Ela estava sentada na calçada chorando, sozinha. Ou quase, uma garrafa de vinho à acompanhava. Ela chorava, e chorava de alma, as estrelas estavam preocupadas com tamanho desabafo.
Ela chorava, pois tinha chegado a hora de desabafar, de mostrar para o mundo -por mais que não houvesse ninguém por perto- que ela existia.
Ela não aguentava mais ser ela mesma. A dedicada. A certa. A exemplar. A filha dos sonhos.
E bom, o que fez ela chegar a essa conclusão?
Ela estava lendo -e deta vez não era um livro que constaria em algum vestibular- e percbeu que todas as pessoas vivem para fazer história, e não aquele tipo de história para afzer parte de livros de dádicos. As pessoas faziam suas histórias, e fazim valer a pena.
Ela estava sozinha em casa, e depois de ler aquilo resolveu fazer o que nunca teve a coragem de fazer. Pegou a garrafa do melhor vinho de seu pai, saiu andando sem rumo, achou uma calçada bem convidativa, de lá as estrelas pareciam brilhar mais. Então ela pensou em todas as escolhas que tinha feito.
Ela percebeu que seus amigos era colegas, que seus sábados era de televisão, e que sua hora de dormir era as dez e meia. Seu presente de quinze anos estava longe de ser uma festa ou uma viagem, ela preferiu guardar o dinheiro para investir no futuro.
Após refletir sobre sua vida até aquele momento ela percebeu que não tinha história, e a melhor coisa que havia feito para ela mesmo até hoje era ter lido aquele livro.
Após ter muito chorado, e conversando com as estrelas ela levantou e sob os efeitos do vinho voltou para a casa. Cuidou para não fazer barulho e não acordar seus pais, tomou seu banho e foi dormir.
Quando acordou pensou que havia sonhado ou algo assim, mas sua dor de cabeça não perdoava a noite passada. Era sábado, ela acordou meio dia, foi almoçar de pijamas, não estudou e a noite falou pra mãe que iria para uma festa com algumas amigas, -mentira, ela não tinha amigas, mas estava a procura delas- a mãe concordou e a ajudou a escolher a roupa. Na hora em que se despediu da mãe lhe abraçou forte e disse: Desculpe qualquer coisa, mas chegou a hora de caordar para a vida. A mãe lhe respondeu: Não se desculpe, enfim a adolescente chegou em casa.
Não se prenda a persepectivas pré-definidas, ouse. Talvez isso nem atija as pessoas ao seu redor, você não sabe quais são seus limites se não conhece-los. Vá em frente e faça sua vida valer a pena, viva, faça história, ria, cultive amizade e amor!
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