27 de dezembro de 2010

Proteja seu segredo!

Do tipo de garota que não se preocupa com pontas duplas, pele seca oleosa, unhas e roupas. E talvez por esse motivo sempre se destaque entre as demais. Mas não, ela não é desleixada, quer sempre estar bonita, como qualquer outra, mas tem como prioridade curtir os momentos até o último suspiro e se isso causar sujeira, suor, danos, não há problema, ela está feliz. Talvez pelo fato de estar sempre ocupada vivendo nunca teve tempo de amar, o sentimento que lhe faltava. Nunca se apaixonou, nunca se permitiu envolver, nunca ficou pra provar o gostinho do amor, e com isso, os desamores. Eis que chegou o verão, sua estação favorita, e com ele os turistas. Porque sua cidade praiana e calma de março a novembro virá outra em alta temporada. Junto com todo o calor chegou um tímido garoto, que por trás de um par de lentes de vidro trazia os olhos mais azuis que ela já havia visto e o sorriso mais sem jeito, daqueles que não quer aparecer, mas se rende ao ver uma garota como ela, que nunca passa em branco. Entre alguns esbarrões pelas escadas da pousada que o pai da garota era dono eles se viam diariamente, no café da manhã, na praia e no jantar. Então chegou a hora de agir, ela que nunca foi de deixar a vida passar e sempre foi a luta, foi lutar mais uma vez. Tomou coragem e foi atrás do garoto, atrás de um papo, um pretexto. Mas encontrou uma voz, um violão e: "Me abraça forte quando a noite vir, eu não quero estar sozinho quando amanhecer". Ela sentou perto e ficou ouvindo, ao fim da canção disse, sem papas na língua: É uma questão de escolha, prazer, Mel. Começou o verão mais mágico e novo para ela, onde ela viu que essa estação podia passar de festas, surf, amigas e rolinhos. Mas que o verão poderia trazer amor. Foi um mês, lindo, completo e perfeito. Então uns três ou quatro dias antes dele se ir ele decidiu lhe contar que em sua cidade uma garota estava o esperando, e que aqueles dias deveriam permanecer ali, com a areia, o mar e a solidão. Acabou ali, o pior verão da sua vida, onde ela provou o gosto do amor e o amargo da indiferença, solidão, traição. Mas cresceu e aprendeu que assim é a vida. Após dias de alegria vem a tempestade para vermos que conseguimos sim, fazer acontecer e continuar a vida, mesmo que seja difícil. Passou-se um ano, sem nenhum tipo de contato, e ele voltou. Ele, sua namorada, seu violão e: "Me abraça forte quando a noite vir, eu não quero estar sozinho quando amanhecer". A namorada toda enamorada diz: Mas olha que lindo, como ele demonstra o amor dele por mim. Mel, como sempre, sem dó nem piedade responde: "E mesmo que você não entenda, eu vou estar aqui pra te proteger". É, tu é uma guria de sorte, cuida bem dele, protege o que mantém vocês firmes e mantém segredo, pra que ninguém roube a fórmula desse amor.

24 de dezembro de 2010

Cá entre nós


"Tenho há três anos um computador surrado, dotado de um esturricado HD de 80gb. Ao longo desse tempo, fui baixando discos, criando músicas, fazendo inúmeras coisas até que o espaço acabou, me obrigando a fazer um backup. Por "backup" entenda-se salvar em outro lugar os arquivos que a gente não precisa mais, mas não tem coragem de deletar pra sempre. E foi aí que percebi: eu nunca fui um cara daqueles que fica pensando durante horas o que escrever. É muito mais a minha cara sentar a mão nas teclas de forma afobada e desordenada, no melhor estilo Chico Xavier. Quem acompanha meu empoeirado fotolog sabe muito bem disso. Eu gosto de escrever sem pensar, para refletir depois, quando já estiver publicado. Já cansei de vasculhar os arquivos antigos e, por meio dos meus textos, revisar cada segundoo de um passado que eu poderia ter esquecido. Minha mente se preocupa com cada vez mais coisas, e eu preciso de um backup. Por isso vejo na escrita a solução. Ela é meu backup. É como se eu tirasse da cabeça um momento, uma história, assim abrindo espaço para muitos outros momentos, mais intensos e melhores do que os antigos. E, se minhas sinapses falharem algum dia, lá estarão meus relatos para refrescar minha memória.
Portando, se algum dia você perceber que sua cabeça está cheia de histórias, dilemas, problemas a serem resolvidos, talvez seja a hora de você fazer o seu backup, ou melhor, escrever um pouco, para descarregar um pouco disso tudo. E se for uma história triste, sempre teremos a opção de mandar tudo pra lixeira."


