29 de outubro de 2010

Em baixo de chuva.


Como você é capaz disso. De me manter em total paz em meio ao temporal. De me manter calma mesmo prestes a ser descoberta. Como você pode me fazer tão feliz mesmo quando eu estou cheia de dúvidas. Como eu posso me sentir segura em baixo de um rio de chuva.
Eu sei que às vezes reclamo, e digo que não estou bem, que não está bom. Mas acredite, aqui no meu intimo está tudo bem, na mais completa paz. Se eu pudesse escolheria passar mais horas do meu tempo contigo, mas tu sabe que nem sempre isso é possível, e eu já tentei me explicar milhares de vezes, mas é simples, eu sou assim. Cheia de mim e das minhas picuinhas.
Sou tão feliz, por tu me respeitar, me cuidar e me amar. Por me abraçar no frio, se esconder atrás de mim na chuva e correr por aí.
Obrigada por mais essa sexta-feira. E obrigada por tudo, todos os dias. Eu te amo!
Ps.: Cheguei bem em casa, deu tudo certo.

Passado a limpo.

Já é passado, eu sei. Mas daria um bom texto, e expressar com palavras sempre é bom e alivia a angustia que um dia se sentiu. E se tivessem me contado acharia que teria tirado de um filme, de um refrão, de um livro. Mas eu vivi o enredo mais clichê que se pode imaginar, e me culpo por ter me condenado por tanto tempo, e ter me limitado. Mas hoje, me rende boas risadas e lembranças que me fazem enfrentar o futuro com mais clareza e maturidade.
Se me lembro bem caia uma garoa fininho no inicio da noite, mas passou. Aquelas pinguinhos de chuva se foram com a minha lucidez, e me lembro de ter visto estrelas, mesmo com meus olhos embaçados pelo choro e a cerveja. Já se passou quase um ano, e hoje é engraçado, mas doeu. Doeu ter que renegar, doeu ter que fingir que não era comigo, e o pior. Ter que ficar calada, novamente, quando tinha a faca e o queijo na mão. Tive que me decidir entre a ilusão concretizada por minutos, ou um futuro feliz, idealizado e construído com apresso e sentimento.
Fiquei com a segunda opção e hoje não me arrependo, nem um pouquinho. Às vezes me pergunto, e se tivesse ficado com a primeira opção? Não me perdoaria. Jamais. Perderia três vezes, perderia um, dois e o meu coração que se despedaçaria sozinho.
Fui sábia, mesmo bêbada. E entendi que nem sempre o melhor é aproveitar o momento. Cada coisa tem o seu momento. E o tempo daquela coisa já tinha passado. Hoje tudo está no seu lugar, e a lembrança daquela noite continua em minha mente. Não mais como uma dor, e um frustração. Mas como um história, que me fez chegar onde estou, a minha mais completa felicidade, a quem de fato um dia mereceu tudo o que dediquei.

24 de outubro de 2010

Inconprenssível.

E eu, poderia passar horas aqui, tentando explicar o que se passa dentro de mim. Tentar esclarecer todas as minhas vontades, atitudes e a minha forma de ser. Na verdade, eu gostaria de ter esse poder, tudo seria mais fácil, e eu poderia esclarecer certas questões que causam dúvidas dentro do meu ser. Mas eu espero que tu entenda, que parte do que eu sou vem de casa, da minha criação e minha base. Por isso raramente tu me verás agindo como uma meliante, uma sem (total) noção. Outra grande parte que contribui para minha forma de ser é o que eu chamo de Cristo, por isso toda minha caretisse, que muitas vezes não é aparentemente revelada, mas não me venha com modernidades e rapidez, isso não faz parte do meu ser. E também acredito que grande parte da falta de minha vergonha na cara é fruto de minhas experiências em cinco escolas, oito casas e três cidades. Já tive umas cinco melhores amigas diferentes, paixõesinhas pra todos os gostos, já fui a excluída da turma, e a top da turma. Talvez tudo isso tenha me tornado assim, tão solta e confiante (na casca). Mas o resto eu não sei explicar, minhas atitudes sem explicações, minhas exceções. Tem coisas que não entendo e não entenderei. E já tentei, várias vezes colocar as cartas na mesa e ver no que dá, mas sempre é uma confusão. É sentimento pra todo lado, lembrança esparramada, e planos para o futuro. Pra variar, eu não entendo nada.

