"Como pude eu, quase perde-la? Ela que agora está aqui, comigo, confiando em mim, e confiando que irei respeita-la o quanto necessário. Ela confia em mim! Poderá existir algo mais bonito que isso? Ela está com a minha camiseta preferida, e a camiseta está toda amassada, bem com cara de quem acordou. Ela está juntando suas coisas, ela é linda, tão linda. Ela está parada na frente do espelho, com um sorriso no rosto. Deve estar rindo por que na camiseta tem uma daquelas frases de garoto solteiro, ah! eu não tenho culpa que a camiseta veste bem, e afinal.. eu nem uso ela mais em público mesmo. Não cairia bem um cara apaixonado como eu usa-la. Agora ela saiu do quarto, e nesse pouco tempo sem ela aqui, é como se o quarto ficasse menor, tudo mais escuro e mais frio. Ela voltou, trocou de roupa. Com um vestidinho rosa claro, all star e o cabelo meio bagunçado, bem como de costume, e linda. Eu não vou "acordar" agora, quero ver o que ela vai fazer, como se despedirá, se me acordará. Ela está aqui, deitada de novo ao meu lado. Segurou minha mão com uma leveza incrível, e uma força quase inabalável. Acho que ela percebeu que eu estou acordado. Ela levantou, saiu pela porta. Nem deu tchau. Calma, ela voltou. Entreabriu a porta e disse: Pode acordar! Ou melhor, abrir os olhos.. E você é lindo fingindo que dorme, como de costume."
Gosto de escrever contos. Tão fora de mim, de minha realidade. E ao mesmo tempo tão perto, tão dentro. De dentro pra fora.
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