12 de novembro de 2010
2 = 1 e 1
Não sei o que aconteceu. Talvez dessa vez tenha sido mais sério, mais permeável e menos alarmante. Como uma daquelas doenças que se desenvolvem no mais completo silêncio, e te pegam de surpresa, quase que do nada, e a unica saída é aceitar e lutar para que você não seja tomado pela dor.
Não me lembro da última vez que vi tudo bem de verdade, quando tudo estava sadio de fato. Talvez no outono, é acho que era outono sim. Antes de algumas decisões, antes que o desespero do ensino médio tivesse tomado conta. Quando os votos uma vez proferidos eram cumpridos em sua total fidelidade.
Não me culpo, não te culpo. Essa doença não tomou, nem te tomou. ela tomou o nosso elo, que dessa vez foi abalado por puro desleixo, por achar que tudo ficaria bem, que sempre seria igual. As coisas mudaram, em sua aparência. Mas o ser transcende a aparência. E eu sei que algo ainda existe, sim existe.
O que nos falta. No caso, me falta. Falta o que me movia quando tu e somente tu me acalmava quando estava aos prantos, me fazia rir e jamais me deixava. Quando tu era minha prioridade, eu era teu maior ombro amigo, tu era a minha irmã.
Sinto uma falta enorme de tanta coisa, e já me vi chorando em frente a uma grande casa amarela. Ela que guarda nossos melhor momentos. Nossas brincadeiras, nossas descobertas, nossas desilusões. Lá e o que me faz entender que tu não é somente mais uma.
Uma cidade nos separa, mas essa não é uma desculpa. Talvez o que esteja criando esse muro sejam as prioridades, princípios, escolhas. É triste ter que declarar, mas é visível que nossos passos já não estão mais juntos como outrora, que nossos objetivos já não se limitam ao um único, onde não havia um protagonista, e sim uma dupla.
Por tanto tempo eu esperei por alguém como você. Que seria amiga que eu não encontrei e nenhum dos outros tantos ambientes já habitados por esta sardentinha. Mas eu, eu me sinto vulnerável, fraca e cansada.
Perdão por meus erros, e por ter permitido que as coisas chegassem a esse ponto, isso realmente não é de meu agrado. Eu estarei aqui, sempre. No mesmo apartamento, no mesmo número, naquela mesma rua que viu o nosso amor de irmã nascer crescer, e que bem espero que não tenha fim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário