27 de novembro de 2010

Sabe..


..eu me perco entre tantas escolhas que podemos fazer, principalmente nessa época da vida, onde estamos cara a cara com o nosso futuro, e agora que temos que decidir quem seremos. Mas quem diz isso? Porque dizem isso? Quem tem a resposta?
Os adultos não dizem que estão infelizes em suas profissões, família, amores, não dizem que sua vida é um trapo. Porque afinal, eles tem que ser o exemplo. Bobos eles que acham que nós, que acabamos de sair da infância ainda não temos aquela sensibilidade infantil que nos permite ver as coisas com a mais pura verdade, com total sinceridade. É possível ver no olhar quem é feliz e quem não é, e não, não venham mais com discursos prontos e palestras.
Mostrem pra nós como se é feliz de verdade, não como se faz pra ser uma pessoa de sucesso. Grandes merdas esse tal de sucesso. Eu não quero ganhar milhões, não quero ter cinco carros, muitos apartamentos. Está certo que não seria ruim, mas eu não vou desperdiçar essa minha única chance de viver de verdade e ser feliz.
Porque ao fim eu não vou me lembrar dos meus anos de sucesso, imóveis e contas bancárias. Eu vou querer é saber da minha alegria, de como enfrentei os anos difíceis, se foi com a estratégia de um graduado ou com a esperança de quem sabe que tudo vai ficar bem de uma criança. Que me perdoem os professores, coordenadores, diretores e meu pai. Mas eu, eu fico com a segunda opção, essa que nos faz chorar mais, sofrer mais e dói mais, mas que com certeza é muito mais gratificante e prova que soubemos viver e aprendemos a moral da história.
Quem lhes diz isso é essa jovem garota. Que por mais que ame cálculos e afins nem pensa em fazer engenharia, administração ou algo assim. ela quer seguir seu sonho. Ela vai fazer jornal, vai escrever, vai fazer história, vai escrever, vai emocionar. Ela quer chegar ao fim da vida e dizer: entre mortos e feridos aqui estou eu, sã e salva. E me desculpe mundo globalizado e capitalista, eu vim pelo caminho difícil, aquele que a gente vive como quer, não como nos induzem a querer.

"E quando sorriu ficou ainda mais bonita
Tinha a força de quem sabe que a hora certa vai chegar
Lágrimas no sorriso, mãe e filha, chuva e sol
Segredos que não podia guardar, e não conseguia contar"

HG

Por puro respeito, preciso agradecer a alguém que nem sabe que eu existo. Com suas palavras, melodias e frases me tornou uma adolescente menos clichê, me tirou da embalagem do refrigerante e me mostrou que esse meu mundo precisa de mais, de mais gente como tu. Ah se não fosse minha mãe, seus discos e histórias, eu a agradeço diariamente por ter me apresentado a tantas bandas que embalaram seus anos oitenta, mas nada nunca irá comparar-se a esse trio, que cresceu, sumiu, mas vive, vive em mim e em mais uma legião de pessoas que como eu, foram arrebatadas por tamanha sensibilidade, por palavras que nos deixam cara a cara com nossa realidade, que choca e traz vontade de mudar, mudar o mundo, nem que seja só o nosso. Descobri que realmente tinha um vinculo quando gastei meu dinheiro ganho de aniversário com um livro e quando me vi chorando por ganhar um dvd. Então senhor Gessinger, tu que não me conhece, e nem sabe que eu existo. Saiba que eu, essa jovem de quinze anos não sabe como agradecer por tu ter feito canções como 3x4, Piano Bar, Alívio Imediato, Infinita Highway, Pra ser sincero, entre tantas outras que embalam minha vida diariamente. E sim, um dia eu irei de te ver, e vou te perguntar: Como tu conseguiu compor Piano Bar, como?

25 de novembro de 2010

Toda noite eu sonho contigo

(22:59) .  gustαvo.z : preciso drumi
(23:00) Júlia: aaai, então durma, mas com uma condição..
(23:01) .  gustαvo.z : toda noite eu sonho contigo.
(23:01) Júlia: oty *-*

