25 de janeiro de 2012

Quando foi que eu cresci?

Você está de férias há dois meses e tem mais um mês pela frente lhe esperando, mas só isso esperando. O futuro é incerto e depois dessas férias prolongadas nada parece ser claro, nada é certo. Não tenho endereço, nem ocupação. Estou esperando respostas há algumas semanas, e é tão estranho não poder fazer nada dessa vez. Logo eu que sempre mantive o controle de tudo, bem como a música diz. De repente o meu esforço não parece ser nada diante das circunstâncias, tudo que tentei construir se traduz em uma lista em que o meu nome não está. Mas se Deus quiser, estará logo, logo..
Agora me diga, quando foi que eu cresci? Qual foi o momento em que eu atravessei a barreira da dependência, aquela em que eu pedia pra mamãe e ela sempre dava um jeito? Quando foi que eu tive que pela primeira vez pensar seriamente na questão: Com quem eu vou morar?
Saí daquela formatura e caí de para-quedas no meio dessas questões. Eu só estava preocupada com o tamanho do salto do sapato, não com as decisões sobre o meu futuro.

24 de janeiro de 2012

Puxe a descarga, por favor.

Em tempos difíceis o coração clama por um basta, quer jogar para fora toda a angústia que preenche o local onde deveria haver amor e seus afins. Então escrever torna-se uma libertação, uma forma de extravasar tudo aquilo que assola seus pensamentos, que atormenta sua rotina, faz perder o sono e a cabeça. Escrever sempre foi e sempre será a descarga da humanidade. Não, não estou querendo igualar a escrita a dejetos nojentos. E sim igualar sentimentos indesejados, acontecimentos inesperados e realidades sem sentido ao que já foi importante, mas agora apenas incomoda e fede.

14 de janeiro de 2012

Real

O amor que você assiste na Sessão da Tarde durante seu ensino fundamental parece distante, mais do que isso, parece ser inatingível no mundo e na situação que você se encontra. Afinal, você não mora em uma casa que uma linda árvore trará seu príncipe na sua sacada. Muito menos irá fazer uma viagem de férias com todos seus amigos aos quatorze anos. Nada parece ser colorido como nas telas da tevê.
Então você se depara com uma situação totalmente inesperada. Os sentimentos em você mudam, e a Sessão da Tarde é deixada de lado para você contracenar no seu próprio filme. Sem árvores e entradas triunfantes, sem viagens ou princesas. Agora é tudo simples, mas você pode jurar que em algum lugar alguém está filmando aqueles momentos.
Já se foram dois anos desde que deixei de me iludir com os filmes, livros e músicas. Há dois anos a fantasia dos filmes adolescentes estraram na minha vida e amadureceram de uma forma que já não me vejo sem eles. Não há estrelas, cartas, bailes e intrigas mexicanas. Mas há o amor mais puro e verdadeiro que já pude encontrar, e o mais incrível é saber que nada disso foi planejado, essa produção não custou milhões de dólares e não estou fazendo isso para ganhar o Oscar.



Dia vinte e um de janeiro de 2010, obrigada por me dar o mais belo 'Era uma vez..' da minha vida.