9 de novembro de 2010

Clichê.

Amigável, eis ela. Totalmente amiga, em todos os momentos, seja tarde da noite, seja na chuva, seja na farra, sempre. Sempre disponível para ele, o amigo cego. Não, seu olhos eram perfeitos, aquele azul os tornavam totalmente radiantes e apaixonantes, e acompanhados da ingenuidade e malícia que vivia naquele garoto magro, alto, de cabelo pretos e olhos azuis e cegos. Mas não tão cegos como ela, cega de amor, o tal amor que nasce da amizade. Amizade aquela que existe desde o a infância. Mães amigas, famílias reunidas, histórias unidas. Para ela o destino "Estamos juntos desde sempre e para sempre!", para ele "Ela é como uma irmã mais nova!". É, isso realmente parece o enredo de uma história dessas de filme de sessão da tarde, mas espere sentir para entender a dor que a combinação amor + amizade + indiferença causam. Dói e destrói. Destrói o coração dela, e destrói aquele laço de amizade, que seria eterno se não fosse esse sentimento, nascido da ilusão de uma garotinha que acreditou demais nos contos de fada.
Eis ela, eis ele, eis o nada que construiu-se ao passar do tempo. Ela não disse, ele não sentiu, eles não viveram. O amor nem chegou a ser vivido, somente idealizado. E a amizade não durou, não foi forte o bastante pra enfrentar a dor. Então onde está tudo? Onde foi parar o amor e a amizade?
Erraram a receita, não houve química, nem liga, não houve nada. Fim.

Um comentário:

  1. "Ela não disse, ele não sentiu, eles não viveram."
    Adorei Ju, parabéns!

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