritar, dançar, não dormir, chorar, de ser sincera, de me jogar na piscina, de conversar, de ser ouvida, de fazer história.
O ar do verão vem vindo, e com ele o meu ritmo só aumenta. Tu me acompanhas?

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A típica garota, aquela que se vê nos filmes. Aquela que quer o príncipe, no cavalo branco, um vestido impecável e o seu final feliz. Sou uma dessas, que cresceu entre bonecas e sonhos, mas as vezes me deixava levar pelo futebol e pique-esconde. Hoje em dia, eu vivo entre minhas amigas, minhas bonecas. Meus sonhos, que não são contos de fadas, e sim faculdade, viagens e carreira. Me levo pelas aventuras, que 'nao são mais o futebol e o pique-esconde. Meu príncipe se faz de sapo - as vezes. Eu tenho mais de um vestido, mas ainda encontrarei o perfeito. E o meu final feliz virou uma questão de talento e competência. Nada é tão fácil, mas tembém nada impossível

20 de outubro de 2010

Não como ela.

Ele era "ele", com aspas mesmo, de tão foda que era. Lindo, interessante, cheiroso, bem vestido, fofo e estúpido. Ele deixava qualquer uma louca com todo seu charme, aquela forma de encantar e calar, concordar e discordar, sua incrível arte de prender, qualquer uma. ele tinha todas que desejava, algumas mais difíceis, mas nenhum impossível, não para ele. Ele descobriu "ela", que também ganhava as aspas, mas só no mundinho dele, "ela" era estúpidamente maravilhosa, mesmo com uma falta de coxa, uns pares de espinhas, o cabelo médio. Era incrivelmente interessante mesmo tendo vivido na mesma cidade e sua maior viagem foi até o litoral gaúcho. Ela o prendia, pelo simples fato de não se importar com "ele", ela o via só como um garoto que todas admiravam, mas na real.. ela duvidava de toda essa história de perfeição que envolvia ele. Ele decidiu que ela iria conhecer o valor que ele tinha, e iria provar pra ela, o porque dele ser o tal, mas tadinho.. se apaixonou e provou do próprio veneno. Fez de tudo para impressiona-la, para que ela o amasse mas nada funcionava, nem mesmo as conversade madrugada pelo celular, as mensagens, e toda a cafagentagem - ele achava que essa coisa de ser galinha funcionava. Mas não pra ela, não com ela. ela era uma garotinha de seus quinze anos, era esperta mas sonhava com o príncipe encantado, e não ela não iria beijar o sapo pra depois ser só mais uma na lagoa.

Vaca!

Nunca vim, em forma de palavras, expressar meu sentimento. Porque eu, sempre tento reprimir meus sentimentos negativos, os quais são: ódio, raiva, mágoa. Sei que é bobagem, sei que é coisa pequena, mas incomoda, e faz chorar, de pura raiva. Porque tem limite, e quando ultrapassa, transborda. E bom, você fez transbordar o oceano de tolerância o qual eu cultivo, tolero e muito, mas não posso mais. Mas não ache que baixarei o nível, não farei escândalo, não gritarei, e não serei estúpida, acalme-se.. suas atitudes não serão recíprocas. E quanto ao "vaca" referido a mim, por terceiros, eu te desculpo. Porque eu sei de meus erros, e os confesso, sei que não deveria ter falado o que falei, mas você não precisava nem existir.

15 de outubro de 2010

Desenvolvimento Sustentável - do amor.

"Porque é preciso viver bem no presente sem prejudicar o futuro." Ela o ama de todo coração, por inteiro, mas do que ela considera possível. Ama tanto que não sabe se seria capaz de amar de novo, de amar mais. Ama tanto que sente que sua fonte pode terminar a qualquer momento, e vive aquela rotina de amor sem pensar no seu futuro. O que é realmente ruim, porque ela é nova, e está no auge de sua evolução, mas ela não pensa assim. Ela pensa que o melhor que tem a fazer é ama-lo agora, e o resto que espere. Mal ela sabe que talvez o resto que não vá espera-la. Se ela não se der conta que precisa se amar, e em sua vida renovar o amor, nada será eterno como ela espera. Se ela não entender que precisa descobrir, aprender, ver.. ela vai ser até quando o amor existir a mesmo. Porque digo com certeza, o amor não vive de mesmisse, nada vive diante a mesmisse. Lógico que nunca aconselharia que ela o largasse, porque de fato ela o ama. Mas que o solte, que o deixe ir e voltar. Que ela viva, e enxergue de outros ângulos, e que perceba que realmente precisa daquele amor, e o renove sempre. "Porque estamos todos cansados de saber que a moda agora é energia renovável."

7 de outubro de 2010

Perdão.