Lucas Silveira

11 meses.

Pouco pra uma vida, uma faculdade, um casamento. O bastante para ter um filho, uma novela, um ano letivo. Muito pra férias, escutar um disco, viver em New York. Às vezes a vida é interrompida antes, a faculdade é trancada e o casamento, geralmente de famosos, não dura. Às vezes aconetece um aborto, a novela é ruim, a gente repete o ano. Pode acontecer de se tirar um ano de férias, ouvir o mesmo disco a vida toda e resolver morar pra sempre em New York. Mas pra nós amor, é o suficiente, pra mim ter certeza que nada foi tempo perdido, que nada foi um erro, que de nada me arrependo. Eu te amo, mesmo no ápice do ódio, magoa, raiva.. eu ainda consigo de amar, e como te amo!

21 de dezembro de 2010

Mais, sempre mais.

Porque há toda essa insatisfação no mundo? É, nunca nada está bom, para ninguém. Incluindo eu, você, minha mãe, meu pai, vizinhas, crianças, etc. O mundo gira entorno do que nos falta. Muitos dizem que a vida é uma fuga, mas não. A vida é busca, pelo que nos falta. Queremos consumir. Há aqueles que querem consumir marcas, grifes e gastar seus cifrões, mas não, esses não merecem destaque, não merecem nada. Me refiro àqueles que vivem suas vidas na luta por emoções, sentimentos e vida. Querem encher seus albúns com fotografias inusitadas, pessoas, países, paisagens inacreditáveis e histórias das mais banais a merecedoras de um Oscar. Mas o que me faz pensar é o porque de tudo isso? Será que temos um dispositivo, que nos faz detectar o que ainda não vivenciamos e nos faz sentir uma angústia tão grande que não conseguimos viver em paz até realizar. E por tantas vezes chutamos o balde, e jogamos fora, tudo. Por banalidades, por querer dançar por uma horinha a mais, por querer uma emoção nova, um gosto novo, um nome novo. Burrice. Mas porque? Porque essa vontade louca de mudar vem? De onde ela vem? Pra onde ela vai? E porque ela não ajuda a colocar tudo no lugar de volta? Porque tanta insatisfação? Pra que tanta bagunça? Pra que tentar transformar o conto de fadas em drama? Por que?

20 de dezembro de 2010

Beeshop



"Eu sempre gostei muito mais das dúvidas. Nenhuma palavra me aterroriza mais do que "sempre". Ela foi inventada por gente que nunca tentou perceber o que se esconde além da curvatura da terra. Certamente os pássaros não a possuem em seu vocabulário. É por isso que eu fico pulando, em movimentos desastrados, tentando ver o que há além do meu horizonte. E essa (in)certeza quanto ao que me espera na próxima esquina é o que me faz caminhar." Lucas silveira

10 de dezembro de 2010

Eu não costumo estar no lugar certo e na hora certa. Aí eu tenho que dar o meu jeito.

Esteban

- Aonde foi que eu errei?
- O brilho que emana da tua alma pode ser visto a qualquer distância. O teu erro foi querer mostrá-lo a uma moça cega dos dois olhos.
- É, meu caro, talvez essas Meias não tenham sido realmente feitas para os seus pés.