Porque você sempre faz isso comigo? Quando estou esperando algo de ti, tu me vem com uma pequenisse dessas, que pra mim tem uma importância sem par. Parece que tu sabe que tudo que eu leio diz pra mim ir, pular, deixar, mudar.. e qualquer outro verbo que me deixe distante de ti. Mas parece que não é pra ser assim. Acho que eu deva continuar aqui, porque por mais que autores, horóscopo e o acaso queira me mostrar que não, eu sei que sim. E sei porque tu me mostra, do teu jeito que me encanta e faz com que eu te ame, mesmo quando eu tenho vontade de te deixar falado, agindo e vivendo sozinho, sem mim. Eu sei que eu não posso, não assim, não por isso. Eu precisaria de tanta força pra conseguir, que acabaria por pedir a tua ajuda, pois só tu sabe como me ajudar, como me dar força e me fazer continuar, e seria ridículo, como a maioria de minhas atitudes. Então, se tu ler isso, me desculpa pelas hipóteses que passam nessa cabeça vazia, que não tem noção do que cogita. Minha cabeça e coração não então em mesma velocidade, não são constantes, não estão e não estarão e equilíbrio, mas isso tu aprendeu, sozinho. Saiba que eu te amo, e que antes de dormir é em ti que eu penso, e quando acordo também. E durante esse espaço de tempo espero que sonhe, pois nem sempre lembro, mas dizem que sonhamos várias vezes durante a noite. Devo sonhar tanto contigo que meu inconsciente já está acostumado com a tua presença.

24 de novembro de 2010

Desire

Desejo que venham logo os dias mais longos, mais calmos e mais meus. Em que toda minha ocupação seja a alegria, o riso, a amizade, a paz e o amor. Quero aproveitar o Sol, o calor, o céu e a brisa. Não vejo hora de poder acordar, dormir e acordar. Não por preguiça, mas simplesmente para poder valorizar a vida, e os bons momentos. Por favor, me deixe rir, dormir, assistir tv, comer muito, dançar, pular, fugir, não dormir, calar. só não me venha com obrigações, nem petições, nem mesquinharia, já as tenho durante todo um ano letivo e seus afins, não atrapalhe meu tempo, minha estação.
E bom, para o mundo desejo isso, pare, relaxe, enxergue. É, porque muitas vezes o que nos faz correr pro procurar, está aqui, e por não pararmos quietos não podemos ver. Tolisse essa nossa, de passar o ano correndo, chorando, desesperado, e procurando uma fuga. Relaxe durante os 365 dias, por pelo menos um minutinho. Veja o que a maioria se nega a enxergar e mostre ao mundo como se é feliz de verdade, mesmo que seja difícil, e eu sei como é.

A garota da estrada


Basta entrar na estrada e ela vira uma pessoa diferente. Colocaa música de que mais gosta, abre a janela do carro e pensa, com um sorriso indisfaçado: "Estou deixando pra trás aquela outra." No bagageiro, uma sacola com as roupas que a outra não usa durante a semana - tênis, um biquíni, porque nunca se sabe.
Seu iPod. Sua câmera fotográfica. Um livro ou dois, porque é preciso terminar a leitura que aquela outra começou, mas nunca tem tempo para concluir. Palavras cruzadas, um vício que ela não conta pra ninguém. Uma garrafa de champanhe, porque na pousada pode não ter. E ela está ao lado do amor da sua vida, coisa que a outra não consegue dar valor, já que é tão atarefada.
Ao passar por cada placa de sinalização, mais distante ela está da sua cidade e mais perto de si mesma. Os assuntos durante o trajeto? Os mais bobos, os mais sérios, mas nada discutido com pressa e nem com necessidade de conclusão, a única regra é não deixar de se divertir. Não é todo dia que se sai de férias, mesmo que durem apenas as 48 horas de um fim de semana. Não são férias de julho, nem férias de verão: férias da outra!
Pelo espelho retrovisor lateral, ela percebe que está sem batom. Ora, se ele vai beijá-la de novo daqui a dez minutos, nem vale a pena retocar. Claro que ela levou o batom: etá indo para um recanto secreto, mas não perdeu o juízo. Deixou na casa da outra sombras, bases, esfoliantes, mas o batom e o secador, isso ela não consegue abandonar. Não tem mais 15 anos.
Também não tem 18, nem 20, nem 30. Mas quem é que consegue convencê-la de que não é mais uma garota? Aquela outra, a que ficou, bem que tenta. Abre a agenda e mostra todos os compromissos marcados. Avisa que a geladeira está vazia. Coloca sobre a mesa todas as contas a pagar. abre o site do banco e analiza seu extrato. Traz à tona as encrencas da família, os problemas dos filhos. Marca hora no médico. E, cruel, se posiciona na frente de um espelho muito maior do que um retrovisor de carro, e pergunta à queima-roupa: é uma garota que você está enxergando na sua frente? Uma tentativa de aniquilamento, mas felizmente mal sucedida.
Ela se lembra disso tudo enquanto está na estrada e pensa: a outra tem razão, alguém tem que trabalhar, pagar as contas, cumprir a agenda, dar ordens, ser responsável. Mas não todo dia, não toda a vida. Aquela lá, a que ficou, é uma mulher confiável, é uma mulherde olho no relógio e no calendário, uma mulher cumpridora do que esperam dela. Mas ela não pode estar no controle o tempo todo, ela tem que permitir que eu escape dessa organização de vez em quando, que eu busque a alegria sem hora marcada e o descomprometimento total, que eu fique à toa desde a hora de acordar até a hora de dormir, um dia inteiro, dois dias inteiros. Ela tem que aceitas e até mesmo incentivar que eu pegue essa estrada e a deixe de lado, que eu faça isso sem culpa, que eu faça isso por ela.
Eu, a garota dentro dela.


