28 de abril de 2011

Why?

Novamente estou me perguntando, o por que?
Já reparei, e sei bem que é apenas isso que ando fazendo, me indagando o tempo inteiro, por que?
O por que das circunstâncias, das escolhas, dos momentos, das atitudes, das palavras.. e o por que do sentir e não agir?
Medo, medo, medo. Eu nunca me rendi a ti, sempre me deixei levar pela emoção, agi conforme o coração mandasse. Mas e agora? Me sinto de mão e pés atados, além disso, um nó em minha garganta. E um medo de desatar o nó, e me deixar levar, e perder o controle, e ter tudo de novo, e aí.. não querer mais.
Por que? Por que tem que ser tão difícil o que é tão fácil, bonito e desejado pelo mundo?
Eu precisava era de uma lição de moral, umas verdades e um adeus. Ou até quem sabe um: eu sempre estive aqui, não se engane..

(Escrito em oito de abril de 2011)

27 de abril de 2011

Eternidade

Eterno é um estado de espírito, é a vontade de 'pra sempre', é o querer sem fim. Eterno é tudo aquilo que se quer sem medo e demora. Eterno que é eterno é cheio de emoção, amor, alegria, sorriso, suavidade e leveza. A eternidade, é uma palavra tão usada, e tão pouco, de fato, existente. Afinal, o que é eterno? O que de fato, pode-se classificar como eterno? Nada, a eternidade é um estado de espírito, uma vontade louca de fazer aquela sensação, de tão boa, durar para sempre. 
A eternidade, digo, o sentimento que o pensar em eternidade trás deveria ser tão mais valorizado. Se assim fosse, nossos laços e afeições seriam talvez mais duradouros, sinceros e reais. Cabe a cada um de nós trazer a nossas vidas esse sentimento tão esquecido. Seja eterno, queira eterno, sinta eterno, e quem sabe assim o eterno venha, exista e te surpreenda.


"Tudo lá parecia impregnado de eternidade"

Manuel Bandeira


24 de abril de 2011

Camarada

Enquanto a grande maioria se espreme ao som de um bom rock, fico aqui na sala tranquila, com um cházinho e sossego. Lá, todos tentam fugir de seus problemas, dúvidas e fantasmas. Já eu e os meus fantasmas estamos fazendo uma reunião, e estou deixando bem claro a cada um deles até onde eles podem interferir na minha vida. A algum tempo atrás me desesperaria por estar em casa a uma hora dessas, em um sábado, quando todos estão curtindo e terão muito pra contar. Eu realmente estou bem aqui, conversando com alguns velhos amigos, esperando o sono chegar e rindo das besteiras que me passam pela cabeça.
Aquela minha amiga, aquela de todo dia. Me contará o que quando me ligar de madrugada? E o meu ex, que é mais meu do que ex, aparecerá com que marca segunda-feira na escola? E quais serão as fofocas? Quais serão os porres? As traições? Os micos e os feitos?
Cada um na sua, e eu na minha. Aqui, na minha casa, minha cadeira, meu computador, minha xícara, meu chá, minha vida, meus fantasmas. Eles não me assombram mais, eles me fazem companhia, me entendem, e até me divertem. Agora, eles estão rindo. Vou tentar descobrir do quê..

23 de abril de 2011

Mais assim


Olha só, eu aqui escrevendo. Sobre o que mesmo? Não sei, só meio veio uma vontade, e mais que isso, uma necessidade de escrever, como sempre, e assim me passar a limpo, me filtrar. Bom, o que me vem a cabeça é sempre a mesma coisa, não posso negar, mas vou tentar mudar o foco, forçar uma mudança, já que a vida parece me mostrar que de nada vale seguir assim, sozinha, de novo sozinha. Quero tentar explicar que de fato, dentro de mim algumas coisas parecem firmar-se, e outras a cada dia me parecem mais superficiais, logo muito mais engraçadas, e por isso mais presentes. Adoro rir, e como diz minha amiga, principalmente dos outros. Ando mais tranquila, mais arriada, mais confiante, ando rindo da vida, e das situações que ela me coloca, safadinha ela. Ando mais leve, estou começando a me dar conta de que tudo está seguindo um rumo, que agora me parece incerto, mas faz parte de um ciclo, e devo seguir esse ciclo com calma, mas precisão. Não posso me deixar levar pela maioria, tenho que fazer do meu jeito, mas por que não rir um pouco? Ou até sofrer um pouco? Assim é muito mais bonito, muito mais do meu jeito, muito mais Júlia.

