4 de fevereiro de 2011

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Ser o meio termo nunca me agradou tanto, ser o ponto de encontro, a ligação, o travessão, a liga, a cola, o meio. Talvez os papéis se invertam um dia, talvez não, mas de verdade eu gosto assim, já acostumou. Três vidas totalmente diferentes, com princípios diferentes, histórias diferentes, origens diferentes. Duas meninas do interior que só se conheceram depois da infância, uma menina da capital que só chegou depois da infância - mas não tinha largado as bonecas. Uma católica, uma ateu, uma filha de pastor evangélico. Mesmo bairro, duas na mesma rua. Tudo igual e nada a ver! Nos encontramos aqui no meu pátio, que foi a infância de outra de nós. Nossa amizade nasceu naquela escola, que é o palco da nossa história. Entre tantos atos, altos e baixos, tangos e tragédias nos fizemos assim, unidas. As vezes por uma, outrora por outra. Mas quase sempre acabamos juntas, lado a lado, apoiando-nos uma na outra, sendo a âncora uma da outra. Aprendemos o que cada uma quer com cada atitude, sabemos as consequências de nossas atitudes, nos entendemos, mesmo com toda a diferença. Obrigada por me proporcionarem essa adolescência maravilhosa, nada tediosa e cheia de vocês!

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