Martha Medeiros

19 de novembro de 2010

A mesma?


Do tipo nojentinha, sarcástica, cínica, egoísta e a vadia ainda se acha. Se acha por nada, é uma filinha de papai, protegidinha, se faz de santa mas é uma vaca. Sabe aquela vontade de vomitar, só de olha pra uma pessoa, é bem assim com ela. Ela é insuportável, com todo o significado da palavra.
Do tipo quase perfeita, notas boas, bom comportamento, vai na igreja e quase nunca apronta. Simpática na medida do possível, sempre disponível e é a queridinha dos professores. Não é gorda, mas não tem um corpo perfeito. Ela podia ter uma testa um pouquinho menor, mas ela dá seu jeito. Ela é bonita em seus detalhes. É amiga, companheira e divertida.
A mesma? Como assim? Nos dois parágrafos acima é a mesma garota? É, pra ti ver como as coisas são. Quando se quer odiar alguém se consegue, e quando se quer amar também. É fácil criar um mundo de ilusões, sejam essas positivas ou negativas, é fácil demais! Tão fácil que de tantos que me conhecem não sei dizer quantos dos que me descreveriam, descreveriam de uma dessas formas. Mas sei quem, e porque me descreveria como a primeira, o que me causa um pouquinho de desconforto, mas está tudo sob controle. Ou quase tudo.

Da semana.

Dor de cabeça acompanhada de solidão. Mas não é ruim. É aquela dor de cabeça de quem tá cansada porque fez muita coisa, viveu demais, riu demais. Não, não é aquela solidão que traz saudades, melancolia e tédio. Estou bem, mesmo sabendo que poderia estar melhor. Porque ao fim de uma semana cheia, estou feliz. Mesmo com notas abaixo da média e milhões de desaforos entalados na garganta. Tenho um gostinho de acabei com a sua alegria, que tem sua malícia, mas com certeza tem um ar de justiça, pelo menos ao meu ponto de vista.

12 de novembro de 2010

Verbo no passado é tão triste quanto a ausência de quem se ama.

2 = 1 e 1


Não sei o que aconteceu. Talvez dessa vez tenha sido mais sério, mais permeável e menos alarmante. Como uma daquelas doenças que se desenvolvem no mais completo silêncio, e te pegam de surpresa, quase que do nada, e a unica saída é aceitar e lutar para que você não seja tomado pela dor.
Não me lembro da última vez que vi tudo bem de verdade, quando tudo estava sadio de fato. Talvez no outono, é acho que era outono sim. Antes de algumas decisões, antes que o desespero do ensino médio tivesse tomado conta. Quando os votos uma vez proferidos eram cumpridos em sua total fidelidade.
Não me culpo, não te culpo. Essa doença não tomou, nem te tomou. ela tomou o nosso elo, que dessa vez foi abalado por puro desleixo, por achar que tudo ficaria bem, que sempre seria igual. As coisas mudaram, em sua aparência. Mas o ser transcende a aparência. E eu sei que algo ainda existe, sim existe.
O que nos falta. No caso, me falta. Falta o que me movia quando tu e somente tu me acalmava quando estava aos prantos, me fazia rir e jamais me deixava. Quando tu era minha prioridade, eu era teu maior ombro amigo, tu era  a minha irmã.
Sinto uma falta enorme de tanta coisa, e já me vi chorando em frente a uma grande casa amarela. Ela que guarda nossos melhor momentos. Nossas brincadeiras, nossas descobertas, nossas desilusões. Lá e o que me faz entender que tu não é somente mais uma.
Uma cidade nos separa, mas essa não é uma desculpa. Talvez o que esteja criando esse muro sejam as prioridades, princípios, escolhas. É triste ter que declarar, mas é visível que nossos passos já não estão mais juntos como outrora, que nossos objetivos já não se limitam ao um único, onde não havia um protagonista, e sim uma dupla.
Por tanto tempo eu esperei por alguém como você. Que seria amiga que eu não encontrei e nenhum dos outros tantos ambientes já habitados por esta sardentinha. Mas eu, eu me sinto vulnerável, fraca e cansada.
Perdão por meus erros, e por ter permitido que as coisas chegassem a esse ponto, isso realmente não é de meu agrado. Eu estarei aqui, sempre. No mesmo apartamento, no mesmo número, naquela mesma rua que viu o nosso amor de irmã nascer crescer, e que bem espero que não tenha fim.

9 de novembro de 2010

Clichê.

