31 de julho de 2011

Sobre não ter um dia


Me lembro nitidamente do dia do nosso primeiro beijo, lembro de como tudo aconteceu. Lembro do dia que ficamos pela primeira vez de novo, em uma noite confusa, engraçada e que jamais sairá da minha lembrança. Lembro do dia em que me tornei tua namorada, do dia que pedi um tempo, do dia que te pedi de volta, do dia que terminamos, dos tantos dias que chorei, do dia que te encontrei e do dia que me perdi, logo depois. Lembro do dia que conversamos por horas, lembro de ti na chuva em frente ao meu curso de inglês, lembro de voltar a ser a tua namorada. E mesmo assim, tendo tantos dias marcando nossa história, não encontro agora uma data para te dar um presente.. quando faremos aniversário juntos de novo?
Isso já não importa mais, entre tudo que aconteceu, um detalhe desses é desnecessário. Eu te amo e isso não tem dia, eu te amo.

26 de julho de 2011

Ironia fantasiada de clichê!

Aquela mesma história de encontrar o seu lugar, ou melhor, não encontra-lo. É estranho se sentir perdida depois de tanto tempo, logo agora que já decorei o nome de ruas e endereços me perder parece estranho, mas é natural quando você sabe que a estrada está terminando e inesperadamente, mil e um atalhos, desvios e obstáculos aparecem. É a mais pura ironia fantasiada de clichê, eu realmente acho que não deveria ser assim, mas é a velha história..

21 de julho de 2011

Me deixa desafinar



Ser alta demais, e se sentir mal usando salto alto, mesmo achando lindo. Sonhar demais, e na hora de dormir tentar ver se o que aparece é um pouco mais real do que os devaneios do dia-a-dia. Ser certinha demais, e quando resolve dar uma de crazy (como diria Martha Medeiros) se sente tremendamente mal e julgada. Ser otimista demais, mesmo em meio ao caos, e mesmo que digam que sou realista, ainda assim espero pelo melhor. Ser chamada de nerd, e se culpar por não estudar, realmente não faz sentido, mas é assim. Mandar seu amor pastar, voltar e chorar e lamentar e chorar e pedir, e ter seu amor de novo, requentado como pão dormido. Moradora de três cidades, estudou em cinco escolas, nunca morou em sua cidade preferida, mas sim, sou de Porto Alegre, nasci ali, do ladinho da Redenção.. e que o destino me permita, mas é lá que quero desafinar os meus últimos acordes, mesmo que eu nunca tenha aprendido a tocar qualquer instrumento.


I don't care about that.

Posso me lembrar do passado, das noites de alguns poucos anos atrás com a mesma clareza que lembro do show da minha banda favorita. Lembro de detalhes, lembro de cada sorriso, dos gostos, das sensações, mas apenas lembro. São recordações, como as daquele show, que me mantém firme e feliz, com os olhos brilhando de alegria por ter vivido tais momentos, mas com uma angústia que me questiona: Terei outra oportunidade? Aqueles momentos irão se repetir?
I don't care about that. Acho que na real, ninguém se importa, triste. E eu continuo aqui, amando as causas perdidas.

12 de julho de 2011

Desculpa mundo, mas eu tô é feliz! Eu sei que isso não soa bem em uma terça, logo após o jornal jogar na cara de todos nós que a inflação tá aumentando, a gasolina tá cara e o mundo uma merda.. Mas me desculpa, eu tô é muito feliz. Entenda que minha felicidade é tanta que não tô nem ligando pra norma culta. Eu não estou feliz, eu TÔ feliz! Desses que soam fáceis, quase sem serem percebidos. Contra a corrente, contra as expectativas, contra o que o ano foi até algumas semanas atrás. Estou ao oposto de tudo, mudou o polo, mudou o lado. Tô ganhando e tô feliz!
Dizem que depois da tempestade vem o arco-íris. Então me empresta teu óculos que todas essas cores e todo esse brilho tá de doer os olhos..


4 de julho de 2011

Tantas..


Quando não me faço entender, me perdoe. Minha intenção não é lhe confundir em meio a minha confusão. Eu, essa garota alta, desajeitada, com suas particularidades e sonhos não é apenas uma, e é aí que mora o perigo. O fato de eu ser muitas em mim, faz com que eu me perca entre tantos desejos, são tantos destinos para se buscar, tantos sonhos à realizar que me sinto uma louca muitas vezes, e machuco pessoas que para mim são muito mais do que às vezes demonstro serem.
Mas saiba que aqui em mim, cada uma de mim, dessas tantas que aqui loucamente habitam, todas elas buscam você. Todos que aí habitam, o seu melhor e seu pior, o seu lindo e o seu feio, o público e o escondido. Todas eu, amam você. Toda essa confusão acontece por que elas querem encontrar suas metades perfeitas. Entenda que se eu me perder, é por querer me achar. E pra me achar, preciso de você aqui.