31 de agosto de 2011

Tentar, talvez seja isso.




"A razão de estarmos aqui". Talvez essa seja uma questão séria demais para uma garota de dezesseis anos e alguns quebrados. Uma garota de vida tranquila, uma família estruturada, financeiramente bem, inteligente o bastante para sempre passar com nota sobrando, frequente na igreja e quase sempre sorridente. Mas ter essa vida "fácil", não faz essa garota simplesmente deixar de lado a razão das coisas.

A vida é tão estranha. O que acontece hoje faz sentido depois de meses, muitas vezes parece que as lágrimas só secam mesmo quando você entende por completo o motivo de tê-las deixado escapar. Entender, esse não é o ponto. Aceitar também não. Quem sabe a verdade esteja no ir.

Ir em busca de entender, mesmo que não se entenda. A razão de estarmos aqui talvez seja essa. Procurar sentido nas coisas inexplicáveis, assim como a vida é. Tentar explicar, tentar entender, tentar seguir em frente. É, isso: Tentar! Venha o que quiser depois, mas tente, sempre. Essa talvez seja a razão, tentar tudo para ser feliz, para valer a pena.

A razão, algo que soa tão concreto e com ares de certeza absoluta. Talvez ela esteja exatamente no lugar menos provável, no tentar. Na incerteza do futuro, na sensação de espera enquanto os dados não caem.

26 de agosto de 2011

Vinte e seis do oito.

Sono, medo e uma vontade enorme de parar no tempo. Dias como hoje são tão difíceis de se viver quando se é adulto, pelo menos é o que dizem, e eu adoro tê-los. Uma sexta-feira, melhor que a quinta segundo a Professora de biologia, que tem tudo. Confusões, barulho, inglês, abraço, salgadinho, risada, carinho. Sono, medo e vontade de parar. Dias como o de hoje nos cansam, termina a semana, termina um ciclo, e tudo que se faz caí sobre os braços, e há uma vontade de dormir. Um medo enorme, que nos impede de dormir. Medo por saber que esses dias de sexta terão fim, como serão minhas sextas ano que vem? Quero parar, parar no tempo, parar com o sono, parar com essa história de não conseguir dormir. "É muita coisa em pouco tempo", já dizia a música.

16 de agosto de 2011

Sobre a saudade que vem antes da hora..

Saudade de acordar seis e meia, mesmo odiando acordar cedo.
Saudade das aulas de física e matemática, odiadas por todos, adoradas por mim.
Saudade do gostinho que vem na boca, no meio da aula de biologia pelas onze da manhã.
Saudade do oi pra mãe quando chego da aula.
Saudade dos teatros, trabalhos, cadernetas e simulados em conjunto.

Saudade do meu trio favorito.
Saudade de ser chamada de cabeção na hora de montar uma dupla.
Saudade do terceiro A, mesmo que o B seja melhor.
Saudade do gosto da nega, para o gosto ser bom tem que ganhar na loteria.

Saudade das cores, do uniforme, do recreio e do sinal.
"Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim", é hora de acordar. Ainda temos três meses e 12 dias.


Dia dos Namorados

"Ontem seria a data perfeita para escrever mais um de meus textos melodramáticos dedicados a ti. Dia dos namorados, faríamos um ano de namoro. Mas a internet não funcionou, passei longe daqui, do computador, mal parei quieta pra escrever. Mas não se engane, lembrei de ti e de tuas palavras o dia inteiro, comemorei o descompasso dos nossos passos as vinte e quatro horas. Não chorei, só sorri. É isso que domingos ensolarados pedem, seja lá qual for a história que neles exista.."

Escrito no dia seguinte ao dia dos namorados de 2011, e como tudo mudou desde lá. Lembro que na tarde do dia treze, enquanto íamos pra escola tu me contou que tinha assistido meu cantor favorito e que havia lembrado de mim a noite inteira. Depois daquele dia as coisas foram e voltaram mais algumas vezes, mas hoje vejo que tudo se encaixa, se ajeita. Hoje sei que no seu abraço é o meu lugar.