23 de outubro de 2010

Se..

E se der certo? E se ela se for? E se ela tiver de deixar tudo para trás?
amigas, amigos, amor, histórias pela metade, vontades não realizadas.
E se ela tiver de ir? Se não tiver escolha? Se o sonho for interrompido por puro capitalismo?
o que ela vai fazer lá longe sem os sorrisos, as histórias, a emoção
E se ela tiver que voltar? Se ela tiver que ver os mesmos rostos do passado?
ela não vai saber conviver com todos aqueles rostos que cresceram longe dela
E se for assim? Se não houver escolha?
boa noite cinderela.

Vem chegando..

O ar vem chegando, e traz com ele a vontade de sair, pular, gritar, dançar, não dormir, chorar, de ser sincera, de me jogar na piscina, de conversar, de ser ouvida, de fazer história.
O ar do verão vem vindo, e com ele o meu ritmo só aumenta. Tu me acompanhas?

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A típica garota, aquela que se vê nos filmes. Aquela que quer o príncipe, no cavalo branco, um vestido impecável e o seu final feliz. Sou uma dessas, que cresceu entre bonecas e sonhos, mas as vezes me deixava levar pelo futebol e pique-esconde. Hoje em dia, eu vivo entre minhas amigas, minhas bonecas. Meus sonhos, que não são contos de fadas, e sim faculdade, viagens e carreira. Me levo pelas aventuras, que 'nao são mais o futebol e o pique-esconde. Meu príncipe se faz de sapo - as vezes. Eu tenho mais de um vestido, mas ainda encontrarei o perfeito. E o meu final feliz virou uma questão de talento e competência. Nada é tão fácil, mas tembém nada impossível

20 de outubro de 2010

Não como ela.

Ele era "ele", com aspas mesmo, de tão foda que era. Lindo, interessante, cheiroso, bem vestido, fofo e estúpido. Ele deixava qualquer uma louca com todo seu charme, aquela forma de encantar e calar, concordar e discordar, sua incrível arte de prender, qualquer uma. ele tinha todas que desejava, algumas mais difíceis, mas nenhum impossível, não para ele. Ele descobriu "ela", que também ganhava as aspas, mas só no mundinho dele, "ela" era estúpidamente maravilhosa, mesmo com uma falta de coxa, uns pares de espinhas, o cabelo médio. Era incrivelmente interessante mesmo tendo vivido na mesma cidade e sua maior viagem foi até o litoral gaúcho. Ela o prendia, pelo simples fato de não se importar com "ele", ela o via só como um garoto que todas admiravam, mas na real.. ela duvidava de toda essa história de perfeição que envolvia ele. Ele decidiu que ela iria conhecer o valor que ele tinha, e iria provar pra ela, o porque dele ser o tal, mas tadinho.. se apaixonou e provou do próprio veneno. Fez de tudo para impressiona-la, para que ela o amasse mas nada funcionava, nem mesmo as conversade madrugada pelo celular, as mensagens, e toda a cafagentagem - ele achava que essa coisa de ser galinha funcionava. Mas não pra ela, não com ela. ela era uma garotinha de seus quinze anos, era esperta mas sonhava com o príncipe encantado, e não ela não iria beijar o sapo pra depois ser só mais uma na lagoa.

Vaca!

Nunca vim, em forma de palavras, expressar meu sentimento. Porque eu, sempre tento reprimir meus sentimentos negativos, os quais são: ódio, raiva, mágoa. Sei que é bobagem, sei que é coisa pequena, mas incomoda, e faz chorar, de pura raiva. Porque tem limite, e quando ultrapassa, transborda. E bom, você fez transbordar o oceano de tolerância o qual eu cultivo, tolero e muito, mas não posso mais. Mas não ache que baixarei o nível, não farei escândalo, não gritarei, e não serei estúpida, acalme-se.. suas atitudes não serão recíprocas. E quanto ao "vaca" referido a mim, por terceiros, eu te desculpo. Porque eu sei de meus erros, e os confesso, sei que não deveria ter falado o que falei, mas você não precisava nem existir.