8 de dezembro de 2010

Ironic


Durante tanto tempo tudo que eu quis foi um amor. alguém que se preocupasse comigo, me compreendesse, que estivesse disposto a me entender, a me dar a mão e corresponder. Eu procurei, e achei da forma mais ingênua e simples, com o mesmo clichê de sempre: o amor pode estar do seu lado. Tão ao lado que ofuscava, quase ceguei, mas a luz de alguém que me era fundamental me mostrou o caminho. Fundamental até ele me mostrar o caminho. confiava tanto na sua luz que nada parecia errado, a luz me cegava, eu seguia a sua voz, seu instinto e seus conselhos. Obrigada, graças a ti te esqueci, sem constrangimento, sem dor, sem nem mesmo tocar no assunto. Mas porque agora me vejo renegando tudo que sempre quis? Porque disse segundos após a um "eu te amo" vamos nos afastar essa semana? Porque é tão difícil de entender o que o meu coração quer? A calçada tá vazia, tá fria, mesmo com todo esse calorão de dezembro, aquela paisagem familiar me dá angústia, saudade, fraqueza. Sei lá, eu não sei te explicar o porque, não sei nem explicar a mim mesma, a todas essas interrogações em minha mente. Eu não sei. Só sei que eu te amo, que eu to tão preocupada contigo que não consigo nem me dar o direito de me preocupar com meus próprios estudos. Sei que eu fiz aquilo por não aguentar mais, por me sentir tão só mesmo sabendo que te tinha (tenho). Eu sei que dei um basta em tudo aquilo que eu sempre sonhei. Ironia do destino? A vida? O destino? Deus? Ah eu não sei, não sei mesmo. Só sei que a cada dia acordo uma e tenho que descobrir o que quero e como fazer. O porque não importa e as consequências? Deixa pra amanhã, quando eu for outra, quem eu nem sei quem é.

6 de dezembro de 2010

O que será?

Eu realmente não sei se agi de forma certa ou errada. só sei que aquela angústia que amanheceu em minha garganta precisava ser colocada para fora antes do pôr do Sol. Aguentei o máximo que pude, mas não pude mais, a minha alma não deixou. A última coisa que eu quero no mundo é te ver sofrer, te prejudicar e te entristecer. Me desculpe se o fiz, mas não podia mais guardar aqui tudo o que sinto. Não é falta de amor, ele existe, muito. Mas como Martha diz, não basta o amor, com ele é necessário uma série de coisas, as quais nos faltam. Espero que possamos pensar bem, e que as coisas se ajeitem, seja como for, mas que reine a felicidade, que sempre foi o que prezei e acredito que tu também.
Eu chorei hoje, ao ver aquelas escadas, a calçada, e os metros que separam a tua casa da minha, que agora, mais do que nunca me parece uma imensidão. Não ache que eu não te ame, que eu não te quero e que eu não me importo. Não é nada disso. foi apenas necessário uma atitude que de fato fizessem as coisas mudarem.
Nessa semana eu queria estar ao teu lado, te ajudando, te apoiando, queria te ver todos os dias, carregar as tuas energias com o meu sorriso.. mas da forma que eu estava me sentindo sorrisos verdadeiros não seriam tirados daqui. Eu, de coração, quero que tudo dê certo, quero ver a tua felicidade. Mas eu não podia mais fazer isso comigo, porque o nós ficaria cada vez pior.

"Vamos dar um tempo, não sei quem deu a sugestão.."

5 de dezembro de 2010

cinco do doze

Não sei de onde tirei força, mas tive. Não sei de onde tirei coragem, mas tive. Não sei de onde tirei tanta lágrima, mas chorei. Não sei como agunetei, mas o fiz. Não sei de nada, não entendo nada, nem quero saber de nada. Tá doendo, ta vazio e ta estranho..