18 de abril de 2011

Dezessete de abril

Só pra constar que nesse dia, eu fiz, e falei. E te deixei louco de raiva, e louco de vontade de tentar me entender. E eu mandei pra fora tudo que eu venho escrevendo aqui a semanas e semanas, e remoendo minuto a minuto. Não sei se foi certo ou errado, mas foi do coração, da alma. Foi de verdade, foi típico de mim. E ao som de Engenheiros do Hawaii. Agora tu vê o que fazes, vê o que o teu coração diz, e faz o que teu coração mandar. Assim como eu.

17 de abril de 2011

Página 100

"De uma hora para outra minha garganta secou, senti uma falta cordialmente na minha voz, forcei uma simpatia que não estava sentindo. Bateu um ódio retroativo, tive vontade de empurra-lo contra a parede e dizer escuta aqui, não há nada te incomodando?, você não tem chorado?, não se dá conta da meleca que fizemos?, a vida segue razoável?, então você é mesmo um cara cordato?, então eu é que sou louca e fico ruminando dia e noite sobre se foi uma decisão acertada ou se foi precipitação nossa?
Tá tudo bem com você? Foi a única coisa que eu perguntei, simpaticamente: tá tudo bem com você, Gustavo? Ele respondeu: a gente se acostuma.
Agora éramos amigos. O que sempre fomos. Foi isso que nenhum de nós se atreveu a admitir."



Quando digo que Martha Medeiros fala por mim, é a isso que me refiro.

Bola pra frente

Acho que chegou minha hora, a hora em que de fato coloco um ponto onde tinha deixado reticências. É chegada a hora de mudar, de começar, de recomeçar. Confesso que durante esse dois últimos meses esperei por uma palavra, atitude, até mesmo um sinal. Mas nada me pareceu claro o bastante, e agora vejo que pra ti sou caso encerrado. Dói saber isso, ver isso, e ter que conviver pacientemente com essa mudança. Mas não posso sentir-me mal com isso, foi uma opção, questão de escolha, e uma escolha minha.Te ver assim, cada vez mais distante e indiferente me traz um sentimento o qual eu já não lembrava. Aquele do "não correspondido", depois desse tempo contigo, tinha esquecido como era esse sentimento, o qual eu era mestre. Agora preciso me lembrar como é essa história, e preciso esquecer a nossa história.
E eu estava esperando um rumo diferente. Confesso, não sou hipócrita. Mas e daí? Se não vai ser, eu dou meu jeito. Eu sempre fui boa em arranjar novos enredos, enrolados e embriagados como nós.

13 de abril de 2011

Corpo e Alma


"É engraçado pensar que a massificação pode ser fruto da necessidade que as pessoas têm de serem diferentes uma das outras. (...) Parece que a possibilidade de abrir todas as portas faz com que ninguém entre em nenhuma delas de copo e alma."
Mapas do Acaso - Humberto Gessinger