15 de outubro de 2010

Desenvolvimento Sustentável - do amor.

"Porque é preciso viver bem no presente sem prejudicar o futuro." Ela o ama de todo coração, por inteiro, mas do que ela considera possível. Ama tanto que não sabe se seria capaz de amar de novo, de amar mais. Ama tanto que sente que sua fonte pode terminar a qualquer momento, e vive aquela rotina de amor sem pensar no seu futuro. O que é realmente ruim, porque ela é nova, e está no auge de sua evolução, mas ela não pensa assim. Ela pensa que o melhor que tem a fazer é ama-lo agora, e o resto que espere. Mal ela sabe que talvez o resto que não vá espera-la. Se ela não se der conta que precisa se amar, e em sua vida renovar o amor, nada será eterno como ela espera. Se ela não entender que precisa descobrir, aprender, ver.. ela vai ser até quando o amor existir a mesmo. Porque digo com certeza, o amor não vive de mesmisse, nada vive diante a mesmisse. Lógico que nunca aconselharia que ela o largasse, porque de fato ela o ama. Mas que o solte, que o deixe ir e voltar. Que ela viva, e enxergue de outros ângulos, e que perceba que realmente precisa daquele amor, e o renove sempre. "Porque estamos todos cansados de saber que a moda agora é energia renovável."

7 de outubro de 2010

Perdão.

Já faz algum tempo que venho pensando nisso. Mas não sabia bem como lhe falar. Mas não, não é nada de drástico, triste e doloroso. É um simples desabafo. Pra mim é difícil, porque não é fácil confessar o erro, esse erro que percebi que cometo com grande frequência sem mesmo perceber. Eu te deixo, e esse é o meu pecado. Te deixo ai, a deriva do que falam, acham e concluem sobre mim. Te deixo distante, afastado e com dúvidas. Me perdoe por ser assim, tão egoísta e eu.
Sei que como tudo, tem seus dois lados. Por te deixar meio aí, tu sempre quer vir pra cá, e isso faz com que a cinética de nosso amor não se termine, sou eu me afastando e você me procurando. E então, quando percebo que tua energia tá acabando retorno, com o rabinho entre as pernas, um risinho e uma desculpa de que estava vendo coisa onde não tinha. Mas minha desculpa não é e toda errada, porque de fato, não há nada. Há somente meu egoísmo, que me faz ser meio assim, sei lá.
Falo que faz parte de mim, que é do meu temperamento. Mas comentários infelizes, comportamento não condizente com a minha situação, e o não perceber acaba se tornando repetitivo, chato, e parece desleixo meu. Mas não meu amor, eu não faço pouco caso de ti, e do que tu tens a me oferecer. É que ta tudo tão corrido, e minha tendência distraída só tem aumentado com o sono, e o fim do ano.
Então é com esse propósito que te escrevo mais uma vez, como um pedido de desculpas, por todas as minhas falhas. Por deixar coisas demais nas tuas mãos, por deixar a responsabilidade aí, querendo te convencer que ser eu já é demais, pura mentira minha.
Então, tu me desculpas por eu ser assim? Ser tão eu, e ainda não saber lidar com essa parte de mim que não sabe se vai ou se fica, mas tem certeza de uma coisa, que te ama.

6 de outubro de 2010

A falta passa.


