17 de abril de 2012

Quem eu era

Já fazem alguns dias que eu venho tentando entender o que sinto. Dessa vez sem sentar e tentar escrever, quis mudar meus métodos e tentei analisar calmamente e sem materializar o que venho sentido, falhei. Depois de acostumada a transformar meus sentimentos em tolas palavras, é difícil viver sem canalizar os dias, sem construir contos românticos. Então cá estou eu, novamente tratando da minha psicologia com as palavras, tão clichê.
Só vim aqui escrever, pra tentar entender tudo o que aconteceu e escrever e deixar claro que a palavra é saudade. Santíssimo, como posso acordar, cozinhar, estudar, fazer compras no mercado e ir dormir sem conseguir tirar o pensamento dele? Foi tanto tempo que desaprendi a dar meus passos com a minha força, foi tanta alegria construída juntos que agora qualquer faísca de sorriso é incompleta, e a tristeza quando vem se multiplica, por que não há mais um ombro que aguente o fardo dos meus dramas. Meu bem, eu te peço desculpas, e me odeio por ter te deixado pensando horrores de mim, mas eu ainda não sou capaz de controlar tudo, mesmo que seja o que eu sempre tentei fazer.
Todo dia olho pra tua foto, penso em ligar e tenho medo de começar tudo outra vez. Todas as brigas, inconstâncias, choros, raiva. Mas tenho mais medo ainda que tudo mude, não que esqueçamos. Tenho medo que o silêncio nos permita a vivermos outra vida outra vez. Mês que vem é teu aniversário, e qual vai ser o presente?
Tenho saudade da leveza do meu ser contigo. Poder viver sem julgamento, com sorriso, risada e amor é a melhor coisa do mundo. Tenho tanta saudade da vida que tínhamos e que hoje são lembranças. Sei que não posso ficar lamentando, já que não há outra chance de viver, o tempo não voltará aos dias maravilhosos de moletom branco, all star e mochila. E como eu era feliz perto de tudo aquilo que tinha a minha cara.
Eu sei que mesmo que acabe, mesmo que mude, eu sei que sempre será amor.