Já faz algum tempo que venho pensando nisso. Mas não sabia bem como lhe falar. Mas não, não é nada de drástico, triste e doloroso. É um simples desabafo. Pra mim é difícil, porque não é fácil confessar o erro, esse erro que percebi que cometo com grande frequência sem mesmo perceber. Eu te deixo, e esse é o meu pecado. Te deixo ai, a deriva do que falam, acham e concluem sobre mim. Te deixo distante, afastado e com dúvidas. Me perdoe por ser assim, tão egoísta e eu.
Sei que como tudo, tem seus dois lados. Por te deixar meio aí, tu sempre quer vir pra cá, e isso faz com que a cinética de nosso amor não se termine, sou eu me afastando e você me procurando. E então, quando percebo que tua energia tá acabando retorno, com o rabinho entre as pernas, um risinho e uma desculpa de que estava vendo coisa onde não tinha. Mas minha desculpa não é e toda errada, porque de fato, não há nada. Há somente meu egoísmo, que me faz ser meio assim, sei lá.
Falo que faz parte de mim, que é do meu temperamento. Mas comentários infelizes, comportamento não condizente com a minha situação, e o não perceber acaba se tornando repetitivo, chato, e parece desleixo meu. Mas não meu amor, eu não faço pouco caso de ti, e do que tu tens a me oferecer. É que ta tudo tão corrido, e minha tendência distraída só tem aumentado com o sono, e o fim do ano.
Então é com esse propósito que te escrevo mais uma vez, como um pedido de desculpas, por todas as minhas falhas. Por deixar coisas demais nas tuas mãos, por deixar a responsabilidade aí, querendo te convencer que ser eu já é demais, pura mentira minha.
Então, tu me desculpas por eu ser assim? Ser tão eu, e ainda não saber lidar com essa parte de mim que não sabe se vai ou se fica, mas tem certeza de uma coisa, que te ama.

6 de outubro de 2010

A falta passa.


Eu me vejo perdida, quando me vejo na mais total e inteira completidão. Por estar inserida em um todo, um tudo, me sinto meio nada. Me falta o ódio, a raiva e o principal, a solidão. Para mim não é fácil ficar uma semana sem chorar, afinal sou eu a garotinha indefesa acostumada a chorar de solidão no sábado, no meio da festa quando toca Anna Julia, ou depois de muita pouca bebida, esse meu fígado de santa nunca se acostumou. Me vejo, por um instante, não eu. Porque todo esse todo me deixa tão cheia que transborda e me perco, porque é demais pra mim. Então tenho que me lembrar, esse o passado, e não falo de alguém, falo de mim, do meu coração e minha cabeça. Minha total mania de sofrer, só pra fazer drama, só pra parecer importante. Logo eu que sempre chorei procurando encontrar a felicidade, e pareci tantas feliz quando deveria chorar, estou aqui lamentando toda minha completidão, de amor, felicidade, e companhia, pouca raiva, e o ódio quase inexistente. Soa estranho mas verdadeiro, e concordo com todos estes mestres que já escreveram tantas vezes que sem solidão e tristeza não há vida, e muito menos poesia. Cresci, e quase sozinha percebi o que é necessário para que se encontre o que queremos, contrói junto aos que amo o meu castelo, e às vezes, me pego tramando um plano para derruba-lo. Mas este é só um instante, ele passa, como tudo. O amor existe, mas ele costuma, uma vez por mês, ser superado por meu instinto feminino de sofrimento, solidão e dor. Mas passa.

X ou Y

Dizem que na vida tudo é uma questão de escolha, que nós construimos nosso destino. Muito bonito assim, na fala. Mas quando é a realidade, quando vem a parte do fazer de fato, não é simples assim. Não são apenas nossas escolhas isoladas em nossos destinos. A cada escolha que fazemos metemos o dedinho na vida de cada um a nossas voltas. Mas não somente as nossas ações mudam as coisas assim, nossas omições também, e todas as menções.
Todas as vezes que falamos de alguém, deixamos uma pontinha de destino alheio, e o nosso, escapar pelas palavras proferidas. Todas as vezes que omitimos algo, deixamos de meter o dedinho onde deveríamos, ou deixamos a injustiça tomar conta. E enfim quando fizemos, mudando as coisas de fato, por gosto -quase sempre.
Às vezes me pego pensando no quanto as pessoas pensam em mim antes de tomar suas atitudes, se a minha opinião, minha vida e o meu destino são levados em conta da vez de quem me cerca escolher. Confesso que espero que sim, pois sou do tipo de pessoa que deixa de fazer o que quer para não interferir na felicidade alheia, mas também não sou uma total imbecil, sei que essa minha ação não recíproca -pelo mundo. E mesmo sabendo que não receberei de volta do mundo toda minha preocupação não mudarei minha forma de ver o mundo, e enfrentar a vida.

3 de outubro de 2010

Deixa a luz do sol entrar...

