Ela estava lá, em uma festa, com suas amigas. Ela estava bêbada, desesperada, desbocada, sem medo, sem vergonha. Ela estava se fazendo de forte, achando forças onde só havia dor e solidão. Ela dançava e tentava o provocar, queria tirar as atenções da sua nova menina dos olhos. Ela passava e repassava, desfilava e não desviava o olhar dele. Ele estava lá, com sua nova menina, ela era bonita, sorridente e o amava. Ele cuidava dela, e prestava atenção nela, na sua nova menina.
Então ela, a bêbeda estava perdida, sofrendo, chorando no chão do banheiro. Ele estava alí, no mesmo lugar onde eles costumavam passar horas juntos, rindo, dançando e cuidando do seu "nosso". A maquiagem linda do salão estava toda em uma toalha, sua trança linda era um nó de cabelos, que naquela noite não teria ninguém para desembaraçar.
Ela não queria acreditar, mas havia o perdido. Ele já não estava mais alí, e ela havia percebido que definitivamente ele não tinha mais nada de "meu". Ele era dela, daquela garota.
Ela pensou em se isolar, ficar sozinha para sempre, para não passar de novo pela tristeza de se ver substituída. Ela tentou, um, dois sábados em casa, chorando com filmes de desamor. Mas no terceiro ressuscitou das cinzas do desamor e voltou a ser a mesma de antes.
E como em um passe de mágicas, ele voltou a olhar pra ela, por ela ter voltado a ser a mesma de antes. E assim, do nada, a nova menina dos olhos perdeu todo seu encanto e ele viu que seu amor era a bêbada de alguns fins de semana atrás. Agora ela era ela de verdade, a de sempre. E ele.. puts, era só ele.
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