Aula de história


Enquanto esperava pacienciosamente os minutos daquela aula de história passarem, fingia se interessar pelos Estados Unidos do século XIX, quando na verdade queria mesmo era saber o que se passava naquelas cabeças ao seu redor, pensamentos os quais ela aposta que Abrahan Lincoln não fazia parte. As idades já não dão muitos indícios de pensamentos além das divisas dessa cidade. Ela acredita que naquelas cabeças se passavam coisas do tipo: Quero aquele vestido! Será que eu fico com ele? Qual o nome daquele filme mesmo? Merda, o que eu to fazendo aqui! Nunca vou saber isso na prova! E por aí vai a grande lista.. Enquanto ela só conseguia pensar em por que tudo isso? Por que agora tentar entender tudo? Esse não era pra ser o ano da curtição, avacalhação e não pensar nas conseqüências? Esse era pra ser o ano do só vai! Mas não ta indo, empacou! E ela, ela tenta puxar a carroça sozinha. Mesmo entre tropeços, paradas e acidentes. Ela insiste em lutar por tudo o que sempre foi verdade inquestionável, e agora não passava de coleguismo barato, falsidade e olhares cansados.. loucos para voltarem pra casa e dormirem enquanto a televisão mostra imagens coloridas, que não condizem com a realidade.
E ela se pergunta, sem cessar! Onde foi parar o futuro tão sonhado e planejado? Onde foi parar o amor, aquele sentimento que fazia encher os olhos só de pensar no fim. E o fim a cada dia está mais perto. Só mais meio ano e The End. É, e ela parece ser uma das únicas pessoas com consciência disso! E ela sofre tanto por dentro, ela parece feliz, contente, até tranqüila. Mas ela sempre foi boa em interpretação, quando pequena ela até queria ser atriz.
Ainda na aula de história, ela abaixa a cabeça e deixa uma lágrima escorrer, ela finge estar com sono, é.. caso perguntarem é o sono! Lágrimas não são bem-vindas quando se está no meio de gente que espera por um momento de fraqueza para jogar na cara tudo o que se quer evitar. Ela já sabe de tudo o que errou e acertou, está tudo a pratos limpos com sua consciência. Mas e o resto? Ela queria mesmo era resolver tudo com todos, e poder sorrir com naturalidade, verdade e paz interior! Queria acreditar que tudo ali, por mais que terminasse em seis meses, se tornaria uma lembrança bonita, emocionante.. que trouxesse uma nostalgia mágica! Mas para isso, teria de ser verdade o suficiente para ficar gravado na memória, por que dizem que com o tempo esquecemos o que faz sofrer, para ficar só com as lembranças boas em mente. Mas para onde foi tudo? Que direção tomou?
Era o A e o B, e assim um. Agora é um, e mais do que nunca é o A e o B. Não, A e B não, é uma confusão, um ajuntamento desordenado de gente que está ali por que é obrigado. Não era assim, pelo menos ela acreditava que haviam motivos que transcendiam tudo isso, pelo menos era o que parecia ser.
E amanhã outra aula de história. Cheia de piadinhas, risadinhas e cochichos. E amanhã outra vez aqueles rostos cansados, aquela gente com sono, aqueles mesmo assuntos e pensamentos voando em direção a toda a futilidade que tomou o lugar de sonhos e planos.
Em pânico, é assim que ela está!

10 de abril de 2011

Domingo

Será que toda essa covardia vai mesmo fazer com que eu decida por te esquecer, e siga em frente, mesmo com essa esperança e essa espera que parece não cessar. Eu realmente sempre esperei alguma reação, até mesmo na hora que te dei adeus, eu realmente esperava por um beijo que me calasse e me deixasse com cara de boba. Mas boba fui acreditando que poderia esperar algo da espécie de ti, logo de ti que sempre foi tão vulnerável, tímido e dependente de minhas escolhas, atitudes e imposições.
Mas agora é diferente, é como se tu fizesse questão de me machucar, "dar nos meus dedos" como falam por aí. Palavras pela metade, respostas frias, e uma imensidão de nada. Mas por que eu ainda acredito que exista em ti um sentimento recíproco, quando tu nada demonstra?
Ah, hoje o dia tava tão bom, e eu deveria ter ido dormir sem encostar nessa porcaria de revolução tecnológica materializada. Tava tudo tão bem, tão bom. Tequila ontem, rock hoje.. e agora eu de novo, com antes: Com o coração na mão, como um refrão de bolero.

8 de abril de 2011

In the Sky with Diamonds


Com você eu me sinto bem, quase salva. Sinto aquela maravilhosa impressão de que o mundo todo é bobo, triste, insignificante, um nada perto de todas as estrelas, essas estrelas que nos servem de cúmplice. Com teu abraço, mesmo que seja menor que o meu, sinto amor. É, contigo por perto é possível até mesmo sentir o abstrato, dá pra pegar, é só acreditar e fechar os olhos, eu realmente acho que já consegui pegar o amor em minhas mãos, e isso por que tu me faz acreditar. E por tantas já passamos, e eu já quase acreditei que amores assim não existissem, mas existem, eu sei, tu me mostra. Me mostra a cada olhar, quando tudo parece fazer sentido, por que esses teus olhos lindos me olham e me fazem entender que existe sim um elo que não pode ser quebrado. 
Amigos são como anjos, nos guiam para o bem. Nos enchem de alegrias, carinho, afeto e companhia. Mas se amigos são anjos, tu é todo o meu céu. Aquele mesmo céu das estrelas, aquelas mesmas estrelas que nos observam e são cúmplices. Somos nós, nas estrelas, as estrelas. In the Sky with Diamonds, para sempre minha Nara.

Uns mais iguais que os outros.