Ela estava dando mais um ade usas caminhadas de domingo, pelas ruas da redondeza, para tentar esquecer algo que ela nem sabe bem o que é. E a ingênua garota caminhava pela redondeza, aquela redondeza que era o palco de todas as suas histórias, sejam comédias ou dramas. E a cada piscar de olhos ela se depara com o cenário de uma lembrança. Essas lembranças que estão fazendo ela dormir pouco, pois não a deixam se acalmar na cama. Ela já pensou em todas as alternativas, mas não sabe se terá forças para enfrentar as consequencias de suas vontades, quase sempre efémeras. Sim, ela sabe que ira se arrepender, mas nessa fase da vida, qualquer história já a deixa sair ganhando. Ela não quer mais chorar, ela está cansada de ver seu mundo desmoronar, mal ela sabe que é com areia do buraco que está cavando, que a cada dia ela destrói um pouco mais de seu castelo. Se ela me ouvisse eu diria: Você garota, pensa no pior, e age de forma querendo corrigir os erros que você nem cometeu, você está vivendo no negativo, está devendo pra si mesma, devendo vida, a sua história. E a vida que me refiro, é o sorriso, o Sol mesmo no dia nublado, é na melodia da música, está nas verdades em que nos agarramos. Neste domingo guria, esquece teus anseios e sai caminhando por aí mas sorrindo e vivendo, não apenas lamentando o seu passado, pois o passado está atrás, e você sabe que não pode fazer mais nada para muda-lo. Construa seu novo final!

29 de setembro de 2010

In Memorian!

E é quando você se depara com a tristeza dos que mais ama que você vê onde está o real valor da vida, o amor. E porque não encontrar na dor do luto a felicidade, na nostalgia que eu podia ver nos olhos da minha mãe ao abraçar a prima que não via a anos. Triste fio ver aquela velhinha de 95 anos naqueles pouquíssimos metros quadrados, mas como diz meu avô, é um ciclo de nossa família que passou. Dona Lilli me diria hoje se me visse: "Quem é tu?" e eu responderia com a maior calma de todas as vezes que ela me perguntou, sou a tua bisneta Júlia, filha da Simone. Ela talvez lembraria, talvez não. Mas ela me diria que eu estou muito grande, e que ela nasceu em 1914. Essa é a vida, ela é triste quando vemos as pessoas que amamos indo, e mais triste quando vemos a dor que isso causa nas que ficam. Mas então consigo ver com muita clareza onde devo depositar meu carinho, amor e atenção. Na minha família. Que mesmo com todas as diferenças - e também indiferenças - sempre estarão alí comigo, até o fim, seja o fim do mundo, ou fim da vida, mas sempre juntos. não podemos negar nossa origem, nem querer esquecer. Pois sempre levaremos conosco o que Deus nos deu de mais precioso. Sentirei saudades de ti Dona Lilli, da sua massa que já não como a anos, pois tu já não podia mais fazer, sentirei falta dos presentes de aniversário enrolados em embalagens de arroz, sentirei saudades das tuas histórias da Sibéria, de ti escutando rádio, cantando em alemão, e sentirei saudades de ti não lembrando quem eu sou. Mas eu sei que nunca esquecerá de mim, e sei que agora tu e a Dona Lorena devem estar conversando sobre estes que vocês deixaram aqui, sem a doçura de seus sorrisos. Foi de vocês que puxei os cabelos cacheados que estão dando os primeiros sinais, e não reclamo deles, pois assim terei um motivo a mais para lembrar de vocês todos os dias da minha vida. Minhas lindas, divinas e maravilhosas.

26 de setembro de 2010

Tão eu!

Olhar distante, caminhar em direção a algo que chame minha atenção sem reparar que deixei alguém para trás, parar para escutar músicas em qualquer lugar, falar com estranhos, correr e gritar na rua, distrair-me. Tão Júlia, tão normal pra mim.

25 de setembro de 2010

Baby J.

Nada de cerejas, queremos doce de chocolate com suco de uva. Esses poucos anos não podem separar pessoas que foram postas assim, lado a lado. E bom, contar com você em uma noite de desespero no msn é bom, e mesmo que para você tenha doído, eu sei que você entende. Eu sei que faz tempo, e eu sei que você diz que não importa, mas importa sim. E talvez seja por isso que hoje eu tenha um carinho tão grande por ti, por tentar me redimir de um erro passado, que sim poderia mudar tudo, mas seu certo. Queria ser menos responsável, mas já foi, não dá pra mudar. Eu sou grata demais por você me entender e perdoar.
Obrigada por ler sempre o que escrevo, e sim você escreve muito bem, não me venha com humildade. E não você não está sozinha, este é um sentimento passageiro baby J, todos nós passamos ou passaremos por isso, e a graças a tua dor do passado que a minha fase passou. Felicidade de uns e tristeza dos outros. Foi assim, e me condeno por ser a parte feliz. Mas sei que nada é por acaso, e tudo aquilo nos trouxe até aqui. Com nossos dois anos de diferença, e com muito a se aprender. Uma com a outra.

Out, Nov, Dez!

Ora ora.. é você chegando novamente, doce terceiro trimestre. A época do ano em que todos os fins de semana tem alguma programação, onde os dias são mais longos, e incrivelmente o tempo é menor. Quando quase todos estão desesperados, por não saberem se vão passar de ano. Quando queremos logo as férias, as festas, a praia e as viagens. Quando o calor toma conta, e alegria vem em uma onda que promete durar toda uma estação.
É você fim do ano, com seu Outubro, Novembro e Dezembro. É você que me traz lembranças um tanto quanto felizes, que fizeram minha vida mudar. Época em que tudo me parece mais intenso e exato. E me parece que tudo acontecer por esse três meses trás consigo consequências que durarão por muito mais tempo do que você podia imaginar naquela situação em que se encontra.
Estamos chegando na fase do: Não tenho tempo para nada, quero logo minhas férias! Mas que mesmo assim, é época que deixa as melhores lembranças do ano que logo logo, já vai ter seu fim.

