29 de junho de 2011
Quantitativamente
Quantas vezes você já se perguntou o que te trouxe até aqui? Quantas vezes você percebeu que a vida é irônica? Que os destinos são irônicos ao se cruzarem? Quantas vezes você parou, olhou para os lados e percebeu que mesmo quando nada faz sentido, existe algo que te faz lutar? Quantos olhares te entendem? Quantos sorrisos te fazem sorrir? Quanto vale a vida? Vale a pena? O preço que se paga é alto demais?
Desabafo..
Durante meses me vi chorando, lamentando a perda. Perda de tempo, perda de oportunidades, perda de noites bem dormidas, perde de alguém, perda de amor. E durante esses meses todos me diziam que torciam pela minha felicidade. Que não importasse o motivo, mas queriam me ver sorrir. Que tanto sofrimento não me levaria a lugar algum, eu deveria mesmo era lutar pelo que me trouxesse alegria. Então o fiz, a vida foi legal comigo e pintou em mim um sorriso. Mas agora me sinto um tanto condenada, dizem que depois vai ser pior, que irei sofrer, que chorarei mais e mais. Então me sinto perdida em meio a sorrisos e olhares distantes. Me (re)preencho de alegrias e ao mesmo tempo questiono o que o agora representará no futuro.
Será mesmo que o mundo, a vida e as pessoas são assim? Se já não bastasse minhas incertezas não encontro em ninguém um norte?
Nesses últimos dias venho sorrindo mais, e sei do risco que corro, conheço a dor que ter esse sorriso arrancado causa. Mas prefiro viver agora tranquila e sorridente, mesmo sendo alertada que o futuro reserva dor. Estou me remediando, e de verdade.. não acredito que alguém possa entender como me sinto.
25 de junho de 2011
Ao fim de junho..
É como voltar ao passado com a bagagem que a viagem me obrigou a carregar. É o mesmo sorriso de meses atrás, as mesmas mãos, o mesmo tom de voz, a mesma alegria disfarçada de timidez. Mais do mesmo. Não me importo, não é problema. É você e eu continuo a conjugar meus mais belos verbos à ti.
21 de junho de 2011
in(certeza)
"A duvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza."
Por mais que seja doloroso viver sem saber o que vem depois da interrogação ainda prefiro isso à certeza de que nada pode ser feito para que as coisas possam mudar. E daí que o amanhã é incerto, de qualquer forma será. Prefiro ter a consciência disso, do que me iludir com falsas projeções que trazem na maioria das vezes apenas frustrações e longos choros seguidos de riso, por saber que é ridículo querer ser a dona da razão, do destino. Lógico que nem sempre podemos pensar e agir assim, até por que a vida perderia seu significado. Mas acredite, você consiguirá entender as ironias da vida se não achar que elas são fracassos, vai entender que é apenas outro caminho. O destino é um só, para todos. A única certeza é essa, e ela é tão absoluta que não vale a pena ficar limitando a vida em pequenas certezas tão incertas quanto um adeus ao seu vizinho.
Essa mania de escrever cartas do futuro no passado, presente.
Lembrei de você hoje no mercado. É que agora, três anos depois da nossa formatura de ensino médio, aquela que você nem imaginou que poderia participar, a vida mudou e no mercado eu lembrei. Lembrei por que eu me tornei tudo aquilo que eu dizia ser um sonho pra mim, mas não em mim, no outro, em ti. Acho que entendi que não acharia alguém como sonho, então resolvi me tornar, vai ver alguém sonhou como eu. Comprei trident de menta - na falta de um beijo, um chiclé de menta, comprei cigarro - sempre comentei que acho lindo, comprei coca-cola e chocolate - não há vida sem, comprei alguma coisa pra beber. Depois desses anos aprendi bastante dessas coisas, e faz frio em Porto Alegre. Lembrei de ti no mercado, por que pensei: O que será que ele compraria? Qual será seu sonho? Ele terá realizado?
Só quero que saiba que tenho tatuagens, faço jornalismo e ainda escrevo. Tenho casa, cama e um microondas.
16 de junho de 2011
Não sai de mim
A mania de olhar para lugares e lembrar de momentos que vivemos lá. O habito de virar meu rosto para a esquerda toda a vez que saio de casa. O costume de ouvir aquelas mesmas músicas, daquelas mesmas histórias. Abraçar aquela almofada todos os dias, olhar a tua foto às vezes, te olhar todo santo dia. A lembrança do teu abraço não se vai, junto com a lembrança dos teus trejeitos, da cor do teu olho vista de perto e todos os segredos.
7 de junho de 2011
6 de junho de 2011
Sem saber até quando
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