Eu me vejo perdida, quando me vejo na mais total e inteira completidão. Por estar inserida em um todo, um tudo, me sinto meio nada. Me falta o ódio, a raiva e o principal, a solidão. Para mim não é fácil ficar uma semana sem chorar, afinal sou eu a garotinha indefesa acostumada a chorar de solidão no sábado, no meio da festa quando toca Anna Julia, ou depois de muita pouca bebida, esse meu fígado de santa nunca se acostumou. Me vejo, por um instante, não eu. Porque todo esse todo me deixa tão cheia que transborda e me perco, porque é demais pra mim. Então tenho que me lembrar, esse o passado, e não falo de alguém, falo de mim, do meu coração e minha cabeça. Minha total mania de sofrer, só pra fazer drama, só pra parecer importante. Logo eu que sempre chorei procurando encontrar a felicidade, e pareci tantas feliz quando deveria chorar, estou aqui lamentando toda minha completidão, de amor, felicidade, e companhia, pouca raiva, e o ódio quase inexistente. Soa estranho mas verdadeiro, e concordo com todos estes mestres que já escreveram tantas vezes que sem solidão e tristeza não há vida, e muito menos poesia. Cresci, e quase sozinha percebi o que é necessário para que se encontre o que queremos, contrói junto aos que amo o meu castelo, e às vezes, me pego tramando um plano para derruba-lo. Mas este é só um instante, ele passa, como tudo. O amor existe, mas ele costuma, uma vez por mês, ser superado por meu instinto feminino de sofrimento, solidão e dor. Mas passa.

X ou Y

Dizem que na vida tudo é uma questão de escolha, que nós construimos nosso destino. Muito bonito assim, na fala. Mas quando é a realidade, quando vem a parte do fazer de fato, não é simples assim. Não são apenas nossas escolhas isoladas em nossos destinos. A cada escolha que fazemos metemos o dedinho na vida de cada um a nossas voltas. Mas não somente as nossas ações mudam as coisas assim, nossas omições também, e todas as menções.
Todas as vezes que falamos de alguém, deixamos uma pontinha de destino alheio, e o nosso, escapar pelas palavras proferidas. Todas as vezes que omitimos algo, deixamos de meter o dedinho onde deveríamos, ou deixamos a injustiça tomar conta. E enfim quando fizemos, mudando as coisas de fato, por gosto -quase sempre.
Às vezes me pego pensando no quanto as pessoas pensam em mim antes de tomar suas atitudes, se a minha opinião, minha vida e o meu destino são levados em conta da vez de quem me cerca escolher. Confesso que espero que sim, pois sou do tipo de pessoa que deixa de fazer o que quer para não interferir na felicidade alheia, mas também não sou uma total imbecil, sei que essa minha ação não recíproca -pelo mundo. E mesmo sabendo que não receberei de volta do mundo toda minha preocupação não mudarei minha forma de ver o mundo, e enfrentar a vida.

3 de outubro de 2010

Deixa a luz do sol entrar...

Ela estava dando mais um ade usas caminhadas de domingo, pelas ruas da redondeza, para tentar esquecer algo que ela nem sabe bem o que é. E a ingênua garota caminhava pela redondeza, aquela redondeza que era o palco de todas as suas histórias, sejam comédias ou dramas. E a cada piscar de olhos ela se depara com o cenário de uma lembrança. Essas lembranças que estão fazendo ela dormir pouco, pois não a deixam se acalmar na cama. Ela já pensou em todas as alternativas, mas não sabe se terá forças para enfrentar as consequencias de suas vontades, quase sempre efémeras. Sim, ela sabe que ira se arrepender, mas nessa fase da vida, qualquer história já a deixa sair ganhando. Ela não quer mais chorar, ela está cansada de ver seu mundo desmoronar, mal ela sabe que é com areia do buraco que está cavando, que a cada dia ela destrói um pouco mais de seu castelo. Se ela me ouvisse eu diria: Você garota, pensa no pior, e age de forma querendo corrigir os erros que você nem cometeu, você está vivendo no negativo, está devendo pra si mesma, devendo vida, a sua história. E a vida que me refiro, é o sorriso, o Sol mesmo no dia nublado, é na melodia da música, está nas verdades em que nos agarramos. Neste domingo guria, esquece teus anseios e sai caminhando por aí mas sorrindo e vivendo, não apenas lamentando o seu passado, pois o passado está atrás, e você sabe que não pode fazer mais nada para muda-lo. Construa seu novo final!