A falta de autenticidade vem dominando o mundo. Cópias, cópias, cópias.. já chega né? De cópias já bastam as das professoras, aquelas que eu esqueci de pegar hoje de manhã lá na escola. Mas é daquele mesmo lugar que me refiro, aquela escola, aquela gente, aquele marketing pessoal sem fim.
Sempre foi assim, quem não faz o tema copia de quem fez e é legal o bastante pra passar adiante. Eu sempre fui dessas, que faz, passa adiante e ri, sabendo que não terão o conhecimento e a consciência que tenho sobre tal assunto. É isso, "muito prazer, meu nome é otário".
Mas o que me deixa realmente curiosa é o fato de que hoje, aqueles que sempre copiaram meus temas, trabalhos, pesquisas e me julgaram boba por isso e também por meus gostos, roupas, crenças e forma de vida vem cantarolando por aí as músicas da minha banda predileta, e me perguntam nome de autores que sempre gostei, e a cada dia parecem ser mais interessados no que sempre pertenceu ao meu mundo.
Sei disso, todos mudam, e eu sempre estive mudando. Se por algum aspecto eu vir a me tornar parecida com algum desses iguais por aí, não deixarei para trás meus princípios, músicas e livros.
Mas agora é assim, ouvem músicas bacanas para parecem interessantes, lêem livros com conteúdo e se enchem de frases de impacto. É bonito, e faz com que aqueles que também copiam achem verdade.
Mas nós, que vibramos em outras frequências, nós não nos enganamos, nós vamos além dessa onda nova. Nós conhecemos o real significado de todo um oceano. Superfície, me desculpe, é para amadores.

6 de abril de 2011

“Há algo na sua essência que me agrada, me acalma, e diverte!”

Já dizia Caio, há algo em sua essência, que simplesmente faz valer a pena. Que mesmo em meio a lágrimas, tristezas, saudade, mágoas e rancor, tanta coisa ruim, ainda é bom. Ainda vale a pena, por que é por ti, é por ti!

É sempre amor!


Eu juro, juro que queria mudar o foco, voltar a ser como antes. Queria deixar de pensar em um único nome, em um único rosto, e de te ver e te lembrar o tempo todo, em todos os lugares, por mais improváveis que possam ser. Queria que meu plano do passado se tornasse um futuro perfeito, que meu presente estivesse exatamente como o planejado. Mas não, não é assim que está sendo.
Eu planejei assim: eu iria tomar as decisões que fossem convenientes a mim, e então minha vida voltaria a ser como antes, antes de ti aparecer, e antes de eu aprender o real significado da palavra amar. Eu ia voltar a ser aquela garotinha de catorze anos, que por mais que dissesse que amava, nem sabia o que era isso, mas descobriu, graças a um idiota.. que no fundo, bem no fundinho, ainda o ama.
Hoje, consigo visualizar de forma muito consciente as marcas que as pessoas deixam em nossas vidas. Além de lembranças, são sentimentos que não se vão. Que ficam, martelam, enchem de duvidas.. ora fazem chorar, ora fazem rir. Certezas, a única certeza é que a dúvida é presente, sempre presente.
Não me pergunte o porque de minhas decisões passadas, talvez eu até saiba responder, mas você vai se cansar de ouvir essa história que reconto em minha mente todas as noites antes de dormir. 
Não sei mais pra onde ir, com quem sonhar, o que fazer. Voltar ou seguir adiante? Lutar ou conformar? Correr atrás ou esperar? Vale ou não vale a pena?
Espero eu, que em meus próximos textos - devaneios meus - possa responder essas questões que não saem de mim, bandidas.


Ela vai mudar, vai gostar de coisas que ele nunca imaginou. Vai ficar feliz de ver que ele também mudou. Pelo jeito não descarta uma nova paixão, mas espera que ele ligue a qualquer hora só pra conversar e perguntar se é tarde pra ligar. Dizer que pensou nela, estava com saudade. Mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe. Com ela aonde quer que esteja. É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou. Ele vai mudar, escolher um jeito novo de dizer "alô". Vai ter medo de que um dia ela vá mudar, que aprenda a esquecer sua velha paixão, mas evita ir até o telefone para conversar, pois é muito tarde pra ligar.Tem pensado nela, estava com saudade. Mesmo sem ter esquecido que é sempre amor, mesmo que acabe. Com ele aonde quer que esteja. É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou.

Para conversar
Nunca é muito tarde pra ligar
Ele pensa nela
Ela tem saudade
Mesmo sem ter esquecido que
É sempre amor, mesmo que acabe
Com ele aonde quer que esteja
É sempre amor, mesmo que mude
É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou.