Já é passado, eu sei. Mas daria um bom texto, e expressar com palavras sempre é bom e alivia a angustia que um dia se sentiu. E se tivessem me contado acharia que teria tirado de um filme, de um refrão, de um livro. Mas eu vivi o enredo mais clichê que se pode imaginar, e me culpo por ter me condenado por tanto tempo, e ter me limitado. Mas hoje, me rende boas risadas e lembranças que me fazem enfrentar o futuro com mais clareza e maturidade.
Se me lembro bem caia uma garoa fininho no inicio da noite, mas passou. Aquelas pinguinhos de chuva se foram com a minha lucidez, e me lembro de ter visto estrelas, mesmo com meus olhos embaçados pelo choro e a cerveja. Já se passou quase um ano, e hoje é engraçado, mas doeu. Doeu ter que renegar, doeu ter que fingir que não era comigo, e o pior. Ter que ficar calada, novamente, quando tinha a faca e o queijo na mão. Tive que me decidir entre a ilusão concretizada por minutos, ou um futuro feliz, idealizado e construído com apresso e sentimento.
Fiquei com a segunda opção e hoje não me arrependo, nem um pouquinho. Às vezes me pergunto, e se tivesse ficado com a primeira opção? Não me perdoaria. Jamais. Perderia três vezes, perderia um, dois e o meu coração que se despedaçaria sozinho.
Fui sábia, mesmo bêbada. E entendi que nem sempre o melhor é aproveitar o momento. Cada coisa tem o seu momento. E o tempo daquela coisa já tinha passado. Hoje tudo está no seu lugar, e a lembrança daquela noite continua em minha mente. Não mais como uma dor, e um frustração. Mas como um história, que me fez chegar onde estou, a minha mais completa felicidade, a quem de fato um dia mereceu tudo o que dediquei.
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