21 de setembro de 2010

Encanto


É, eu entendi, talvez tardiamente mas eu entendi. Entendi que a alegria das coisas está no encanto que elas trazem consigo. Que a essência da vida está no simples, no pequeno, nas bobagensinhas do dia-a-dia. Naquele pouco que representa muito em nossa vida, e no que nós iremos levar na nossa memória para todo sempre. Porque não é no grande que devemos manter nossa atenção, não é na atenção que devemos nos focar, isso é o de menos. O mais é o de menos, o supra sumo da vida da na pequenez da beleza da vida. No sorriso das minhas vizinhas ao ganhar seu primeiro canhorrinho, o nome dela é Lilica. Está nas mão dadas da volta da escola. Está na janta de sábado a noite, em que estar com os amigos e não ver o tempo passar é ótimo. Está no almoço em família. Está no frio na barriga, na sensação de liberdade, no vento na cara. Está na experiência de se deixar encantar com o novo, com o belo, com o simples.
Eu me deixei levar, entendi que não está no número de conhecidos e festas a felicidade, entendi que não está no alcançar o máximo. A felicidade está em estar onde se está na hora em que se está, e fazer o seu melhor para estar feliz alí e assim. É não se auto-promover as custas dos outros, é ser sincero e deixar-se encantar.

Encante-se com a vida, ou senão não haverá encanto algum que te salvará.

19 de setembro de 2010

E você, tem cuidado de seu jardim?

É, talvez não sejam as borboletas que estajam despersas e distantes, talvez seja apenas o jardim que não anda mais colorido e atraente como antes.

18 de setembro de 2010

Tudo bem..

Acabo de chegar em casa, e logo venho desabafar, na forma de palavras.
Porque eu realmenete não entendo o motivo de eu ter feito o caminho que percorro todo o dia, seja de carro ou apé, chorando. Talvez seja a TPM, mas essa é uma desculpa tola demais, ela pode ter ajudado, mas não é a culpada de tudo.
Vejamos, ontem eu iria ir, seria perfeito, eu adoro aquela banda, aquelas músicas, mas não deu, eu tive que ficar por aqui mesmo, nessa mesma sala, sozinha. Sem nem sequer uma companhia na internet, a sua companhia.
Você havia me dito que ia pra casa, mas tudo bem que não foi, espero que tenha aproveitado o show por mim também, e que tenho lembrado de mim em meio a todas aquelas letras que marcaram tanto a minha vida.
Mas o que me incomoda é saber que pra ti: tudo bem! Como sempre, ta tudo sempre bem. E isso cansa sabia? Porque pra você ta tudo sempre bem, mas não, tudo pode sempre melhorar, e o que me faz pensar assim é esse meu jeito revolucionario de metida, que tu tanto condena, mas ta tudo bem! Você não se queixa de nada, e quando tem algo para falar prefere quebrar o silêncio com um: nada, esquece.
Eu sabia que isso ia acontecer, fazia mais de um mês que tudo esta bem aqui dentro de mim, estava tudo no seu lugar. Mas eis o problema, nada mudou.
Você já ouvia a frase: "Mulheres gostam de ser surpreendidas"
Eu sei que ainda não sou uma mulher, mas me encaixo nessa classe de pessoas que gostam de surpresas, e a única que ando recebendo é: tudo bem!

17


Naquele dia começou a nossa história..

Me lembro bem daquela noite estrelada, que tinha tudo pra ser: uma cerimonia emocionante, um inicio de festa dançante, conversas normais, copos e copos de cerveja, e no fim um choro. Aquela fase não era das melhores.
Mas bem, não foi assim, nem um pouco. A cerimonia sim, foi super emocionante, a festa foi bem dançante, mas as conversas foram muito mais cheias de segredos, e tudo parecia se encaixar dentro de mim, os muitos copos de cerveja se resumiram a um único, que eu tomei durante uma conversa com um "amigo" seu, e o final, foi muito bom, com risos, de quem sem pensar muito, fez o que tinha que ser feito.
Eu falei uma frase: Ele seria o único que eu ficaria hoje! Com isso feri sentimentos de quem não queria, mas eu nem sabia de nada. eu coloquei um ponto final na parte mais não da minha vida, e a partir daquela noite estrelada, naquela sacada minha vida começou a mudar.
Não sei se foram as estrelas lindas, meu estado de espírito, o teu jeito tímido, ou os ares daquela noite de Outubro, mas confesso que a partir dali tu nunca mais foi o mesmo pra mim.
Foi aquela viagem a Canoas, que o fato de você nem olhar na minha cara, por pura vergonha, me fez tomar coragem para fazer tudo o que nunca teria coragem de fazer, e por mais que cinco dias tenham separado as fatos, eu não me arrependo, este foi o caminho que me trouxe até aqui.
E todas aquelas noites do cursinho, não sei porque, mas você parecia diferente, mas eu não gostava de você.
Até que chegasse mais uma viagem, mas essa era minha, e puts, me peguei pensando em você o tempo todo, e naquele entendi, que o protagonista de meus sonhas havia mudado de nome. E assim, foi o teu começo pra mim. Não o nosso começo, mas o teu dentro do meu coração.

