É, eu entendi, talvez tardiamente mas eu entendi. Entendi que a alegria das coisas está no encanto que elas trazem consigo. Que a essência da vida está no simples, no pequeno, nas bobagensinhas do dia-a-dia. Naquele pouco que representa muito em nossa vida, e no que nós iremos levar na nossa memória para todo sempre. Porque não é no grande que devemos manter nossa atenção, não é na atenção que devemos nos focar, isso é o de menos. O mais é o de menos, o supra sumo da vida da na pequenez da beleza da vida. No sorriso das minhas vizinhas ao ganhar seu primeiro canhorrinho, o nome dela é Lilica. Está nas mão dadas da volta da escola. Está na janta de sábado a noite, em que estar com os amigos e não ver o tempo passar é ótimo. Está no almoço em família. Está no frio na barriga, na sensação de liberdade, no vento na cara. Está na experiência de se deixar encantar com o novo, com o belo, com o simples.
Eu me deixei levar, entendi que não está no número de conhecidos e festas a felicidade, entendi que não está no alcançar o máximo. A felicidade está em estar onde se está na hora em que se está, e fazer o seu melhor para estar feliz alí e assim. É não se auto-promover as custas dos outros, é ser sincero e deixar-se encantar.
Encante-se com a vida, ou senão não haverá encanto algum que te salvará.
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