20 de outubro de 2010
Não como ela.
Ele era "ele", com aspas mesmo, de tão foda que era. Lindo, interessante, cheiroso, bem vestido, fofo e estúpido. Ele deixava qualquer uma louca com todo seu charme, aquela forma de encantar e calar, concordar e discordar, sua incrível arte de prender, qualquer uma. ele tinha todas que desejava, algumas mais difíceis, mas nenhum impossível, não para ele. Ele descobriu "ela", que também ganhava as aspas, mas só no mundinho dele, "ela" era estúpidamente maravilhosa, mesmo com uma falta de coxa, uns pares de espinhas, o cabelo médio. Era incrivelmente interessante mesmo tendo vivido na mesma cidade e sua maior viagem foi até o litoral gaúcho. Ela o prendia, pelo simples fato de não se importar com "ele", ela o via só como um garoto que todas admiravam, mas na real.. ela duvidava de toda essa história de perfeição que envolvia ele. Ele decidiu que ela iria conhecer o valor que ele tinha, e iria provar pra ela, o porque dele ser o tal, mas tadinho.. se apaixonou e provou do próprio veneno. Fez de tudo para impressiona-la, para que ela o amasse mas nada funcionava, nem mesmo as conversade madrugada pelo celular, as mensagens, e toda a cafagentagem - ele achava que essa coisa de ser galinha funcionava. Mas não pra ela, não com ela. ela era uma garotinha de seus quinze anos, era esperta mas sonhava com o príncipe encantado, e não ela não iria beijar o sapo pra depois ser só mais uma na lagoa.
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