E continua até hoje e só parece melhorar.

17 de setembro de 2010

Ela me deu bolo.

Assistindo TV eu até consigo me identificar com aquele italiano velho lá. Porque por mais que ele leve na cara, da vida, das mulheres, ele não consegue negar um ombro amigo, um empréstimo, o amor.
Ele não sabe ser mau, assim como eu. Que por mais que tenha mil provas continua acreditando no melhor de cada um, e espera que cada um acredite do seu melhor.
Cilco que não funciona assim, a vida ão funciona assim.
Hoje em dia é cada um por si e o restoq ue se foda, e digamos que eu ande me fudendo bastante.

13 de setembro de 2010

Saudades!

"Eu tenho saudade das horas que nós não passamos juntos, só nós dois.
Eu sinto falta das vezes que você não olhou nos meu olhos e disse que me ama.
Sinto falta das vezes que eu não fui na tua casa assistir filme.
Tenho saudades do dia que tu não me convidou pra conhecer tua família.
Sinto falta das conversas que nós nunca tivemos.
Morro de saudade dos milhares de programas que nós não fizemos.
E sinto uma falta enorme dos abraços de bom dia que você nunca me deu.
Sinto falta do que nunca existiu, sinto falta do que sempre faltou."

A angústia de alguma madrugada do início de Agosto.

Complexo.

Eu conheço uma garota, e ela é cheia deles. Ela tem seus complexos. O de superioridade mata, me cansa cada vez que ela vem me contar as novidades de sua empolgante vida. Sempre a melhor, a boa, a cogitada, a esperança. O de riqueza, porque sempre teme espaço para mais alguma coisa em seu guarda-roupa, que bem não é lá muito invejável. O complexo de mim, aquele que adoro tirar lasquinhas minha personalidade e espalha-la por aí, sem créditos e com total cara-de-pau. E o pior, a mentira. Mas o mais triste não é o mentir, é me julgar ingénua o bastante para acreditar. Eu não acredito, eu sei o que false, sei o que é true. Como eu sei o que é seu e o que não é.
Não vou jogar na cara, não quero um pedido de desculpas, nem retratação. Não quero nada.
Eu entendo os motivos, não guarda mágoas, nem rancor. Mas não pense que eu não sei. Não me julgue fraca.

Ela diz: o resto é resto!

Lá vem todo esse amor, que ferve, forever. Lá vem ela toda dele, toda toda! Lá vem ela com verdades intensas, vontades efêmeras e impulsos. Lá vem ela trocando os pés pelas mãos, coitado do coração. Lá vem ela, só pra ele, só com ele, só dele. E o resto do mundo que a levou até ali? Ah, é só o resto do mundo. Quem se importa? Ele não se importa, ele é o todo, o protagonista, gosta de ser o galã. Mas o resto, o resto fica triste por se tornar o segundo plano, assim, tão na cara, tão frio, tão resto.
Como se ela já não tivesse visto inúmeros filmes que provam, que na vida, há amores a tendéu. E ela sabe, ele não é o primeiro. Mas desta vez, não há nada que a convença. Ela o ama com todo o amor do mundo, e é lindo. E completo, é dois. E é só. Talvez canse, talvez não. Talvez dure para sempre mesmo, talvez não.
Espero que ela não se arrependa, espero que os desejos se tornem verdade, e que o que ela almeja seja seu futuro de verdade.
Mas o resto ta começando a cansar da mesma lenga-lenga de malhação, daqui a pouco todo mundo troca de canal. Mas eu sei que ela, ela não. Ela ama o dela, o seu amor inventado.

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Ando com sono, com pressa, rápida. Calma Júlia, você não precisa correr, calminha garota, está tudo bem!

8 de setembro de 2010

Pra minha menina.

Nós já tentamos, inúmeras vezes inclusive, mas que fique bem claro essa não é mais uma tentativa. Lógico que agora tudo mudou, não somos mais nós duas e sim nós quatro, o que muda algumas atitudes, programas, sonhos, conversas, muda o rumo das coisas. Mas não, não minha menina não muda nós duas. E sobre as tentativas que falei no início, são as tentivas de tentar colocar um número três em nossa dupla inplacavel, inbativel. Mesmo com nossas diferenças de opiniões, atitudes e tudo mais, nós sabemos que somos nós duas. Talvez não seja mais eu aí e tu aqui quase vinte e quatro por dia, mas é você comigo, e eu contigo sempre, nas decisões díficeis, na palavra amiga, no desabafo e na hora em que tudoe stá em jogo, é em você que deposito todas as minahs cartas e esperanças. Você é a minha menina preferida, e não há quem te substitua, quem de supere, afinal só tu tem os olhos mais lindos do mundo, a via mais linda, o sorriso mais engraçado e é tu que faz o mlhoor negrinho do mundo, tu acha que eu ia desperdiçar isso?

"Nós somos o vermelho, não há azul que nos ganhe!"

Eu amo você Nara!

Beco sem sáida

Ela chegou até esse triste destino. Ela não quis, mas foi inevitável, e o pior.. agora, a única saída é dar meia volta e percprrer todos os passos, é rever as atitudes, concertar o que puder, voltar atrás.
"Você está lá, sozinha, no beco, e então começa a voltar e ver como fez para chegar alí. Então começa tentando pedir desculpas para a nova namorada dele, mesmo ela sendo uma vadia ela não merece todos os insultos, ela não tem culpa. Você fica chocada ao ver o tamanho da humilhação que passou, quando aos pés dele chorou e implorou para que aquele pé na bunda fosse revisto. Você acha patético todos os motivos pelos quais fez inúmeros barracos, brigou, gritou, chorou e fez birra. Ao ver os momentos de felicidade um sorriso chega até a surgir no seu rosto, as mãos dadas, os abraços, os beijos, tudo aquilo tras  a saudade do que já não é mais seu. Então chega um momento que você não se contem e chora, de emoção, de alegria, de saudade. Você revive o exato momento em que se apaixonou, em que foi de fato tomada pelo amor. E percorrendo um pouco mais o caminho de volta, você vai revivendo tudo aquilo que fez com que você se encantasse por quele garoto bobinho, você viu os sorrisos, as festas, as conversas, a cumplicidade, a amizade, e as borboletas."
Ela viu todos os momentos que passou, a mais completa sensação de amor, até o ódio das brigas e a saudade do agora. Depois de ver seus erros e até tentar corrigi-los, ela até tentou voltar atrás, mas ela sabe que não dá. Ela sozinha trilhou este caminho, sozinha voltou, e sozinha dobrará na esquina certa, que a levará para o seu castelo.

3 de setembro de 2010

Vá!

Ela estava sentada na calçada chorando, sozinha. Ou quase, uma garrafa de vinho à acompanhava. Ela chorava, e chorava de alma, as estrelas estavam preocupadas com tamanho desabafo.
Ela chorava, pois tinha chegado a hora de desabafar, de mostrar para o mundo -por mais que não houvesse ninguém por perto- que ela existia.
Ela não aguentava mais ser ela mesma. A dedicada. A certa. A exemplar. A filha dos sonhos.
E bom, o que fez ela chegar a essa conclusão?
Ela estava lendo -e deta vez não era um livro que constaria em algum vestibular- e percbeu que todas as pessoas vivem para fazer história, e não aquele tipo de história para afzer parte de livros de dádicos. As pessoas faziam suas histórias, e fazim valer a pena.
Ela estava sozinha em casa, e depois de ler aquilo resolveu fazer o que nunca teve a coragem de fazer. Pegou a garrafa do melhor vinho de seu pai, saiu andando sem rumo, achou uma calçada bem convidativa, de lá as estrelas pareciam brilhar mais. Então ela pensou em todas as escolhas que tinha feito.
Ela percebeu que seus amigos era colegas, que seus sábados era de televisão, e que sua hora de dormir era as dez e meia. Seu presente de quinze anos estava longe de ser uma festa ou uma viagem, ela preferiu guardar o dinheiro para investir no futuro.
Após refletir sobre sua vida até aquele momento ela percebeu que não tinha história, e a melhor coisa que havia feito para ela mesmo até hoje era ter lido aquele livro.
Após ter muito chorado, e conversando com as estrelas ela levantou e sob os efeitos do vinho voltou para a casa. Cuidou para não fazer barulho e não acordar seus pais, tomou seu banho e foi dormir.
Quando acordou pensou que havia sonhado ou algo assim, mas sua dor de cabeça não perdoava a noite passada. Era sábado, ela acordou meio dia, foi almoçar de pijamas, não estudou e a noite falou pra mãe que iria para uma festa com algumas amigas, -mentira, ela não tinha amigas, mas estava a procura delas- a mãe concordou e a ajudou a escolher a roupa. Na hora em que se despediu da mãe lhe abraçou forte e disse: Desculpe qualquer coisa, mas chegou a hora de caordar para a vida. A mãe lhe respondeu: Não se desculpe, enfim a adolescente chegou em casa.

Não se prenda a persepectivas pré-definidas, ouse. Talvez isso nem atija as pessoas ao seu redor, você não sabe quais são seus limites se não conhece-los. Vá em frente e faça sua vida valer a pena, viva, faça história, ria, cultive amizade e amor!

Sem fim.