Amigável, eis ela. Totalmente amiga, em todos os momentos, seja tarde da noite, seja na chuva, seja na farra, sempre. Sempre disponível para ele, o amigo cego. Não, seu olhos eram perfeitos, aquele azul os tornavam totalmente radiantes e apaixonantes, e acompanhados da ingenuidade e malícia que vivia naquele garoto magro, alto, de cabelo pretos e olhos azuis e cegos. Mas não tão cegos como ela, cega de amor, o tal amor que nasce da amizade. Amizade aquela que existe desde o a infância. Mães amigas, famílias reunidas, histórias unidas. Para ela o destino "Estamos juntos desde sempre e para sempre!", para ele "Ela é como uma irmã mais nova!". É, isso realmente parece o enredo de uma história dessas de filme de sessão da tarde, mas espere sentir para entender a dor que a combinação amor + amizade + indiferença causam. Dói e destrói. Destrói o coração dela, e destrói aquele laço de amizade, que seria eterno se não fosse esse sentimento, nascido da ilusão de uma garotinha que acreditou demais nos contos de fada.
Eis ela, eis ele, eis o nada que construiu-se ao passar do tempo. Ela não disse, ele não sentiu, eles não viveram. O amor nem chegou a ser vivido, somente idealizado. E a amizade não durou, não foi forte o bastante pra enfrentar a dor. Então onde está tudo? Onde foi parar o amor e a amizade?
Erraram a receita, não houve química, nem liga, não houve nada. Fim.

8 de novembro de 2010

Decifra-me se puder..


Totalmente obcecada, mais que amor, mais que paixão, mais que sentimento. Era sobrenatural, chegava a ser estúpido de tão autentico, e de tanto que era. De tanto que existia era questionável, a dimensão daquilo causava relatividade.. será que é tanto mesmo que não pode ser expresso? Ou tão pouco que precisa de todo esse alarde?
Eu, na real, penso que nada disso existe, é! Essa coisa de amor exposto, de amor maior, incrível, indestrutível, inabalável e todos esses adjetivos existentes não existe. O amor meu caro, é simples e ao mesmo tempo complexo. Simples porque todos sentem, é comum, simplório. Complexo por que não a alma viva que o explique, que o defina.
Muitos tentaram, dentre meus favoritos estão Gessinger, Martha, Lennon, McCartey, Quintana, Deus, Assis, etc. E eu, que tento, me contradito e não aprendo. Falo que é tal, e logo já não sei mais. O amor é transitório, mas isso não quer dizer que seja passageiro. Ele transita dentro do meu tempo determinado pela vida e por cada um de nós. Para muitos uma noite, para poucos a eternidade.
Faça do seu amor o que você quiser. Faça dele eterno ou uma simples passagem, alegre ou dramático, muitos ou único. Mas ame e tente decifrar a magia desta palavra.

2 de novembro de 2010

Segunda a sós, eu só.

Talvez eu tenha entendido errado, ou talvez eu não tenha nem vivido aquilo. Será que o problemas estava na minha saia? No meu salto? Será que o problema foi eu? Eu não posso responder, fui deixada sem resposta e com um vão. Você pode até achar que não, que eu não te queria lá, e que eu estava bem com minhas amiguinhas. Mas acredite, você fez falta. Como sempre faz quando resolve ser incompressivel. Eu sei que tu vai vir com uma justificativa, e a culpa vai ser minha. Mas será? Eu já não posso mais correr atrás de ti, e não me diga que eu não o faço. Mas eu não te liguei quando cheguei, nem vasculhei, nem falei com algum amigo. Não dessa vez. Mas não é por menos amor e apresso, o sentimento é o mesmo, e eu sei que tudo isso vai passar. Mas não poderia ser evitado? Eu sei quais são as tuas preferências, e sei que aquele lugar não é o dos teus preferidos. Mas eu gosto, e eu estava bem, me divertindo. Não lhe peço nada demais, só espero que tu seja o que tu é, sempre. Porque não me veio com um sorriso, uma piada ou uma história engraçada? Eu te gosto assim, de bem com a vida e de bem comigo. Não extrapolei, não pulei, não gritei. Estava calma, casta e só. Hoje provavelmente, eu te ligaria, nós faríamos um tererê e como uma boa nerd eu te convenceria a fazer os temas das matérias que tu ta penando. Tu reclamaria, mas no fundo estaria tudo bem, por que estaríamos juntos. Mas e agora? O que vou fazer do meu feriado? O mesmo que faria se tudo estivesse bem, mas agora com a companhia do tédio, silencio e melancolia. Você faz falta sempre. Seja a uns oito centímetros abaixo, seja com a minha mão no seu bolso, seja repartindo o copo, cantando a música. Seja na tarde de feriado, no recado no caderno. Você faz falta sempre, quando eu sei que algo está fora do eixo.