Eu sei que daqui algum tempo pode não fazer diferença, que provavelmente tudo isso será apenas uma lembranã da época em tudo era infinito. Eu sei que por mais que juremos que nunca vamos deixar de nos falarmos, não é bem assim. Eu sei quenão vamos ter mais muitas chances de fazer tudo o que queremos juntas, são menos de 18 meses, eu sei que que não vai ser mais como é hoje. Porque hoje eu cheguei na escola e pude ver o rosto de todas vocês, pude abraças vocês, sentar no colo de vocês, rir com vocês. Não só hoje, mas durante pelo menos duzentos dias letivos. Passamos por tantas, mas continuamos juntas. Enfrentamos problemas entre nós e para com nós. Mas não vamos desanimar nos avacalhamos mais que o terceirão, nós não baixamos a guarda. Espero que a hora de dar tchau não seja tão dolorosa o quanto eu imagino que seja, porque depois desse dia será triste acordar sem ter pelo menos um motivo decente para fazer isso.
Todas nós começaremos nossa vida do quase zero, cresceremos e dessa vez quase sozinhas, enfrentaremos os problemas quase sem apoio. Poque por mais que distantes jamais separadas. Ainda que nunca mais nos falemos eus mepre vou lembrar de vocês, e pelo menos terei um motivo para não desistir, porque saberei que tem pessoas que torcem por mim, querem o meu melhor, e bom, me levarão em seu coração, para sempre!

2 de setembro de 2010

Falta de Vermelho.

Eu quero falar sobre essa ciência exata que a gente não domina. Que pra falar a verdade, a gente nem conhece. Não sei de onde veio essa história, quem teve a idéia primeiro. Não sei porque eu acreditei, não sei porque achei que alguém poderia me provar. Poderia dar certo? Não sería uma histería coletiva, assim como -na minha opinião- sería a religião? Não estamos pré-dispostos a acreditar? Eu sou um esquerdista desde que nasci. Andei muito tempo com o vermelho estampado no peito. Tanto pelo Colorado, quanto pelo comunismo que dispertava tanto interesse em uma cabeça tão nova. Nunca gostei do azul, fosse pelo Grêmio, pela elite ou pelo PSDB - quem sabe? Eu amo o Sport Club Internacional, eu amo o espirito de mudança e igualdade que a esquerda propõe. E não me digam que não funciona na prática - a vida não funciona na prática. Amo muito pouca coisa. Amo intensamente. Me apaixono pelo mundo, mas isso está muito longe do amor.Eu acho que o azul é passageiro. O vermelho é pra toda minha vida. Assim separo o  mundo: ou você é azul, ou é vermelho. Entraremos em consenso e seremos verdes? Não. Precisamos ser separados, precisamos nos dividir. É que na minha vida, muitos vermelhos insistem em se passar por azuis. "As vezes acho não sou daqui, não tente me entender." Essa frase costumava ser minha. Admito que perdi os direitos sobre ela. Na verdade, doei a autoria. Lá vem o planeta, pintado de azul e verde. Cadê o vermelho?!?

Rodrigo Tavares

Minha língua.

Para alguns o passado continua presente, e pra mim, por mais que eu ache estranho, aquele rostinho não me causa mais nada. É, eu achei que te amaria pra todo o sempre, como você é fraco, não consegue mais atrapalhar a minha vida e me causar dúvidas. Ou talvez eu que seja forte, e boa o bastante pra você. ÉCA!

1 de setembro de 2010

Under my umbrella..


"When the sun shines, we'll shine together
Told you I'll be here forever
Said I'll always be your friend
Took an oath I'mma stick it out 'till the end
Now that it's raining more than ever
Know that we'll still have each other
You can stand under my umbrella"

Hoje, me arrumei para o treino, e por incrível que pareça eu estava animada. Peguei meu guarda-chuva, e fui. Cheguei lá, e meia hora depois uma maldita bolada levou todo meu ânimo para o espaço, e bom o treino foi junto. A ideia de matar o treino surgiu, e pasme, não foi minha ideia. A mais interessada em atividade física disse: Vamos comer chocolate, tomar coca e ir embora daqui. E fomos! Eu, a loira/ruiva e a japa. E bom, por uma hora ri como já não fazia a algum tempo, e lembrei de como tudo era fácil e feliz a um tempo atrás.  Lembrei de como coisas bobas e diferenças pequenas fizeram que todo o encanto de nosso trio desmoronasse. Mas hoje, me senti como na época em que festas de quinze ocupavam quase todos os fins de semana, posar juntas era um programa do minimo semanal e não se ver diarimente deixava um vazio. Hoje tudo estava bom, a chuva fria nos fazia rir, a luz amarelada dava um efeito fantástico e o chocolate estava mais doce do que nunca. O guarda-chuva foi esquecido depois de um tempo, pois molhar-se é inevitável. Esquecemos o mundo ao nosso redor, e fizemos o que queriamos. Minhas amigas, é muito bom ter vocês por perto, mesmo que não seja como antes, mas ainda é.

31 de agosto de 2010

Ela, Ele, o Outro e Uns.


Ela era legal, simpática, parceira e vida. É, vida! Ela parecia sempre radiante e levava toda sua alegria no olhar. Bela máscara, boa atriz. Poucos sabiam o que era sua realidade, não muito diferente da grande maioria das garotas, um grande amor não correspondido, uma paixão que ocupava seu tempo, e mil donos de algumas horas. Um fazia ela chorar, se desesperar, e tomar decisões totalmente contraditórias com sua teorias. Eles passam horas a conversar, ela conhecia os segredos dele e ele os dela, exceto um O amor, de verdade. O outro, aquele que ligava no sábado, destruía sua carecia, e fazia de sua vida um pouco mais colorida. Ele lhe fazia rir, lhe fazia companhia, era bonito, era um sonho, Mas infelizmente não era Ele. E bom, tinhas os garotos do momento. O da festa, da viagem, do club, mas esses não importam. Não passavam de comentários de banheiro.
O tempo foi passando e ela se adaptando. Estava cada um ocupando o seu lugar, até que o outro resolveu dizer: - Por muito tempo eu fui sua companhia para os fins de semana, teu ombro amigo, te dei todo meu carinho, amor, tempo e atenção. Infelizmente eu nunca passei do outro pra ti, mas pra mim tu sempre foi prioridade.
Ela se viu contra a parede. Ele ou o outro?
Nesse momento ela entendeu que Ele, nunca foi dela e o outro nunca foi outro, pois nunca houve um Ele de verdade. Mas por mais que ela achasse o ex-outro legal, bonito, e prefeito ela não o amava. E Ele? Ele era um idiota, era seu amigo, mas era cego o bastante para não ver o amor que transbordava dos olhos de sua melhor amiga.
Agora ela é ela, sem Ele, sem Outro, mas é claro que para não perder a forma às vez aparecem uns por aí.

(Da série: Por aí)

Vá impressionar a sua mãe!

Agora a nova moda é: FUJA DA MODA E REVOLTE-SE! Bravo, faça isso e arque com as consequências usando toda a rebeldia do início.
Nossa, aqueles coloridos são patéticos, música ridícula, roupa ridícula, estilo ridículo.
Crédo, essas garotas parecem a Barbie, quanta futilidade.
Olha essas dái, não decidem o que querem da vida e ouvem um pouco de tudo.

Sem nomes, e acusações, não me dirijo a ninguém e sim a esse movimento que vem se expandido.
Parece que o mais "atual" é revoltar-se. Esqueça seus compromissos. Escola é bobagem, não preciso de nada disso. Família, eles sempre me perdoarão. Reputação, depois eu dou um jeito.
Eu não vou estudar, vou gastar todo meu tempo com meus amigos, e mostrar pra ele o quanto eu fodona.
Pode ser o melhor hoje em dia, todos irão te achar o máximo por não dar a mínima para nada e ter sua própria opinião, mas você já pensou no quanto isso pode influenciar na vida das pessoas que realmente se importam com você?
É, a sua mãe? Ela não se sentiria mal por ver o rumo que sua querida filha está tomando?
Suas melhores amigas? Será que elas não se sentiriam traídas por estarem virando só mais uma opção?
E o seu futuro? Você acha que tudo vai se arrumar assim?
E a vida? Você acha que ela vai te esperar?

Realmente é admirável toda a coragem, mas é triste ver o quanto as pessoas podem mudar para se encaixarem. Largue o trago e a rua por uns instantes e reflita. Agir por impulso é legal, às vezes.

Rosa!


Nós últimos tempos tenho reparado que algo me mim vem mudando. E bem, não encontro as razões para isso. Talvez seja toda a pressão do mundo, minha vontade de me destacar, ou simplesmente ir no embalo.
Logo eu, que sempre fui um criança agitada, que me revezava entre bonecas e pique-escondes, e bem não ligava muito para o rosa, as unhas e o cabelo. Hoje certas coisas são tão fundamentais pra mim que chego não acreditar que sou eu.
À algum tempo atrás não ligava para minhas unha roídas e meus cabelos fora do lugar. Hoje minhas unhas continuam roídas, mas o esmalte se mostra mais presente (minhas unhas rosa cintilante provam isso, agora), e bom.. meu cabelo fora do lugar é algo que me irrita (como está fazendo agora).
continuo com meus princípios e verdades, e bom, não acredito que esse plus tenhas me tornado uma pessoa pior, fútil, banal. Não sou, nunca fui e não tenho aptidão nenhuma para ser uma patricinha, mas hoje sei que um pouco de tudo é necessário. Texto totalmente inútil, babaca e capricho!

29 de agosto de 2010

Preferência.


Eu quase não acredito que sou eu, e são sete meses
Sete, número que faz bem, o meu preferido
O meu preferido é você, você sabe
Eu prefiro permanecer ao seu lado, do que ao lado de muitos
Porque muitos já me decepcionar e fizeram chorar
E mesmo você não sendo perfeito, você é o dono dos meus sorrisos
Meus sonhos são com você
Eu não pensei que seria assim, mas eu penso em você antes de dormir
E na hora que acordo também
Talvez seja a almofada, ou o canudinho amarelo amassado
Ou a nova foto que decora meu quarto
Seria triste sem você, e é
Ontem a noite me provou isso, mas tudo bem
Hoje foi outro dia, e foi um bom dia
Tipo um dos meus dias preferidos, aqueles que as horas correm
Aborrecimentos? Eu já nem ligo, você me faz acreditar que tudo é bom
Muito obrigada por existir, por ser assim, e por aparecer no dia dezessete
A propósito, esse não é o seu número preferido?
Espero que cheguemos até lá.